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Letra inicial:
D’ORTAS, Benjamin Vieira.

D’ORTAS, Benjamin Vieira. (Salvador, BA c. 1851 – Salvador, BA 5/11/1891) Pintor, dourador e contratador de obras (empreiteiro). Atuante na cidade de Salvador no século XIX. Filho de Benjamin Vieira D’ortas e de Carolina Maria da Conceição D’ortas.       São várias as fontes de informação sobre a atuação de Benjamin Vieira D’ortas (ou[...]

Figura 1 - Contrato firmado entre Benjamin Vieira D’ortas e o padre João Evangelista dos Santos para obras na Catedral metropolitana
Contrato firmado entre Benjamin Vieira D’ortas e o padre João Evangelista dos Santos para obras na Catedral metropolitana.\nTabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878 \nFl 33,33v. APEB, Seção Judiciária.\n
Figura 2 - Óbito de Benjamin Vieira Dortas – No 363 em 05/11/1891
Óbito de Benjamin Vieira Dortas – No 363 em 05/11/1891. Fl 116v.\nLivro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1890-1892 – 20.5/5\n
Figura 1 - Contrato firmado entre Benjamin Vieira D’ortas e o padre João Evangelista dos Santos para obras na Catedral metropolitana
Contrato firmado entre Benjamin Vieira D’ortas e o padre João Evangelista dos Santos para obras na Catedral metropolitana.\nTabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878 \nFl 33,33v. APEB, Seção Judiciária.\n
Figura 2 - Óbito de Benjamin Vieira Dortas – No 363 em 05/11/1891
Óbito de Benjamin Vieira Dortas – No 363 em 05/11/1891. Fl 116v.\nLivro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1890-1892 – 20.5/5\n
Referências
Bibliográfica:

Almanak Administrativo, Commercial e Industrial da Provincia da Bahia. Para o anno de 1873. Compilado por Altino Rodrigues Pimenta. Bahia: Typographia de Oliveira Mendes, 1872.

ALVES, Marieta. Dicionário de artistas e artífices da Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

FREIRE, Luiz Alberto Ribeiro. A talha neoclássica na Bahia. Rio de Janeiro: Versal, 2006.

GALVÃO, Francisco da Cunha. Relatório sobre a navegabilidade do rio Paraguassu, província da Bahia. Bahia: Typographia do Diário, 1878.

NEVES, Belinda Maria de Almeida. De templo jesuítico a Sé Catedral: transformações ornamentais e iconográficas da igreja do Colégio após a expulsão dos jesuítas. Tese (Doutorado – Artes Visuais) – Universidade Federal da Bahia, Escola de Belas Artes, 2020.

OTT, Carlos. Evolução das Artes Plásticas nas igrejas do Bonfim, Boqueirão e Saúde. Salvador: UFBA, 1979.

SOUZA, Maria Conceição Barbosa de. Uma igreja para o Colégio. Salvador, IPAC, 1977.

Arquivísticas:

Alves, Marieta. D’ortas, Benjamin Vieira. Fichas avulsas. Arquivo Marieta Alves. Biblioteca da Fundação Instituto Feminino da Bahia. 1 ficha.

Arquivo da igreja do Bonfim – Receita e despesa – 1824-1852 f. 105r (OTT).

Livro de registro de óbitos da Freguesia de Sant ‘Anna 1890-1892 – Arquivo Público Municipal de Salvador. APMS.

Livro de registro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895– Arquivo Público Municipal de Salvador. APMS.

Contrato de Benjamin Vieira Dortas para execução de obras na Catedral Metropolitana em 29/01/1878. Tabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878 – APEB – Seção Judiciária.

Inventário de Manços Vieira D’ortas. APEB. 406f. [s.d.] (FREIRE)

Execução de ação decendiária de José Ferreira Neto contra Benjamin Vieira D’ortas. APEB, 1877. (FREIRE)

 

D’ORTAS, Benjamin Vieira. (Salvador, BA c. 1851 – Salvador, BA 5/11/1891)

Pintor, dourador e contratador de obras (empreiteiro). Atuante na cidade de Salvador no século XIX. Filho de Benjamin Vieira D’ortas e de Carolina Maria da Conceição D’ortas.

Assinatura de Benjamin Vieira D’ortas em 29/11/1878 em contrato firmado com o padre João Evangelista dos Santos  para obras na Catedral metropolitana, em Salvador. Tabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878  Fl 33,33v. APEB, Seção Judiciária.

Assinatura de Benjamin Vieira D’ortas em 29/11/1878 em contrato firmado com o padre João Evangelista dos Santos
para obras na Catedral metropolitana, em Salvador.
Tabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878
Fl 33,33v. APEB, Seção Judiciária.

 

Assinatura de Benjamin Vieira Dortas Comunicação de óbito em 10/04/1895. Fl. 124v. Livro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895 – 20.7/7 Arquivo Público Municipal de Salvador - APMS

Assinatura de Benjamin Vieira Dortas
Comunicação de óbito em 10/04/1895. Fl. 124v.
Livro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895 – 20.7/7
Arquivo Público Municipal de Salvador – APMS

 

Assinatura de Benjamin Vieira Dortas Comunicação de óbito em 26/04/1895. Fl 135. Livro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895 – 20.7/7 Arquivo Público Municipal de Salvador - APMS

Assinatura de Benjamin Vieira Dortas
Comunicação de óbito em 26/04/1895. Fl 135.
Livro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895 – 20.7/7
Arquivo Público Municipal de Salvador – APMS

 

São várias as fontes de informação sobre a atuação de Benjamin Vieira D’ortas (ou Dortas) desde 1830, até o final do século XIX, na cidade de Salvador, Bahia. Os conflitos entre datas e as diferenças nas assinaturas nos possibilita cogitar a existência de uma família de artistas, atuante há pelo menos três gerações em atividades diversas nas obras em templos religiosos e prédios civis.

Marieta Alves informa que, em 1870, Benjamin Vieira D’Ortas participou de concorrência apresentando proposta para a realização de obras na antiga igreja da Sé. Na ocasião a proposta não foi aceita, vencendo a concorrência o artista Antônio José dos Santos Malhado Branco (ALVES; FREIRE).

O Almanak da Bahia (1872, p.12) cita Benjamin Vieira Dortas com a função de “contratador de obra” (empreiteiro), instalado à rua do Cabral. As pesquisas apontam o estabelecimento e moradia em vários endereços o que é possível em virtude de artistas homônimos com parentesco, pai e filho.

A função de empreiteiro parece se confirmar posteriormente, pois em 9 de junho de 1877 Benjamin Vieira Dortas arrematou obras no telhado da casa do carcereiro na prisão do Barbalho pelo valor de 140$000 e, pouco depois, em 21 de julho daquele mesmo ano, outras obras na igreja Matriz de Brotas pelo valor de 445$810 (GALVÃO).

Uma das obras realizadas por Benjamin Vieira D’ortas na Catedral metropolitana de Salvador está documentada. Trata-se de contrato firmado em 29 de janeiro de 1878 entre o artista e o padre João Evangelista dos Santos, no valor de 2 contos de réis e estipulava obras de pintura, douramento e talha naquela igreja (Figuras 1 e 3). O prazo de conclusão estava previsto para maio daquele mesmo ano, podendo receber gratificação de 300 mil réis pela pontualidade ou multa de 600 réis pelo atraso (SOUZA; NEVES).

Na ocasião em que ocorriam as obras na prisão do Barbalho, na igreja Matriz de Brotas e na Catedral, Benjamin D’ortas respondia a uma ação decendiária de José Ferreira Netto (APEB; FREIRE). A assinatura do artista apresentada pelo pesquisador Luiz Freire (2006, p.527), em execução da referida ação, é semelhante a do contrato de obras da Catedral, um indicativo de se tratar da mesma pessoa.

Benjamin Vieira D’ortas faleceu em 05 de novembro de 1891 de anemia profunda em consequência de atropelamento e esmagamento da perna por um bonde da Linha Circular. Era natural da cidade de Salvador, tinha 40 anos, era pintor, e foi sepultado no cemitério Quinta dos Lázaros. Era filho de Benjamin Vieira D’ortas e de Carolina Maria da Conceição D’ortas. Compareceram ao cartório e foram declarantes e testemunhas Pedro Pereira d’Almeida e Benjamin Pereira D’ortas, ambos pintores, residentes naquela Paróquia. Também assinou como testemunha Benjamin Almeida D’ortas (Figura 2). Nota-se que outros dois pintores, declarantes do óbito tinham o mesmo sobrenome, o que de fato estreita a possibilidade de que se tratava de uma família de artistas.

Um dos primeiros trabalhos documentados ocorre entre 1844 e 1845, cuja irmandade de Nosso Senhor do Bonfim pagou 210$000 a Benjamin Vieira Dortas pela “pintura da Capella, casas e de encarnar a imagem do Senhor” (OTT, 1979, p.161). Esse trabalho foi executado, possivelmente, por seu pai, pois o Benjamin D’ortas que assinou contrato para a realização das obras na Catedral nasceu c. 1851.

Após o falecimento de Benjamin Vieira D’ortas em 1891, outro Benjamin D’ortas, residente à rua da Vala, aparece comunicando um óbito em 10 de abril de 1895, do menor Manoel Antonio de Almeida, de três meses, filho natural de Hermelinda Maria Amalia (Figura 4). Poucos dias após, Benjamin D’ortas, residente à rua do Moinho no Tororó, informava outro óbito no dia 26 de abril, da menina Virgínia, também com três meses e filha natural da mesma senhora (Figura 5).

Conforme Inventário no Arquivo Público do Estado da Bahia (FREIRE, 2006, p.527) consta que Benjamin Vieira D’ortas era “neto de Manços Vieira D’ortas, cirurgião, e de D. Ursula Maria das Virgens. Filho de Benjamin Vieira Dortas, falecido em 1836. Tinha cinco irmãos: Raymundo, Ovídio, Virgílio, Rosália e Horácio (pintor e alfaiate)”. Neste caso cogitamos a possibilidade de mais uma geração com o nome Benjamin Vieira D’ortas, sendo o pintor falecido em 1891 bisneto de Manços Vieira D’ortas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências
Bibliográfica:

Almanak Administrativo, Commercial e Industrial da Provincia da Bahia. Para o anno de 1873. Compilado por Altino Rodrigues Pimenta. Bahia: Typographia de Oliveira Mendes, 1872.

ALVES, Marieta. Dicionário de artistas e artífices da Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

FREIRE, Luiz Alberto Ribeiro. A talha neoclássica na Bahia. Rio de Janeiro: Versal, 2006.

GALVÃO, Francisco da Cunha. Relatório sobre a navegabilidade do rio Paraguassu, província da Bahia. Bahia: Typographia do Diário, 1878.

NEVES, Belinda Maria de Almeida. De templo jesuítico a Sé Catedral: transformações ornamentais e iconográficas da igreja do Colégio após a expulsão dos jesuítas. Tese (Doutorado – Artes Visuais) – Universidade Federal da Bahia, Escola de Belas Artes, 2020.

OTT, Carlos. Evolução das Artes Plásticas nas igrejas do Bonfim, Boqueirão e Saúde. Salvador: UFBA, 1979.

SOUZA, Maria Conceição Barbosa de. Uma igreja para o Colégio. Salvador, IPAC, 1977.

Arquivísticas:

Alves, Marieta. D’ortas, Benjamin Vieira. Fichas avulsas. Arquivo Marieta Alves. Biblioteca da Fundação Instituto Feminino da Bahia. 1 ficha.

Arquivo da igreja do Bonfim – Receita e despesa – 1824-1852 f. 105r (OTT).

Livro de registro de óbitos da Freguesia de Sant ‘Anna 1890-1892 – Arquivo Público Municipal de Salvador. APMS.

Livro de registro de óbitos da Freguesia de Sant’Anna 1894-1895– Arquivo Público Municipal de Salvador. APMS.

Contrato de Benjamin Vieira Dortas para execução de obras na Catedral Metropolitana em 29/01/1878. Tabelião Álvaro Lopes da Silva – Livro 545 – 1877/1878 – APEB – Seção Judiciária.

Inventário de Manços Vieira D’ortas. APEB. 406f. [s.d.] (FREIRE)

Execução de ação decendiária de José Ferreira Neto contra Benjamin Vieira D’ortas. APEB, 1877. (FREIRE)

 
Autoria

Autores(as) do verbete:

Belinda Maria de Almeida Neves

Data de inclusão:

13/08/2021

Datas de revisão / atualização:

13/08/2021;

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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One Response to “D’ORTAS, Benjamin Vieira.”

  1. Edvaldo Dortas

    Tenho pesquisado sobre meus antepassados e agradeço estar disponível esta pesquisa aqui neste site. Tive a oportunidade em confirmar algumas dúvidas entre os Benjamins. Meus Agradecimentos.

    Responder

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