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Manoel Inácio da Costa (Manoel Ignacio da Costa)

(Cairu, Bahia, Brasil, 1763 – Salvador, 23 de maio de 1857) Ofício:  Mestre Escultor Período de atividade documentada:  1794 – 1834 Assinatura: Dados Biográficos:  Manoel Inácio da Costa nasceu em 1763, na cidade de Cairu. Trabalhou como escultor na cidade do Salvador, atendendo à demanda de imagens religiosas, pois essa cidade era, até o início[...]

Referências
ALVES, Marieta. Dicionário de Artistas e Artífices na Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

______.  Venerável Ordem 3ª de São Francisco. Salvador: Prefeitura Municipal do Salvador, 1949. (Pequeno Guia de Igrejas da Bahia, 2).

BOCCANERA JUNIOR, Sílio. Bahia histórica: reminiscências do passado registro do presente. Bahia: Typ. Bahiana, 1921.

______. O centenário do Theatro São João da Bahia: Conferência. Bahia: [S.n.], 1914.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: Manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 2. ed. São Paulo: Unesp / SEC 1991.

______. Oficiais mecânicos na cidade do Salvador. Salvador: Departamento de Cultura. Prefeitura Municipal do Salvador, 1964.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Escultura colonial brasileira: um estudo preliminar.  Revista Barroco, Belo Horizonte, n. 13, p. 7-45, 1984/1985.

OTT, Carlos. Atividade artística nas igrejas do Pilar e de Sant’Ana da Cidade do Salvador. Salvador: Gráfica Universitária, 1979.

______. Evolução das artes plásticas nas igrejas baianas do Bonfim, Boqueirão e Saúde. Salvador: UFBA, Centro de Estudos Baianos, 1979. (Coleção Edelweiss, 2).

______.  O Carmo e a Ordem 3ª do Carmo na cidade do Salvador. Revista Alfa. Salvador, 1989. 53 p.

PÊPE, Suzane Tavares de Pinho. A Atividade do Escultor Manoel Ignacio da Costa na Cidade do Salvador. Monografia. XI Curso de Especialização Lato Sensu em Cultura e Arte Barroca. Instituto de Filosofia, Arte e Cultura. Orientação: Dra. Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. Coorientação: Maria helena Ochi Flexor. Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, 1999. 161 p.

______. O escultor baiano Manoel Ignacio da Costa. In: IV Congresso de História da Bahia, Salvador, 1999. Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 1999. p. 513-524.

QUERINO, Manoel Raymundo. As artes na Bahia. Escorço de uma contribuição histórica. 2. ed. Bahia: Officinas do Diário da Bahia, 1913.

______. Artistas baianos: Indicações biographicas. 2. ed. Bahia: Officinas da Empreza A Bahia, 1911.

______. Notícia histórica sobre o 2 de Julho de 1823 e a sua comemoração na Bahia. Revista do Inst. Geogr. e Hist. da Bahia. Salvador, v. 48, p. 77-105, 1923.

RÉSIMONT, Jacques. Os escultores baianos Manoel Inácio da Costa e Francisco das Chagas, “O Cabra”. Revista Barroco, Belo Horizonte, v. 14, p.1010-117, 1986/89.

 

 

(Cairu, Bahia, Brasil, 1763 – Salvador, 23 de maio de 1857)

Ofício: 

Mestre Escultor

Período de atividade documentada: 

1794 – 1834

Assinatura:
Fonte: Recibo de Despesa n. 163. Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

Assinatura de Manoel Inácio da Costa sobre Recibo de Despesa n. 163, datado de 18 de abril de 1794. Arquivo da Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

Dados Biográficos: 

Manoel Inácio da Costa nasceu em 1763, na cidade de Cairu. Trabalhou como escultor na cidade do Salvador, atendendo à demanda de imagens religiosas, pois essa cidade era, até o início dos Oitocentos, centro de exportação de imagens sacras católicas.

Segundo Livro de Óbitos da Freguesia da Sé. 1840-1862, conservado no arquivo da Arquidiocese do Salvador, era branco, solteiro, maior de 80 anos, morador da Rua das Portas do Carmo e faleceu de erisipela.

A fonte primária mais completa a seu respeito é seu próprio testamento, datado de 1857, conservado no Arquivo Público do Estado da Bahia. Em testamento, Manoel Inácio da Costa declarou ser filho natural de Quitéria de Sousa, solteiro, ter vivido maritalmente com Ana Joaquina, também solteira, com quem teve um filho e duas filhas uma das quais, Gertrudes Zeferina que se casou com o escultor Francisco da Silva Romão. (COSTA, Testamento)

Também, em testamento, pediu para ser enterrado sem pompa alguma na Freguesia do Santíssimo Sacramento e Santana e encomendou muitas missas a serem rezadas depois de seu passamento. Pode-se perceber que não se tornou rico, mas alcançou uma vida estável. Chegou a possuir uma escrava (“nação nagô”) e seis casas, duas situadas na Rua do Carro, na freguesia de Sant’Ana, uma onde morou e outra, na qual funcionou a sua tenda. Deixou para seu filho um nicho com muitas imagens aparelhadas de ouro. (COSTA, Testamento)

É notória a relação mantida com o catolicismo e participante de irmandades religiosas de maior ou menor projeção, sinal de sua inserção social. Pertenceu à Ordem Terceira de São Francisco, à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santana, da qual foi escrivão, à Irmandade das Almas; à de Nossa Senhora de Guadalupe, à do Santíssimo Sacramento da Freguesia de Brotas e à de Nossa Senhora da Fé. (COSTA, Testamento)

Atribuições:

A Manoel Inácio da Costa foram atribuídas diversas obras, mas o estudo da escultura da sua época conta com muitas dificuldades. Primeiramente, não era hábito dos escultores baianos assinarem ou marcarem as peças que executavam; em segundo lugar, as esculturas eram feitas nas oficinas, com a ajuda de oficiais e aprendizes. Também a confecção de uma imagem envolvia cabeleireiro, costureira, pintor, dourador, escultor de olhos de vidro e ourives. Evidentemente que a responsabilidade do trabalho final era do mestre escultor.

Além disso, bens móveis podem ser deslocados e nem sempre uma obra encomendada para determinado local necessariamente é aí mantida, por isso, o estudo das atribuições da escultura sacra baiana deve ser feito contando com diversas evidências provindas da tradição oral, da documentação e de análises estilísticas, que são complementares. Dada a inexistência de assinaturas, podemos lançar hipóteses acerca de autoria quando muitas evidências convergem. Ainda assim, as atribuições fazem mais sentido quando feitas às oficinas.

Manuel Querino foi pioneiro no estudo da arte sacra na Bahia. Com base na tradição oral fez muitas atribuições a Manoel Inácio da Costa, que serviram para divulgar o nome do escultor, despertando o interesse de outros pesquisadores, como Marieta Alves e Carlos Ott, que, posteriormente, buscaram documentos relacionados a seu nome em arquivos de Salvador. Mais tarde, artigo publicado por Jacques Résimont (1986/1989) reviu esses documentos e sugeriu estabelecer relações com as obras. Seguimos a sua trilha em 1999, sob a orientação de Myriam Ribeiro de Oliveira e Maria Helena Flexor, estudando a imaginária baiana, a sua vida e as atribuições feitas pelos diversos autores.

Obras Atribuídas com Base na Tradição Oral:

Querino atribuiu a Manoel Inácio da Costa um grande número de esculturas, como: O Anjo da Fama no Teatro São João; quatro anjos no Hospício da Piedade; esculturas existentes na Matriz de São Pedro Velho; na Matriz de Sant’Ana; na Igreja da Palma, no Hospital Quinta dos Lázaros; no Convento do Carmo, na OTC; no Convento de São Francisco e a escultura do Caboclo, em tamanho natural, propriedade do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que sai às ruas de Salvador no dia 2 de Julho, nas comemorações da Independência da Bahia. (Cf. PÊPE, 1999, p. 62-63)

Quanto ao Anjo da Fama fazia parte do acervo do Teatro São João, inaugurado em 1814. Essa obra também foi atribuído a Costa por Sílio Bocacanera Jr. em uma conferência proferida nesse teatro em 1914, quando apelava contra a sua destruição. Buscamos documentos a esse respeito no APEB, mas não encontramos, o que não impede que outros pesquisadores obtenham dados a esse respeito.

Manuel Querino e Sílio Boccanera (1914, p. 29) sugeriram que Manoel Inácio da Costa foi discípulo de Félix Pereira Guimarães, com base em informações passadas por Antonio Machado Peçanha, que parece ter freqüentado a oficina de Costa, onde viu croquis do Caboclo.

Obras Atribuídas com Base em Manuscritos:

1. Santa Casa de Misericórdia (Salvador)

1794 – Recibo avulso no valor de 40$600 de uma imagem de Cristo de c. 70 cm de altura, para a Santa Casa de Misericórdia. (RECIBO n. 163 da Santa Casa de Misericórdia. Arquivo da SCM) - É o documento mais antigo conhecido assinado pelo escultor referente à encomenda, contudo, as várias imagens de Cristo existentes no local não permitem estabelecer relação entre imagem e esse documento.

2. Igreja do Bonfim (Salvador)

1818 – 1819 – Recibo de figuras de madeiras feitas para a Igreja do Bonfim no valor de Rs170$000 (cento e sessenta mil réis) – Livro de Receita e Despeza da Irmandade do S. B. J. do Bonfim – 1809-29, fl. 39. Arquivo da Irmandade do S. B. J. do Bonfim. (ALVES, 1976, p.56) - Não conseguimos localizar tal documento em 1998.

3. Obras para a Irmandade de Nossa Senhora da Saúde e da Glória (Salvador)

1820 – Recibo de R$ 12$000 (doze mil réis) por obras não especificadas para a Igreja Manoel Inácio da Costa. (ALVES, 1976, p.56; ALVES, Arquivos particulares. Produção Intelectual. Pasta 2. APEB).

4. Convento do Desterro (Salvador)

1824 – 1825 – Encomenda de consertos do esquincho da sacristia e das imagens do Menino Jesus e de Santa Clara. (ALVES, 1976, p.56; ALVES, Arquivos particulares. Produção Intelectual. Pasta 2. APEB).

5. Venerável Ordem Terceira de São Francisco (Salvador)

1833 – Encomenda de imagem de São Domingos de 7 palmos e meio de altura para altar lateral A quantia acertada foi 60$000 (sessenta mil réis) em moeda de cobre. (LIVRO 3º de Termos de Acordãos e Resoluções da Meza, fls. 97-98. Arquivo da VOTSF)

1834 – Foi proposto e aprovado pela Mesa da Irmandade que as imagens dos altares da nave fossem desbastadas por serem consideradas grosseiras. Manoel Inácio da Costa ofereceu-se para fazer o serviço sem cobrar a sua parte, entretanto, teria de pagar a seus oficiais. (LIVRO 3º de Termos de Acordãos e Resoluções da Meza, fls. 113-114. Arquivo da VOTSF) – Através deste documento podemos reafirmar que o trabalho era oficinal, envolvendo várias mãos e a direção do mestre.

1834 – Documento aprovou pintura e encarnação das imagens da nave por José da Costa e Andrade no valor de 270$000, sendo 50$000 destes referentes à policromia da imagem de São Domingos de Gusmão, esculpida por Manoel Inácio da Costa. (LIVRO 3º de Termos de Acordãos e Resoluções da Meza, fls. 113-114. Arquivo da VOTSF) - É notório que a imagem de São Francisco de Assis existente no local foi desbastada e podemos afirmar que a imagem de São Domingos de Gusmão corresponde às especificações da documentação. Trata-se de uma escultura de fisionomia pouco expressiva, formando um conjunto visualmente pesado. Sobressai o trabalho de policromia e douramento do panejamento.

6. Igreja do Pilar (Salvador)

1834 – A Irmandade do Santíssimo Sacramento do Pilar encomendou a Manoel Inácio da Costa uma imagem do Senhor do Bom Caminho para substituir a antiga imagem (hoje conservada no Museu de Arte da Bahia). Tal substituição se deu em razão da necessidade de adaptar a imagem de Cristo  à nova talha feita para o altar-mor da igreja chamuscado em incêndio (1829). (LIVRO de Termos. 1798-1906. Resolução da Mesa de 2 de setembro de 1834, fls. 33-34. Arquivo da Irmandade do Santíssimo Sacramento do Pilar) – Nenhum autor contradisse até o presente esta atribuição e a imagem existente no local é original.

De e de grande valor estético, o Senhor do Bom Caminho é uma obra ao gosto neoclássico predominante no século XIX, na arte luso-brasileira. Cristo é representado crucificado com olhos cerrados, sobrancelhas curvas e nariz longo. A suavidade da sua expressão opõe-se às representações do barroco do século XVIII. Possui corpo bem proporcionado e anatomia correta.

Comparações Estilísticas:

É possível comparar a escultura do Caboclo e a imagem de São Domingos de Gusmão da VOTSF da autoria de Costa. Ambas as figuras têm aparência pouco natural, rosto oval, modelado liso e queixo marcado. Nenhum das duas têm a harmonia alcançada na imagem de Cristo da Igreja do Pilar, o que não significa que não sejam do mesmo ateliê.

Também é possível uma comparação entre duas esculturas representando Nossa Senhora da Saúde e da Glória, na igreja dedicada a esta devoção em Salvador – a do nicho, atribuída com base em documentos a Félix Pereira Guimarães, e outra conservada na mesma igreja, medindo 150 cm de altura, situada sob o arco-cruzeiro, que atribuímos  a um de seus seguidores, que pode ser Manoel Inácio da Costa. Essa imagem tem semelhança com outras e acreditamos que provenham da mesma oficina: Senhor Ressuscitado com Madalena (Museu de Arte Sacra), Santo Mártir Franciscano (MAB), Santa Maria Egipcíaca (OTC), Santa Maria Madalena do Convento do Desterro. Todas têm modelado liso, rosto oval, cabelos longos e estriados caídos em mechas, olhos curvos, nariz arrebitado e queixo marcado.

O escultor Félix era 27 anos mais velho do que Manoel. Ambos tiveram ligação com a Ordem Terceira de São Francisco e com a Irmandade do Santíssimo Sacramento e Sant’Ana, esculpiram para a Santa Casa de Misericórdia e para a Irmandade de Nossa Senhora da Saúde e da Glória. (PÊPE, 1999, p.101)

Consideração:

O estudo de autores, obras e documentos faz parte de um quebra-cabeça, que jamais fechará, é o caminho para evidenciar personagens que contribuíram para a formação de um acervo de valor histórico e artístico reconhecido. Devem ser também pesquisados monografias e artigos sobre o contexto social e religioso e sobre a iconografia religiosa.(Cf. PÊPE, 1999)

Referências
ALVES, Marieta. Dicionário de Artistas e Artífices na Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

______.  Venerável Ordem 3ª de São Francisco. Salvador: Prefeitura Municipal do Salvador, 1949. (Pequeno Guia de Igrejas da Bahia, 2).

BOCCANERA JUNIOR, Sílio. Bahia histórica: reminiscências do passado registro do presente. Bahia: Typ. Bahiana, 1921.

______. O centenário do Theatro São João da Bahia: Conferência. Bahia: [S.n.], 1914.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: Manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 2. ed. São Paulo: Unesp / SEC 1991.

______. Oficiais mecânicos na cidade do Salvador. Salvador: Departamento de Cultura. Prefeitura Municipal do Salvador, 1964.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Escultura colonial brasileira: um estudo preliminar.  Revista Barroco, Belo Horizonte, n. 13, p. 7-45, 1984/1985.

OTT, Carlos. Atividade artística nas igrejas do Pilar e de Sant’Ana da Cidade do Salvador. Salvador: Gráfica Universitária, 1979.

______. Evolução das artes plásticas nas igrejas baianas do Bonfim, Boqueirão e Saúde. Salvador: UFBA, Centro de Estudos Baianos, 1979. (Coleção Edelweiss, 2).

______.  O Carmo e a Ordem 3ª do Carmo na cidade do Salvador. Revista Alfa. Salvador, 1989. 53 p.

PÊPE, Suzane Tavares de Pinho. A Atividade do Escultor Manoel Ignacio da Costa na Cidade do Salvador. Monografia. XI Curso de Especialização Lato Sensu em Cultura e Arte Barroca. Instituto de Filosofia, Arte e Cultura. Orientação: Dra. Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. Coorientação: Maria helena Ochi Flexor. Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, 1999. 161 p.

______. O escultor baiano Manoel Ignacio da Costa. In: IV Congresso de História da Bahia, Salvador, 1999. Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 1999. p. 513-524.

QUERINO, Manoel Raymundo. As artes na Bahia. Escorço de uma contribuição histórica. 2. ed. Bahia: Officinas do Diário da Bahia, 1913.

______. Artistas baianos: Indicações biographicas. 2. ed. Bahia: Officinas da Empreza A Bahia, 1911.

______. Notícia histórica sobre o 2 de Julho de 1823 e a sua comemoração na Bahia. Revista do Inst. Geogr. e Hist. da Bahia. Salvador, v. 48, p. 77-105, 1923.

RÉSIMONT, Jacques. Os escultores baianos Manoel Inácio da Costa e Francisco das Chagas, “O Cabra”. Revista Barroco, Belo Horizonte, v. 14, p.1010-117, 1986/89.

 

 
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

Data de inclusão:

22/04/2014

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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