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Davi Rodrigues (Davi Rodrigues Casaes)
DAVI RODRIGUES. Retrato em 2013. Foto: S. Pêpe em 2013

Artista plástico de relevante atuação na Cidade da Cachoeira, no Recôncavo baiano. Teve em sua formação a gravura nas Oficinas da Fundação Hansen Bahia, sob a orientação de Noelice Costa Pinho. Tem se destacado nos últimos anos também como pintor. Seu trabalho com pontos e pequenas pinceladas de tinta sobre papel levou a crítica a identificar um “estilo davinista”, de alta qualidade estética, que atrai pelo colorido. Davi tem buscado outros formatos, como baralhos que imprime, os quais podem servir como diversão ou tarot.

DAVI RODRIGUES. Verte à Moda I (detalhe).
Xilogravura, exposta na X Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann (S. Félix, BA) em 2010. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES.
Participação no Projeto de Extensão Encontro com o Artista - UFRB. Cachoeira, 2009. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. Irmãs da Boa Morte.
Pintura sobre papel, exposta no Núcleo de Documentação - UFRB, em Cachoeira, BA. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. N. Sra. do Rosário.
Pintura sobre papel, exposta no Núcleo de Documentação - UFRB, em Cachoeira, BA, em 2013. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. Orixás.
Projeto Varal de Arte. Praça Teixeira de Freitas, Cachoeira, BA, em 2013. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. Verte à Moda I (detalhe).
Xilogravura, exposta na X Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann (S. Félix, BA) em 2010. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES.
Participação no Projeto de Extensão Encontro com o Artista - UFRB. Cachoeira, 2009. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. Irmãs da Boa Morte.
Pintura sobre papel, exposta no Núcleo de Documentação - UFRB, em Cachoeira, BA. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. N. Sra. do Rosário.
Pintura sobre papel, exposta no Núcleo de Documentação - UFRB, em Cachoeira, BA, em 2013. (Foto: S. Pêpe)
DAVI RODRIGUES. Orixás.
Projeto Varal de Arte. Praça Teixeira de Freitas, Cachoeira, BA, em 2013. (Foto: S. Pêpe)
Referências
Arquivísticas:

Arquivo pessoal do artista Davi Rodrigues Casaes.

SANT’ANNA, Fernando. Carta ao Ministro da Cultura Celso Furtado. Brasília, 29 mai. 1986.                                                

Depoimentos:

CASAES, Davi Rodrigues. Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 20 set. 2012 e 8 out. 2012.

Bibliografia sobre Davi Rodrigues Casaes:

Periódicos:

ARAGÃO, Daniel. A arte de Cachoeira. A Tarde. Salvador, Cad. 2, Interior, p. ?, 29 mai. 1993.

A TARDE. Salvador, 11 ago 2002. Caderno 2, p.4.

BIENAL seleciona artistas. A Tarde. Salvador, 11 ago 2002. Caderno 2, p. 4.

COSTA PINTO, Noelice da. Bahia Mulher! Correio de São Félix. São Félix, Mar.1994. p. ?

CURTAS. A Tarde. Salvador, 20 ago 2005. Municípios, p.7.

DAVI Rodrigues expõe gravuras em Cachoeira. A Tarde. Salvador, 9 abr. 1994. Municípios, p.17.

GUSMÃO, Marcus. III Bienal do Recôncavo: Quem concorre. A Tarde. Salvador, 6 ago. 1992. Caderno 2, p. 10.

PROJETO Axé Cachoeira Axé: uma nova expressão cultural da cidade, O Guarany. Mar. 1995. p. ?

SANT’ANA, Deddeu; MARQUES, Wanda. Exposição em Cachoeira. O Regional, Bahia, ago 1994, p. 6.

 

 

(Cachoeira, Bahia, Brasil, 23 de outubro de 1968)

Formação:

Anos 1970 – Curso de desenho ministrado pela artista plástica Wanderlina dos Reis Rodrigues, no Museu Hansen Bahia (Cachoeira, BA).

Anos 1980 – Curso de gravura ministrado pela artista plástica Noelice da Costa Pinto, no Museu Hansen Bahia. (Cachoeira, BA).

2013 – Curso Gravura e Couro, ministrado pelo artista plástico Evandro Sybine na Fundação Hansen Bahia (Cachoeira, BA).

Período de atividade:

Anos 1980 – Atualmente

Principais especialidades:

Xilogravura e pintura.

Outras atividades:

Serigrafia, entalhe de madeira e escultura de ferro, ensino de técnicas de gravura.

Dados biográficos:

Davi Rodrigues Casaes nasceu em 23 de outubro de 1968, na cidade histórica de Cachoeira (BA), na Rua dos Artistas. Despertou para as artes ainda garoto, estimulado por Wanderlina dos Reis Rodrigues, professora e artista plástica, conhecida como Ziza. Usa o nome artístico Davi Rodrigues.

Em meados dos anos 1970, algumas instituições e projetos foram implementados em Cachoeira, aproximando pessoas que se dedicavam a dinamizar as artes, entre elas, a artista plástica Noelice da Costa Pinto, que organizou muitas exposições e os festivais de arte de 1976 e 1977. Manteve-se atenta aos artistas locais. Para Davi, uniram  arte e cultura. (CASAES, 2012).

Em meados dos anos 1970, o gravador alemão Karl Heinz Hansen (1915-1976), ex-professor de Noelice na Escola de Belas Artes (UFBA), e Ilse Stromeier (1939-1978), artista e esposa de Hansen, instalaram-se no Recôncavo baiano. O gravador de origem germânica, que vivia na Bahia, desde os anos 1960, deixou para a cidade de Cachoeira seu valioso acervo artístico e, em 1976, foi criada a Fundação Hansen Bahia (FHB), idealizada com o objetivo de realizar trabalho educacional, cultural e artístico, que envolvesse comunidades do Recôncavo, em especial, de Cachoeira e São Félix. (SANT’ANNA, 1986).

Garoto, Davi conheceu Hansen e foi discípulo da artista plástica Noelice da Costa Pinto nos anos 1980. Em seguida, passou a mediar aulas na Fundação. (CASAES, 2012). Foi ministrando oficinas de gravura que desenvolveu a habilidade de transmitir seus conhecimentos técnico-artísticos e de fazer projetos, com o objetivo de ensinar gravura em comunidades, o que faz com prazer e competência.

Além de gravura, faz incursões pela escultura e pela pintura, demonstrando através desta a sua paixão pelas cores. Quando está trabalhando com uma técnica, dedica-se inteiramente ao processo, assim como gosta de criar séries temáticas, que podem resultar em livros com imagens e textos que ele mesmo produz, seguindo uma prática comum a outros mestres gravadores. Daí resultaram dois livros: Carnavais de Maragogipe: Patrimônio Imaterial (500 exemplares), em 2010 e Brincadeiras de Criança (700 exemplares), em 2011.

A sua obra baseia-se em vivências e pesquisas sobre a cultura do Recôncavo fumageiro e canavieiro. Viaja de barco pelo rio Paraguaçu, parando para conversar com pessoas, que lhe contam estórias e preparam receitas, as quais guardam o paladar de seus avós. Entre idas e vindas a São Félix, Maragogipe, Conceição da Feira e outras cidades da sua região, ele se tornou um entusiasta da “cultura popular”. (CASAES, 2012).

Bumba meu Boi, “de Sr. Boi”; mandus e caretas que saem em festas da região; brincadeiras infantis são temas que ganham importância em seu trabalho. Recuperou com muita criatividade jogos e brincadeiras infantis de um tempo que as máquinas não intervinham no cotidiano das crianças. Outro tema a que tem se dedicado é a religiosidade, pois, santos católicos e orixás são motivos de suas pinturas pontilhistas atuais.

É um dos autores do Projeto Cipó Queimado, junto com seus amigos José Raimundo Alves dos Santos e Florial. Em 2011 ativaram uma galeria de arte em Capoeiroçu, perto de Cachoeira, a fim de divulgar as brincadeiras infantis de antigamente através da arte.

Segue a tradição de cordelistas, que expõem gravuras, pendurando-as em varais nas feiras livres, Davi costuma armar o “Varal” de gravuras ou pinturas em praças de Cachoeira, sobretudo, em dias de festas populares. Tal projeto envolve parceiros, sendo, atualmente, o fotógrafo Seu Zé um dos que tem compartilhado dessa experiência, que aproxima o público visitante da cultura regional. Além de Cachoeira, Santo Amaro, São Félix, Muritiba e Maragogipe são algumas das cidades onde circula com seus trabalhos, fazendo exposições e fazendo oficinas de arte.

Ilustrou livros de autores nacionais e estrangeiros. Nas duas últimas décadas, foi selecionado para participar da Bienal do Recôncavo, tomou parte de exposições coletivas e expôs individualmente. Sobre ele, escreveram Noelice da Costa Pinto, Antônio Costela, Walter Fraga e Paul Theroux, que assina Paulo Afonso. Visitando Cachoeira, certa feita, o escritor Ariano Suassuna, comentou: “São pessoas como, você, Davi, que asseguram a cultura popular.” (CASAES, 2012).

 

Mostras individuais:

? – Cachoeira, BA –  Cachoeira e seu tempo. Exposição individual, na Galeria do IPAC.

1994 – Cachoeira, BA – Bahia Mulher. Exposição individual, na Galeria Massapê.

2013 – Salvador, BA – Brincadeiras de Criança, na Fundação Luiz Eduardo Magalhães.

 

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1986 – Cachoeira, BA – Ver e Crer. Exposição coletiva, na Galeria do IPAC.

1991 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva, na I Semana de Arte e Cultura, na Galeria do IPAC. Organização: AAACC e Casa do Benin.

1991 – São Félix, BA – I Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

1993 – Salvador, BA, Exposição In Memoriam do Escultor Boaventura da Silva Filho – o “Louco”, no Museu Afro-Brasileiro. (Organização: CEAO-UFBA e AAACC).

1993 – São Félix, BA – II Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

1994 – Salvador, BA – I Bienam-Bienal Internacional Afro Americana de Cultura-Artes.

1994 – Cachoeira, BA – Ritos. Exposição coletiva, na Galeria do IPAC.

1995 – Cachoeira, BA – Usos e Costumes. Exposição coletiva, na Galeria d’Ajuda.

1996 – São Félix, BA – III Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

1996 – Feira de Santana, BA – VI Salão Regional de Artes Plásticas.

1996 – São Félix, BA – III Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

1996 – Salvador, BA – II Bienam-Bienal Internacional Afro Americana de Cultura-Artes

1998 – São Félix, BA – IV Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2000 – São Félix, BA – V Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2002 – São Félix, BA – VI Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2002 – Cachoeira, BA – Cachoeira na Ótica dos Artistas Plásticos Cachoeiranos, na Câmara Municipal.

2004 – São Félix, BA – VII Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2005 – Cachoeira, BA – I Mostra de Arte de Cachoeira / Salvador.

2006 – São Félix, BA– VIII Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2008 – São Félix, BA – IX Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2010 – São Félix, BA – X Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2011 – Cachoeira, BA – Amor Hansen Bahia, no Museu Hansen Bahia.

2012 – São Félix, BA – XI Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

2012 – Cachoeira, BA – Pretos & Pretas, na Galeria do NUDOC – UFRB.

2012 – Feira de Santana, BA – Pretos & Pretas, no Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira.

2013 – Cachoeira, BA – Ritos e Mitos. Exposição coletiva, na Galeria do NUDOC – UFRB.

2014 – Cachoeira, BA – Exercício para Dante. Exposição coletiva, na Galeria Pouso da Palavra.

 

Premiação:

2012 – Prêmio Artista Destaque da Região do Recôncavo – São Félix, BA – XI Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

 

Referências
Arquivísticas:

Arquivo pessoal do artista Davi Rodrigues Casaes.

SANT’ANNA, Fernando. Carta ao Ministro da Cultura Celso Furtado. Brasília, 29 mai. 1986.                                                

Depoimentos:

CASAES, Davi Rodrigues. Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 20 set. 2012 e 8 out. 2012.

Bibliografia sobre Davi Rodrigues Casaes:

Periódicos:

ARAGÃO, Daniel. A arte de Cachoeira. A Tarde. Salvador, Cad. 2, Interior, p. ?, 29 mai. 1993.

A TARDE. Salvador, 11 ago 2002. Caderno 2, p.4.

BIENAL seleciona artistas. A Tarde. Salvador, 11 ago 2002. Caderno 2, p. 4.

COSTA PINTO, Noelice da. Bahia Mulher! Correio de São Félix. São Félix, Mar.1994. p. ?

CURTAS. A Tarde. Salvador, 20 ago 2005. Municípios, p.7.

DAVI Rodrigues expõe gravuras em Cachoeira. A Tarde. Salvador, 9 abr. 1994. Municípios, p.17.

GUSMÃO, Marcus. III Bienal do Recôncavo: Quem concorre. A Tarde. Salvador, 6 ago. 1992. Caderno 2, p. 10.

PROJETO Axé Cachoeira Axé: uma nova expressão cultural da cidade, O Guarany. Mar. 1995. p. ?

SANT’ANA, Deddeu; MARQUES, Wanda. Exposição em Cachoeira. O Regional, Bahia, ago 1994, p. 6.

 

 
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

Datas de revisão / atualização:

10/01/2017;

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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