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José Mário Costa Pinto
JMario destaque

Artista autodidata com incursões em fotografia, cinema, pintura, desenho e literatura. Fundador do Foto-Cine Clube da Bahia (1967) ao lado de outros jovens artistas. Realizou filmes e fotografias nos anos 1970. Escritor de textos jornalísticos, poéticos e memorialistas, a sua produção dialoga com as ciências sociais e a crítica político-social. Seus desenhos possuem estilo caricatural e integram palavras, frases e poemas, combinando memória, história e crítica a acontecimentos recentes.

José Mário Costa Pinto. Entre a Ilha de Itaparica e Nazaré das Farinhas, BA, região de Barreiras de Jacuruna.196? Fotografia em preto e branco. (Fonte: PINTO, 2021, p.81).
Paisagem de Barreiras de Jacuruna, área banhada pelo rio Jaguaripe e afluentes, cercada de manguezais. O encontro de águas doces e salgadas propicia uma grande variedade de mariscos e peixes na região, o que permite que as comunidades locais viverem da pesca e mariscagem. Esta fotografia registra a beleza das águas que chegam às margens e a simplicidade do gesto de um homem que molha um cachorro.
José Mário Costa Pinto. A Rosa. Ano? Fotografia colorida. (Pracha impressa com fotografias do Autor).
Fotografia, de formado quadrado, marcada pelo contraste entre áreas iluminadas e outras de ausência de luz que se confundem com o plano de fundo, o que lembra recursos empregado por pintores barrocos. A rosa é um tema presente nas mais diversas culturas e religiões, além de ser apreciada pelo colorido e beleza. Na cultura ocidental, a rosa vermelha simboliza o amor, a perfeição, a paixão e o desejo.
Autor desconhecido. Cerimônia do casamento civil da Ialorixá Mariá Lameu (Terreiro Iemanjá D’Acossidé Iakessi). 197? Fotografia em preto e branco. (Acervo pessoal).
A ialorixá Mariá Lameu (1933-2020) entre esposo (à esquerda) e José Mário Costa Pinto, juiz que celebrou a união (à direita). A sacerdotisa transferiu seu terreiro de São Félix para Cruz das Almas nos anos 1990. Conhecida por sua educação religiosa, elogiada por iás, babalorixás e ebomis da região, Dona Mariá pertencia igualmente à Irmandade da Boa Morte (Cachoeira).
Autor desconhecido. Vernissage. Ano? Fotografia em preto e branco. (Imagem cedida pelo artista).
Da esquerda para a direita, Noelice Costa Pinto, Hansen Bahia, Ilse Hansen e José Mário Costa Pinto. Nascidos em Hamburgo, Hansen e Ilse se encontraram em 1959, na V Bienal de São Paulo. Na Bahia, a partir dos anos 1960, os dois casais mantiveram amizade sólida. Nos anos 1970, todos tinham vínculos com o Recôncavo baiano e contribuíram para o desenvolvimento do Prodesca, movimentando a cena cultural e artística, e para a criação e organização da Fundação Hansen Bahia na cidade.
José Mário Costa Pinto. Sem Título. Data: 30/10/2007. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
De forte conteúdo simbólico, imagens e textos compõem metáforas de posições ideológicas .Os que defendem a igualdade, Cristo, Simão e Marx são marcadas pela cor vermelha sanguínea indicados por texto escrito, assim como o "MST de hoje". Figuras de grandes "pré-históricos" imaginados dominam a composição, representando imperialistas, o sistema de capital e a globalização. Seguindo esta lógica, o dinossauro é “Pôncio Pilatos (Apelido Bush)”; o unicórnio é “Herodes (apelido Hitler)”; a ave é "Cézar (apelido: Sociedades secretas)”; o anfiteatro romano é “Pompeu Magno, o Grande (apelido Avenida Paulista)". Outras frases: “Leite longa morte. A Pessoa Humana não vale nada, sim, o capital! E chamam essa tragédia de ‘Democracia’”; “Veja só! Cansei Philipps!”, “Viva Marx”.
José Mário Costa Pinto. Poluição. Desenho sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
O coronavírus, bactérias e outros vírus espalhados pelo mundo são denunciados pelo artista que evoca o caos que atinge todo o planeta, pela exploração e descuido humanos; enfatiza a poluição das águas dos rios Pinheiros e Tietê, em decorrência dos dejetos da indústria, desequilibrando o meio ambiente e o cotidiano da população. Já o Mar Morto é apontado no desenho, o que se deve ao despejo de esgoto e do tratamento inadequado dos resíduos produzidos pelas atividades de mineração, como noticiado pela mídia.
José Mário Costa Pinto. Luto. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Em 2020, a humanidade começou a ter de lidar com o novo coronavírus, identificado como SARS-CoV-2, responsável por causar a doença COVID-19, o que exigiu estudos sobre o trajeto do vírus até chegar aos humanos, pesquisas para desenvolver vacinas, tendo em vista a quantidade de mortes registradas diariamente em todo o mundo. O desenho menciona o luto pelas perdas humanas que motivou cientistas comprometidos com a luta pela vida de milhões, igualmente a corrida bilionária da indústria farmacêutica na produção e a distribuição de vacinas, que, apesar das tensões, movimentou o cenário global. O Brasil, como muitos países, foi gravemente afetado com o desemprego, fazendo crescer a pobreza e a desigualdade social.
José Mário Costa Pinto. "Afrânio Peixoto. 'O tempo dos Mestres. Homenagem aos 200 anos (1808 - 2008) da Faculdade de Medicina'". Desenhosobre papel. Data: 11/11/2007.
O desenho com traços rápidos e texturas tremidas, em estilo caricatural, rende homenagem à FAMED que passou por várias fases em sua história: em 1808, foi fundada a Escola de Cirurgia da Bahia pelo Príncipe-Regente por D. João, sendo considerada a primeira no ensino médico do país; em 1813, foi Academia Médico-Chirurgica até se tornar unidade da Universidade da Bahia em 1946, federalizada em 1950, sob o reitorado de Edgard Santos (1946-1961) (TEIXEIRA, 2001).
José Mário Costa Pinto. “Centenário de Bonita Maria do Capitão - 2019-2011”. Desenho/texto sobre papel. Data: 01/ 03/11. (Imagem cedida pelo artista).
Desenho caricatural, com as seguintes inscrições: “Abaixo a covardia! Viva Maria Bonita!"; à direita, “[...] entrega Corisco, não entrego não” (Glauber); do lado esquerdo inferior: “A mulher só entrou como muitos no cangaço em 1930. Sertaneja de Malhada da Caiçara, Sertão da Bahia. Seu nome Maria Gomes de Oliveira. Todos respeitaram as mulheres como disse ... mulher de Corisco". Por último, à direita, “A guerrilheira Maria Bonita, mulher do capitão único Lampião."
José Mário Costa Pinto. Capela d'Ajuda. Desenho sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Representação de capela do século XVII, pertencente a um antigo engenho situado em Cachoeira. A edificação foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O desenho é da construção em pedra e cal data de 1673. Com o crescimento populacional e urbano foi construído um templo maior na atual rua Ana Nery (Igreja Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira). A capela foi entregue à Confraria de São Pedro dos Clérigos, que se extinguiu e, em 1872, e os músicos da cidade passaram a sediar na capela a Irmandade de N. Sra. da Ajuda (Cachoeira. Capela d’Ajuda. Ipatrimônio).
José Mário Costa Pinto. Carnaval 2008. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
A imagem evoca o carnaval da Bahia, como se pode ler e estabelece paralelismo com a dança dos cabarés franceses. O texto se compõe das marchinhas carnavalescas "Ei você aí" (autoria: Moacir Franco) e "Colombina" (autoria: Armando Sá e Miguel Brito) À esquerda, a "Troupe de Mlle Églantine Santos", representando a brasilidade e a negritude, nas fantasias de careta e mortalha; à direita, está a "Troupe de Mlle Églantine May Milton", representando a europeidade, inspirada em gravuras da Belle Époque, criadas por Henry Toulouse-Lautrec, para divulgar apresentações desse grupo nos cabarés parisienses.
Ateliê Aguiar Costa Pinto. José Mário Costa Pinto. Ladeira da Conceição da Praia (Salvador). 02/02/2024. Desenho/texto s/ papel. (Imagem cedida pelo artista).
Representação com traços espontâneos, texturas e áreas coloridas uniformemente. A "Ladeira da Conceição" foi concebida e construída em formato de arcada de pedra, para sustentar a Ladeira da Montanha (que faz a comunicação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa). Seus vãos deram origem a espaços de habitação e trabalho, ocupados há mais de meio século por ferreiros, serralheiros e marmoreiros. Suas paredes coloridas destacam-se na paisagem. O texto é informativo: “Ladeira da Conceição da Praia. Bahia Colônia. Complexo de obras militares do Império II – Século XIX.” “Com base em Cerqueira Falcão: 17 arcos – Planta e construção por Francisco Pereira de Aguiar”. Este é autor uma série de obras na capital e no interior da província da Bahia (Relatório, 1856-1857).
José Mário Costa Pinto. Homenagem a Joaquim Costa Pinto. 06/06/2024. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Imagem associada a memória afetiva e sobre o professor Joaquim da Costa Pinto Netto (pai do artista) que, em 1962, assumiu o cargo de primeiro diretor da Casa do Brasil na Espanha. Vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Tal instituição foi concebida para abrigar estudantes e professores pesquisadores brasileiros na Espanha. Além de trabalhar, apaixonou-se pela cultura do país, cidades como a mourisca Córdoba e Madri, com praças, largas avenidas, museus, além da controversa tourada de longa tradição na região.
José Mário Costa Pinto. Entre a Ilha de Itaparica e Nazaré das Farinhas, BA, região de Barreiras de Jacuruna.196? Fotografia em preto e branco. (Fonte: PINTO, 2021, p.81).
Paisagem de Barreiras de Jacuruna, área banhada pelo rio Jaguaripe e afluentes, cercada de manguezais. O encontro de águas doces e salgadas propicia uma grande variedade de mariscos e peixes na região, o que permite que as comunidades locais viverem da pesca e mariscagem. Esta fotografia registra a beleza das águas que chegam às margens e a simplicidade do gesto de um homem que molha um cachorro.
José Mário Costa Pinto. A Rosa. Ano? Fotografia colorida. (Pracha impressa com fotografias do Autor).
Fotografia, de formado quadrado, marcada pelo contraste entre áreas iluminadas e outras de ausência de luz que se confundem com o plano de fundo, o que lembra recursos empregado por pintores barrocos. A rosa é um tema presente nas mais diversas culturas e religiões, além de ser apreciada pelo colorido e beleza. Na cultura ocidental, a rosa vermelha simboliza o amor, a perfeição, a paixão e o desejo.
Autor desconhecido. Cerimônia do casamento civil da Ialorixá Mariá Lameu (Terreiro Iemanjá D’Acossidé Iakessi). 197? Fotografia em preto e branco. (Acervo pessoal).
A ialorixá Mariá Lameu (1933-2020) entre esposo (à esquerda) e José Mário Costa Pinto, juiz que celebrou a união (à direita). A sacerdotisa transferiu seu terreiro de São Félix para Cruz das Almas nos anos 1990. Conhecida por sua educação religiosa, elogiada por iás, babalorixás e ebomis da região, Dona Mariá pertencia igualmente à Irmandade da Boa Morte (Cachoeira).
Autor desconhecido. Vernissage. Ano? Fotografia em preto e branco. (Imagem cedida pelo artista).
Da esquerda para a direita, Noelice Costa Pinto, Hansen Bahia, Ilse Hansen e José Mário Costa Pinto. Nascidos em Hamburgo, Hansen e Ilse se encontraram em 1959, na V Bienal de São Paulo. Na Bahia, a partir dos anos 1960, os dois casais mantiveram amizade sólida. Nos anos 1970, todos tinham vínculos com o Recôncavo baiano e contribuíram para o desenvolvimento do Prodesca, movimentando a cena cultural e artística, e para a criação e organização da Fundação Hansen Bahia na cidade.
José Mário Costa Pinto. Sem Título. Data: 30/10/2007. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
De forte conteúdo simbólico, imagens e textos compõem metáforas de posições ideológicas .Os que defendem a igualdade, Cristo, Simão e Marx são marcadas pela cor vermelha sanguínea indicados por texto escrito, assim como o "MST de hoje". Figuras de grandes "pré-históricos" imaginados dominam a composição, representando imperialistas, o sistema de capital e a globalização. Seguindo esta lógica, o dinossauro é “Pôncio Pilatos (Apelido Bush)”; o unicórnio é “Herodes (apelido Hitler)”; a ave é "Cézar (apelido: Sociedades secretas)”; o anfiteatro romano é “Pompeu Magno, o Grande (apelido Avenida Paulista)". Outras frases: “Leite longa morte. A Pessoa Humana não vale nada, sim, o capital! E chamam essa tragédia de ‘Democracia’”; “Veja só! Cansei Philipps!”, “Viva Marx”.
José Mário Costa Pinto. Poluição. Desenho sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
O coronavírus, bactérias e outros vírus espalhados pelo mundo são denunciados pelo artista que evoca o caos que atinge todo o planeta, pela exploração e descuido humanos; enfatiza a poluição das águas dos rios Pinheiros e Tietê, em decorrência dos dejetos da indústria, desequilibrando o meio ambiente e o cotidiano da população. Já o Mar Morto é apontado no desenho, o que se deve ao despejo de esgoto e do tratamento inadequado dos resíduos produzidos pelas atividades de mineração, como noticiado pela mídia.
José Mário Costa Pinto. Luto. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Em 2020, a humanidade começou a ter de lidar com o novo coronavírus, identificado como SARS-CoV-2, responsável por causar a doença COVID-19, o que exigiu estudos sobre o trajeto do vírus até chegar aos humanos, pesquisas para desenvolver vacinas, tendo em vista a quantidade de mortes registradas diariamente em todo o mundo. O desenho menciona o luto pelas perdas humanas que motivou cientistas comprometidos com a luta pela vida de milhões, igualmente a corrida bilionária da indústria farmacêutica na produção e a distribuição de vacinas, que, apesar das tensões, movimentou o cenário global. O Brasil, como muitos países, foi gravemente afetado com o desemprego, fazendo crescer a pobreza e a desigualdade social.
José Mário Costa Pinto. "Afrânio Peixoto. 'O tempo dos Mestres. Homenagem aos 200 anos (1808 - 2008) da Faculdade de Medicina'". Desenhosobre papel. Data: 11/11/2007.
O desenho com traços rápidos e texturas tremidas, em estilo caricatural, rende homenagem à FAMED que passou por várias fases em sua história: em 1808, foi fundada a Escola de Cirurgia da Bahia pelo Príncipe-Regente por D. João, sendo considerada a primeira no ensino médico do país; em 1813, foi Academia Médico-Chirurgica até se tornar unidade da Universidade da Bahia em 1946, federalizada em 1950, sob o reitorado de Edgard Santos (1946-1961) (TEIXEIRA, 2001).
José Mário Costa Pinto. “Centenário de Bonita Maria do Capitão - 2019-2011”. Desenho/texto sobre papel. Data: 01/ 03/11. (Imagem cedida pelo artista).
Desenho caricatural, com as seguintes inscrições: “Abaixo a covardia! Viva Maria Bonita!"; à direita, “[...] entrega Corisco, não entrego não” (Glauber); do lado esquerdo inferior: “A mulher só entrou como muitos no cangaço em 1930. Sertaneja de Malhada da Caiçara, Sertão da Bahia. Seu nome Maria Gomes de Oliveira. Todos respeitaram as mulheres como disse ... mulher de Corisco". Por último, à direita, “A guerrilheira Maria Bonita, mulher do capitão único Lampião."
José Mário Costa Pinto. Capela d'Ajuda. Desenho sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Representação de capela do século XVII, pertencente a um antigo engenho situado em Cachoeira. A edificação foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O desenho é da construção em pedra e cal data de 1673. Com o crescimento populacional e urbano foi construído um templo maior na atual rua Ana Nery (Igreja Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira). A capela foi entregue à Confraria de São Pedro dos Clérigos, que se extinguiu e, em 1872, e os músicos da cidade passaram a sediar na capela a Irmandade de N. Sra. da Ajuda (Cachoeira. Capela d’Ajuda. Ipatrimônio).
José Mário Costa Pinto. Carnaval 2008. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
A imagem evoca o carnaval da Bahia, como se pode ler e estabelece paralelismo com a dança dos cabarés franceses. O texto se compõe das marchinhas carnavalescas "Ei você aí" (autoria: Moacir Franco) e "Colombina" (autoria: Armando Sá e Miguel Brito) À esquerda, a "Troupe de Mlle Églantine Santos", representando a brasilidade e a negritude, nas fantasias de careta e mortalha; à direita, está a "Troupe de Mlle Églantine May Milton", representando a europeidade, inspirada em gravuras da Belle Époque, criadas por Henry Toulouse-Lautrec, para divulgar apresentações desse grupo nos cabarés parisienses.
Ateliê Aguiar Costa Pinto. José Mário Costa Pinto. Ladeira da Conceição da Praia (Salvador). 02/02/2024. Desenho/texto s/ papel. (Imagem cedida pelo artista).
Representação com traços espontâneos, texturas e áreas coloridas uniformemente. A "Ladeira da Conceição" foi concebida e construída em formato de arcada de pedra, para sustentar a Ladeira da Montanha (que faz a comunicação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa). Seus vãos deram origem a espaços de habitação e trabalho, ocupados há mais de meio século por ferreiros, serralheiros e marmoreiros. Suas paredes coloridas destacam-se na paisagem. O texto é informativo: “Ladeira da Conceição da Praia. Bahia Colônia. Complexo de obras militares do Império II – Século XIX.” “Com base em Cerqueira Falcão: 17 arcos – Planta e construção por Francisco Pereira de Aguiar”. Este é autor uma série de obras na capital e no interior da província da Bahia (Relatório, 1856-1857).
José Mário Costa Pinto. Homenagem a Joaquim Costa Pinto. 06/06/2024. Desenho/texto sobre papel. (Imagem cedida pelo artista).
Imagem associada a memória afetiva e sobre o professor Joaquim da Costa Pinto Netto (pai do artista) que, em 1962, assumiu o cargo de primeiro diretor da Casa do Brasil na Espanha. Vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Tal instituição foi concebida para abrigar estudantes e professores pesquisadores brasileiros na Espanha. Além de trabalhar, apaixonou-se pela cultura do país, cidades como a mourisca Córdoba e Madri, com praças, largas avenidas, museus, além da controversa tourada de longa tradição na região.
Referências
Bibliográficas:

ALMEIDA, Maria de Fátima Fontoura. Jornada Internacional de Cinema da Bahia: A História.  2006. 107 f. Monografia (Graduação em Jornalismo). Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2006.

AFRÂNIO PEIXOTO. Biografia. Disponível em:  https://www.academia.org.br/academicos/afranio-peixoto/biografia Acesso em: 06 jun. 2024.

PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.

______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura.  Brasília: Kiron, 2020.

TEIXEIRA, Rodolfo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus (1943-1995). 3. ed. Salvador: EDUFBA, 2001.

TRIBUNA DO NORTE. A Casa do Brasil. 3 mai. 2015. Disponível em https://tribunadonorte.com.br/colunas/artigos/a-casa-do-brasil/  Acesso em: 21 JUN. 2024.

Arquivísticas:

Documentos do Arquivo pessoal de José Mário Peixoto Costa Pinto, entre fotografias, recortes de jornais etc.

Ministério da Educação e Cultura; Universidade Federal da Bahia.  Programa de Desenvolvimento Integrado da Cidade Monumento de Cachoeira (PRODESCA). Salvador, BA, 1976.

Relatório das Obras a cargo do Engenheiro Dr. Francisco Pereira de Aguiar. De dezembro de 1856 e de janeiro a julho de 1857. Obras Geraes. 11 fls.  Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/pdf/130605/per130605_1857_00002.pdf Acesso em 20 jun. 2024.

Eletrônicas seguidas dos links:

ATIVIDADES de José Mário Costa Pinto. Disponível em http://josemariopeixotocostapinto.blogspot.com/2008/02/atividades-de-jos-mrio-peixoto-costa.html Acesso em 03 mai. 2024.

IPATRIMÔNIO. Cachoeira. Capela d’Ajuda. Disponível em: https://www.ipatrimonio.org/cachoeira-capela-da-ajuda/#!/map=38329&loc=-23.54728759012553,-406.6590642929077,17 Acesso em 16 jun. 2024.

JAGUARIPE. Barreiras de Jacuruna. Disponível em: https://www.jaguaripe.tur.br/barreiras/ Acesso em 20 jun. 2024.

LECY, Tacun. Gratidão à Iyá Maria Lameu. 05 abr. 2020. Disponível em: https://www.tacunlecy.com/ Acesso em 16 jun. 2024.

Bibliografia


Livros e Catálogos:


PINTO, José Mário Peixoto Costa (Org.). Árvore Genealógica: Dois séculos de História. Salvador: Atelier Aguiar Costa Pinto, 2022.

PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.

______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura.  Brasília: Kiron, 2020.

PINTO, Noelice Nascimento Costa; COSTA, José Mário Peixoto. Cuba: Um Povo Heróico, 1992.

______. Poesias: Vida - Luta – Amor. Alagoas, Maceió: Atelier Costa Pinto, 2004.

(José Mário Peixoto Costa Pinto. Salvador, Bahia 28 de fevereiro de 1938).

Retrato:

Fotografia (detalhe) cedida pelo artista.

Formação:

Artista autodidata.

Graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL) em 1964.

Período de atividade: Fotografia, a partir dos anos 1960; Desenho desde os anos 2000.

Principais especialidades: Fotografia, Cinema e Literatura.

Outras atividades: Desenho e Pintura.

Assinatura:

Assinatura de José Mário Costa Pinho, extraída de desenho sobre papel, intitulado Capela d”Ajuda, datado 21/08/2020.

Assinatura extraída de desenho sobre papel, datado 19/04/21 (aniversário de Hansen Bahia).

Dados biográficos:

Nascido em Salvador, Bahia, no dia 28 de fevereiro de 1938, José Mário Peixoto Costa Pinto é filho de Lourdes Peixoto Costa Pinto (Dona Lulu) e Joaquim da Costa Pinto Netto, professor e sociólogo. Em 1964, casou-se com a artista plástica Noelice Nascimento Costa Pinto, estabelecendo uma forte relação de cumplicidade na vida e na arte; têm três filhos, quatro netas e quatro netos.

A sua formação escolar se deu no Colégio Jesus Maria José e no Colégio Sophia Costa Pinto em Salvador. Na época em que seu pai trabalhava no Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa, ao lado do pesquisador e educador Anísio Teixeira, José Mário foi semi-interno no Colégio Brasil Américas, depois, foi interno do Colégio Werneck em Petrópolis, voltando para Salvador, onde continuou seus estudos.

Ainda na infância, José Mário cursara aulas particulares de francês e inglês, assim como aulas de violino com o mestre Anplilofio de Oliveira. Participou da Orquestra Infanto-Juvenil da Hora da Criança, organizada por Adroaldo Ribeiro Costa (PINTO, 2020, p. 649-650). Na sua estadia no Rio de Janeiro, na adolescência,  frequentava o teatro de revista e teve contato com marchinhas do carnaval carioca, que ficaram em sua memória (PINTO, 2020, p. 655), como comenta:

Fui várias vezes assistir Emilinha Borba, Marlene, Dercy Gonçalves, Orlando Silva cantarem as marchinhas e os sambinhas deliciosos daquela época. Ali vi pela primeira vez uma novela engraçada com Chico Anísio e muitos dos que trabalharam com ele [...], o que me fez um bem enorme, pois adoro os carnavais passados, o humor inteligente, a amizade e a cordialidade do nosso povo brasileiro, hoje massacrado pelo capitalismo internacional. (PINTO, 2020, p. 654).

Juiz de Direito aposentado do Tribunal de Justiça da Bahia, José Mário José Mário Costa Pinto formou-se em Direito pela Universidade Católica do Salvador em 1964. Advogou para diversas empresas baianas ao longo de anos até tomar posse como Juiz de Direito concursado, do Tribunal de Justiça da Bahia, a fim de atuar no interior do Estado. Assim descobriu cidades como Mutuípe e São Félix, até voltar para Salvador.  Enfrentou dificuldades, tendo em vista o costume de apadrinhamentos políticos para ocupar vaga mais próxima da capital, como desejado pela maioria, o que relata em livro (PINTO, 2020, p. 672-674). Foi Diretor do Ministério Público do Estado da Bahia por oito anos.

Durante o seu curso de Direito, em Salvador, Costa Pinto foi se voltando para a Fotografia. Depois de formado, trabalhou na Biblioteca do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), onde teve estreito contato com fotos da África e do Oriente; depois foi secretário da Faculdade de Arquitetura, local que conserva importante acervo de slides, particularmente, o Centro de Estudos da Arquitetura da Bahia (CEAB) (PINTO, 2021, p. 14). Ainda na UFBA, colaborou no Instituto de Ciências Sociais, dirigido na época pelo professor Valentin Calderon, grande interessado por fotografia (PINTO, 2021, p. 15).

Nos anos 1960, jovens cineastas enfrentavam a resistência ao cinema nacional e lutavam pela liberdade de expressão durante a ditadura militar (1964-1984). Nessa época, artistas plásticos, fotógrafos e cineastas estavam em busca de representar os problemas sociais e políticos brasileiros através da arte, assim como frequentavam ambientes voltados a interesses culturais comuns.

Destarte, na Salvador de 1967, José Mário Costa Pinto fundou o Foto-Cine Clube da Bahia, em Salvador, que presidiu ao longo de dez anos. A primeira diretoria foi composta por ele, Aldo Dortas Prado, Amando Branco, Ronilda Negrão, Ney Negrão e Cidélia Argôlo (PINTO, 2021, p. 47). Os participantes do Foto-Cine eram, em geral, jovens que se encontravam quase diariamente na Galeria Bazart, no Politeama de Cima, propriedade de José Castro. O grupo  promovia palestras, lançamentos de livros entre outros eventos (PINTO, 2021, p. 8 e 16). O Foto-Cine Clube era frequentado por uma centena de jovens, tanto profissionais de jornais, revistas e depois de televisão, quanto professores e estudantes da EBA – UFBA, a exemplo de:

Juarez Paraíso, Riolan Coutinho, Mercedes Kruschewsky, José Queiroz, Noelice Costa Pinto, Glauber Rocha, Aldo Dortas Prado, Armando Branco, Ronilda Negrão, Ney Negrão, Cidélia Argolo, Carlos Alberto Gaudenzi (Kabá), Lázaro Torres, Athayde, Valentin Calderon, irmão Tarciso, diretor da gráfica do Convento Beneditino da Bahia, Alberico Mota, Sílvio Robatto, Jamison Pedra, Luiz Júlio Ferreira, Orlando Rego [e] Luciana Aguiar (PINTO, 2021, p. 9).

O clube de fotografia e cinema organizou cinco Salões de Fotografia Contemporânea entre 1968 e 1977.  Os quatro primeiros ocorreram em Salvador, no foyer do Teatro Castro Alves, já a sua quinta edição teve lugar na cidade de Cachoeira durante o II Festival de Arte (PINTO, 2021, p.16 -17).

Em Cachoeira, no Recôncavo baiano, a dinâmica das atividades culturais vinha sendo fortalecida desde os anos 1970, com a execução do Programa de Desenvolvimento de Cachoeira (Prodesca), parceria entre o MEC, por meio da Universidade Federal da Bahia, e a Prefeitura da Cachoeira (gestão de Edson Ivo Santana), de extrema importância para a cidade de Cachoeira, pelo compromisso da Universidade no investimento na promover interações e trocas com participação da sociedade local. No campo artístico, no contexto do Programa, o Projeto Cachoeira ofereceu  cursos de artes – desenho e pintura, gravura etc.–, sob a coordenação geral do Prof. Fernando Fonseca, subcoordenação do Prof. Ivo Vellame e coordenação local de Noelice Costa Pinto, conforme Projeto Cachoeira (UFBA e Prefeitura Municipal da Cachoeira, 1976), com a participação de professores e artistas, como Ailton Lima, João José Rescala, Hansen Bahia, Ilse Hansen. Carybé, Calasans Neto e Sante Scaldaferri. Para as aulas de fotografia, foi montado um laboratório, sediado na casa de um dos membros do Foto Cine-Clube, na época,o professor Raimundo Cerqueira. Aí, Carlos Aberto Gaudenzi ministrou aulas de fotografia e José Mário, de noções de cinema, entre outras atividades.

Dois festivais de arte foram realizados entre 1976 e 1977, através da parceria entre Funarte, MEC e a Prefeitura do Município da Cachoeira, com forte repercussão pela participação de artistas externos e locais. A programação incluiu exposições de Artes Plásticas, Salão de Fotografia, Festival de Música Popular; Mostra de Filme Super 8 mm e Festival de Poesia. José Mário foi membro da comissão organizadora nos dois festivais.

A criação da Jornada de Cinema na Bahia, em 1972, proporcionou a premiação de filmes da produção baiana e sobre tema baianos, nas categorias e Super-8 e 16mm. Houve duas seções na Programação do evento em sua primeira edição: Mostra Informativa e Mostra Competitiva (ALMEIDA, 2006, p. 19). Na segunda, seis filmes foram inscritos, dos quais três eram documentários: Caminhos, de José Mário Costa Pinto e Aldo Dortas Prado; Candomblé, de Leão Rozemberg; Vila São Francisco do Conde, de Vito Diniz; um experimental, Ementário, do Grupo Trabalho, orientado por Chico Liberato; um ficcional, Por Que? de José Carlos Menezes; e um tragédia social, Vôo Interrompido, de José Umberto (ALMEIDA, 2006, p. 19).

Caminhos, dirigido por José Mário e pelo sociólogo Aldo Prado, denuncia a marginalidade na infância e na adolescência, atrelada à falta de perspectivas de algumas camadas sociais. Atuaram nesse filme um jovem de treze anos (menor em casa de acolhimento) e um prisioneiro (Penitenciária). Ambos foram autorizados pelo Secretário de Justiça a participar, assim como a noiva, uma cidadã que estava figurando em filmagem na rua 28 de Setembro, no Pelourinho; esta atuou como “a noiva”. A cena principal é a sua entrada, , portando apenas um véu, para se casar na igreja (Capela do Solar do Unhão), imaginando estar se casando com o homem “preso” (PINTO, 2021, p. 76-79). A música do filme Caminhos é do cantor e violonista Luciano e de Walter Smetak; o filme foi montado na Riosom (RJ).

Nos anos 1970, José Mário tornou-se ogã de dois terreiros de candomblé, do IIê Axé Itayle (Cachoeira, BA), fundado em 1950 por Mãe Filhinha (Narcisa Cândida da Conceição), e do Terreiro Dacossidê (São Félix, hoje em Cruz das Almas), da ialorixá  Mariá Lameu, Foi no primeiro (IIê Axé Itayle) que ele filmou O Poder dos Orixás no mês de janeiro de 1976, com o apoio da Funarte, UFBA e do Foto-Cine Clube da Bahia. Também, foi premiado no mesmo ano na II Mostra Baiana do Filme Super 8, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira.

José Mário Peixoto expôs fotografias em vários estados do Brasil e no exterior, sobre seus temas preferidos, casarios, feiras livres, pescadores, gente no candomblé e, nas ruas de Salvador. Atualmente fotografa plantas, frutas, pássaros e fenômenos da natureza. (Informado pelo artista). Entre as décadas de 1960 e 1980, ele e Noelice montaram um pequeno laboratório de fotografia, onde transformavam os negativos em “arte preta e branca”, sendo que muitos se perderam pela ação do tempo; outros, foram emprestados a exposições que participaram fora da Bahia e do Brasil, vários dos quais não retornaram. (Informado pelo artista; PINTO, 2021).

Noelice e José Mário inauguraram a Galeria Amanda Costa Pinto, na cidade de Cachoeira, com exposição que foi noticiado em jornais na época; ela apresentava gravuras e pinturas e José Mário, pinturas a óleo. Segundo nota: “Fortemente influenciado por sua mulher, José Mário, em seu autodidatismo impressionante, faz brotar na tela toda a sua imensa sensibilidade humana, às vezes com um forte tom nervoso, outras com uma calma divina, passando do neo-abstrato para as tranquilas paisagens do recôncavo.” (Jornal da Bahia, 1975) Segundo o artista, as suas representações pictóricas versavam sobre a “Bahia colonial”, aspectos da “Bahia negra” e cenas no “Tabaris”, casa noturna muito frequentada pela boemia baiana nos anos 1950 e 1960, situada na Barrroquinha, atrás do atual Cine Guarany, hoje Cine Glauber Rocha. (Informação do artista, 2024).

Uma forte proximidade entre Hansen Bahia, Ilse Stromeier Hansen, Noelice e José Mário se estabeleceu, pois Noelice fez a sua formação em gravura com Hansen a partir de 1967. O casal  acompanhou o processo de doação pelo artista alemão do acervo de sua propriedade ao município da Cachoeira (Testamento, 21 jul. 1976); também deram apoio à Ilse e na constituição da Fundação Hansen Bahia.

A relação de José Mário Costa Pinto com a escrita firma-se através de seus poemas e da sua filiação à Academia Internacional de Letras do Rio de Janeiro. No meio jornalístico, foi colunista do Diário de Notícias (Universidade em Foco), colaborou com matérias para o Jornal da Bahia, entre outros, além de ter sido articulista da Tribuna da Bahia e do Diário dos Associados. Em parceria com Noelice, é autor dos livros: Poesias: Vida – Luta – Amor (2004), livro no estilo poema antropológico; e Cuba: Um Povo Heróico (1992). É autor dos livros História é Memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura (2020) e Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” (2021).

Seus desenhos incorporam palavras, frases e poemas; são realizados a nanquim, com canetas bico de pena, lápis e/ou, giz pastel sobre papel, sobre papel Canson gramatura: 200g/m², formato A3 (42×29,7cm) e A4 (29,7x21cm)  Abordam temas sociais e políticos, que denotam a sua insatisfação com a desigualdade. Em 2014, fez um álbum intitulado “Desenhos da realidade brasileira”. Crítico ao capitalismo, ao imperialismo e à globalização, enfatizam, nos últimos anos, a corrupção política social e econômica, a poluição global, o enfrentamento à pandemia do covid-19.

Mas essas não são as únicas temáticas abordadas pelo inquieto artista, pois percorre temas do campo da cultura, rendendo homenagens a personagens e instituições. No desenho Bicentenário da Faculdade de Medicina (2008), por exemplo, homenageia a instituição baiana, na figura de seu tio-avô, Júlio Afrânio Peixoto (1876-1947), diplomado em Medicina em 1897, por essa instituição, onde atuou como docente e se destacou na literatura, por seus romances regionalistas, um deles intitulado Maria Bonita (1914) e por romances urbanos. Afrânio Peixoto escreveu ensaios sobre Camões, Castro Alves e Euclides da Cunha (AFRÂNIO PEIXOTO). A Faculdade de Medicina foi, igualmente, local de formação e atuação de seu avô paterno José de Aguiar Costa Pinto, cuja tese intitula-se A Graphologia em Medicina Legal (1900), campo que suscitou polêmicas ao longo do século XX. José de Aguiar também atuou na política e no  jornalismo.

As histórias do cangaço fascinaram artistas, músicos, cineastas e escritores. Empregando a técnica do desenho associado a texto, Costa Pinto legenda presta homenagem à Maria Bonita (Maria Gomes de Oliveira) (1911-2011), primeira mulher a ingressar no cangaço no bando de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva). Além disso, escreveu o texto “A Guerrilha de Lampião contra Fazendeiros e Governos de 1930”, no qual contextualiza o período de 1889 aos anos 1930, quando “fazendeiros e governos estaduais no Brasil, especialmente no Nordeste, massacravam o povo camponês [...]”. Questiona se Lampião era bandido ou reagiu às mortes a recadeiros, analfabetos que viviam de forme miserável; afirma ainda que Lampião não seria mais bandido do que Getúlio Vargas e fascistas/integralistas daquela época (PINTO, 2020, p. 44). Esse texto compõe o livro História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura (2020), que reúne memórias e histórias sobre cientistas, médicos, artistas e amigos.

Desse modo, são diversas as experiências deste multiartista autodidata, que contribuiu para o foto-cine clubismo no contexto baiano por cerca de dez anos (1967-1977), que experimentou a pintura e encontrou através da literatura e do desenho meio de expressar pensamentos, críticas e sonhos de forma original.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

(?) – Salvador, BA. I Mostra Fotográfica Leão Rozemberg. patrocínio da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia.

1975 – Berlim, Alemanha. Festival de Cinema.

1975 – Costa del Sol, Espanha. Festival Internacional do Autor.

1975 – Cachoeira, BA. Exposição de Noelice e Mário Costa Pinto, na Galeria Amanda Costa Pinto.

1976 – Cachoeira, BA. II Mostra Baiana do Filme Super 8, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira.

Premiações:

(?) – Salvador, BA. I Mostra Fotográfica Leão Rozemberg, patrocínio da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia (2.º lugar).

1972 – I Jornada de Curta Metragem da Universidade Federal da Bahia (2.º lugar).

1975 – Berlim, Alemanha. Festival Internacional de Cinema, com o filme Caminhos (Wege). 16 min. (Menção honrosa).

1975 – Festival Internacional do Autor, Costa dela Sol, Espanha, com o filme Caminhos (Menção honrosa).

1976 – II Mostra Baiana do Filme Super 8, Cachoeira, BA, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira, com o filme O Poder dos Orixás. 30 min. (2.º Lugar).

Referências
Bibliográficas:

ALMEIDA, Maria de Fátima Fontoura. Jornada Internacional de Cinema da Bahia: A História.  2006. 107 f. Monografia (Graduação em Jornalismo). Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2006.

AFRÂNIO PEIXOTO. Biografia. Disponível em:  https://www.academia.org.br/academicos/afranio-peixoto/biografia Acesso em: 06 jun. 2024.

PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.

______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura.  Brasília: Kiron, 2020.

TEIXEIRA, Rodolfo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus (1943-1995). 3. ed. Salvador: EDUFBA, 2001.

TRIBUNA DO NORTE. A Casa do Brasil. 3 mai. 2015. Disponível em https://tribunadonorte.com.br/colunas/artigos/a-casa-do-brasil/  Acesso em: 21 JUN. 2024.

Arquivísticas:

Documentos do Arquivo pessoal de José Mário Peixoto Costa Pinto, entre fotografias, recortes de jornais etc.

Ministério da Educação e Cultura; Universidade Federal da Bahia.  Programa de Desenvolvimento Integrado da Cidade Monumento de Cachoeira (PRODESCA). Salvador, BA, 1976.

Relatório das Obras a cargo do Engenheiro Dr. Francisco Pereira de Aguiar. De dezembro de 1856 e de janeiro a julho de 1857. Obras Geraes. 11 fls.  Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/pdf/130605/per130605_1857_00002.pdf Acesso em 20 jun. 2024.

Eletrônicas seguidas dos links:

ATIVIDADES de José Mário Costa Pinto. Disponível em http://josemariopeixotocostapinto.blogspot.com/2008/02/atividades-de-jos-mrio-peixoto-costa.html Acesso em 03 mai. 2024.

IPATRIMÔNIO. Cachoeira. Capela d’Ajuda. Disponível em: https://www.ipatrimonio.org/cachoeira-capela-da-ajuda/#!/map=38329&loc=-23.54728759012553,-406.6590642929077,17 Acesso em 16 jun. 2024.

JAGUARIPE. Barreiras de Jacuruna. Disponível em: https://www.jaguaripe.tur.br/barreiras/ Acesso em 20 jun. 2024.

LECY, Tacun. Gratidão à Iyá Maria Lameu. 05 abr. 2020. Disponível em: https://www.tacunlecy.com/ Acesso em 16 jun. 2024.

Bibliografia


Livros e Catálogos:


PINTO, José Mário Peixoto Costa (Org.). Árvore Genealógica: Dois séculos de História. Salvador: Atelier Aguiar Costa Pinto, 2022.

PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.

______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura.  Brasília: Kiron, 2020.

PINTO, Noelice Nascimento Costa; COSTA, José Mário Peixoto. Cuba: Um Povo Heróico, 1992.

______. Poesias: Vida - Luta – Amor. Alagoas, Maceió: Atelier Costa Pinto, 2004.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

Data de inclusão:

01/07/2024

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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