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Louco Filho (Celestino Gama da Silva)
LOUCO FILHO

(Muritiba, Bahia, Brasil, 14 de março de 1961) Formação:  Iniciado na escultura pelo escultor autodidata Boaventura da Silva Filho (O Louco). Período de atividade: 1968 – Atualmente. Principal especialidade:  Escultura de madeira. Assinatura: Assinatura localizada na parte posterior de escultura representando Oxumaré (h = 154 cm). Coleção do artista. Cachoeira, BA. (Foto: S. Pêpe)  [...]

LOUCO FILHO - Cabeça de Cristo ou Grito de Cristo.
Escultura de madeira, h = 174 cm. Representa passagens do Evangelho, que falam ter Jesus Cristo clamado três vezes: "Eli Eli Lama Sabactani" (frase em aramaico, inscrita na boca de Cristo), que quer dizer “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Na imagem, Cristo segura o coração, símbolo do amor infinito, Esta peça foi mostrada na Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen (Cachoeira - BA), em 2012. (Foto: S. Pêpe).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Via Sacra - detalhe.
Escultura de madeira, h = 69 cm; l = 59 cm. Exposta na mostra “Cidade Histórica, uma Cachoeira de emoções”, no Instituto Mauá, no Pelourinho (Salvador - BA), em 2009. (Foto: S. Pêpe).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Oxumaré.
Escultura de madeira, h = 155 cm, exposta no ateliê do artista. Cachoeira (BA). (Foto: S. Pêpe, em 2010).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Orunmilá.
h = 57 cm. Ateliê do escultor. (Foto: S. Pêpe, em 2010).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Escrava Anastácia..
Escultura de madeira, h = 42 cm. Peça conservada no ateliê do escultor. (Foto: S. Pêpe, em 2010).
LOUCO FILHO - Cabeça de Cristo ou Grito de Cristo.
Escultura de madeira, h = 174 cm. Representa passagens do Evangelho, que falam ter Jesus Cristo clamado três vezes: "Eli Eli Lama Sabactani" (frase em aramaico, inscrita na boca de Cristo), que quer dizer “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Na imagem, Cristo segura o coração, símbolo do amor infinito, Esta peça foi mostrada na Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen (Cachoeira - BA), em 2012. (Foto: S. Pêpe).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Via Sacra - detalhe.
Escultura de madeira, h = 69 cm; l = 59 cm. Exposta na mostra “Cidade Histórica, uma Cachoeira de emoções”, no Instituto Mauá, no Pelourinho (Salvador - BA), em 2009. (Foto: S. Pêpe).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Oxumaré.
Escultura de madeira, h = 155 cm, exposta no ateliê do artista. Cachoeira (BA). (Foto: S. Pêpe, em 2010).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Orunmilá.
h = 57 cm. Ateliê do escultor. (Foto: S. Pêpe, em 2010).
CELESTINO GAMA DA SILVA, LOUCO FILHO - Escrava Anastácia..
Escultura de madeira, h = 42 cm. Peça conservada no ateliê do escultor. (Foto: S. Pêpe, em 2010).
Referências
Bibliográficas:

AMADO, Jorge. Legendas. In: MURAL dos Orixás, de Carybé. Salvador: Banco da Bahia Investimento, 1979.

MENDONÇA, Elizabete. O diálogo subjacente entre o tesauro e as exposições permanentes. In: ______. Tesauro e exposições permanentes de folclore e cultura popular: narrativas sobre arte popular elaboradas pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (1980-2004[2006]). Tese (Doutoramento em Artes Visuais). Orientadora Prof. Dra. Rosza W. Vel Zoladz. Rio de Janeiro, 2008. p. 188 - 223.

______.  Os artistas “Loucos”: interferência e apropriação local de categorias relacionadas à arte. In: ZOLADZ, Rosza W. Vel. (Org. e autora). Profissão Artista. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2011, p.118-133.

Arquivísticas:

BRASIL. Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular. Relato de Encontro de Artistas (Rio de Janeiro, 27/11/2007 a 01/12/2007), enviado aos artistas participantes. Rio de Janeiro, 2007.

MINISTÉRIO DA CULTURA. Instituto Nacional do Folclore. Carta n.o 57/88, endereçada a Celestino Gama da Silva, dando ciência do aceite de Celestino para participar da exposição na SAP, e marcando visita entre 23 e 27 de maio. Rio de janeiro, 4 de abr. 1988.

CASTELLO, Kate. The Sculpture of Louco Filho as child and speeker of his culture: Celestino Gama da Silva, the artist Louco Filho. Trabalho manuscrito. 1995.

Certificado de Menção honrosa no VI Salão Regional e Artes Plásticas da Bahia em Feira de Santana – Fundação Cultural do Estado da Bahia / DECAR / DEPHAN / MAM – 11/05 a 11/06/1993. Feira de Santana, 16 dez. 1993.

 

Depoimentos:

SILVA, Celestino (Celestino Gama da Silva, Louco Filho). Depoimentos a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 7 de maio de 2008,  20 de janeiro de 2010, 13 de agosto de 2012 e 20 de junho de 2013.

Eletrônicas seguidas dos links:

CON/VIDA. Popular Arts of the America. Louco Filho. Disponível em: <http://www.convida.org/celistino.html>Acesso em: 14 set. 2013.

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: <http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf >

Acesso em: 15 mar. 2011.

Bibliografia sobre Celestino Gama da Silva, Louco Filho:

Livros e catálogos:

CACHOEIRA e São Félix. Editores Ipojucã Cabral; André Curvello. Votorantim, 2004.

COIMBRA, Sílvia Rodrigues; MARTINS, Flávia; DUARTE, Maria Letícia. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Rio de Janeiro: Salamandra, 1980.

COIMBRA, Sílvia Rodrigues; MARTINS, Flávia; DUARTE, Maria Letícia. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Recife: Caleidoscópio, 2010.

LOUCO FILHO: os caminhos da escultura no Recôncavo da Bahia. Rio de Janeiro:

Funarte/INF, 1988. Catálogo. Sala do Artista Popular n. 44.

LIMA, Beth; LIMA, Valfrido. Em nome do autor: artistas, artesãos do Brasil. In name on the author: craft artists from Brazil. São Paulo: Proposta Editorial, 2008.

MENDONÇA, Elizabete. O diálogo subjacente entre o tesauro e as exposições permanentes. In: ______. Tesauro e exposições permanentes de folclore e cultura popular: narrativas sobre arte popular elaboradas pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (1980-2004[2006]). Tese (Doutoramento em Artes Visuais). Orientadora Prof. Dra. Rosza W. Vel Zoladz. Rio de Janeiro, 2008. p. 188 - 223.

_____. Os artistas “Loucos”:  interferência e apropriação local de categorias relacionadas à arte. In: ZOLADZ, Rosza W. Vel. (Org. e autora).  Profissão Artista. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2011,  p.118-133.

VERBETE Celestino (Louco Filho). Com/Vida Popular Arts of the America. Disponível em: <http://www.convida.org/celistino.html>  Acesso em: 22 jul. 2013.

Periódicos:

ARAGÃO, Daniel. A arte de Cachoeira. A Tarde. Salvador, 29 abr., Interior,  Caderno 2, 1993.

CACHOEIRA não valoriza seus artistas populares. A Tarde, Salvador, 24 mar. 1992. Municípios, p. 3.

CÁSSIA MARIA. Artistas repensam a Abolição. Tribuna da Bahia, Salvador, 24 mai. 1988. Cultura, p. 2.

COSTA, Alzira. Cachoeira revê o fim da escravidão. A Tarde, Salvador, 13 mai. 1987. Caderno 2, p.1.

COSTA, Janete. Museu do Rio de Janeiro abre mostra de Arte e Artesanato. Diário de Pernambuco, Recife, 5 jun. 1992, p.7.

ESCULTORES também mostram as belezas de Cachoeira. A Tarde, Salvador, 14 set. 1993. Municípios, p. 6.

EXPOSIÇÕES. Correio da Bahia, Salvador, 15 mai. 1987. 2º Caderno, p. 2.

OS ARTESÃOS encerraram o 1º Encontro. A Tarde, Salvador, 24 ago 1987, p.5.

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: <http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf>

Acesso em: 15 mar. 2011.

AGENDA da Semana. Artes Plásticas. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 15 ago 1988, p. 4.

TRIBUNA DA IMPRENSA. Rio de Janeiro, sab. dom., 20 / 21 ago 1988.

 

 

Autoria do verbete: Suzane Pinho

(Muritiba, Bahia, Brasil, 14 de março de 1961)

Local: ateliê do artista, em 2013.  (Foto: S. Pêpe)

Louco Filho em seu ateliê em 2013. (Foto: S. Pêpe)

Formação: 

Iniciado na escultura pelo escultor autodidata Boaventura da Silva Filho (O Louco).

Período de atividade:

1968 – Atualmente.

Principal especialidade: 

Escultura de madeira.

Assinatura:
Localizada na parte posterior de escultura representando Oxumaré (h = 154 cm). Coleção do artista. Cachoeira, BA. (Foto: S. Pêpe)
Assinatura localizada na parte posterior de escultura representando Oxumaré (h = 154 cm). Coleção do artista. Cachoeira, BA. (Foto: S. Pêpe)

 

Dados biográficos:

Nascido em Muritiba, município do Recôncavo da Bahia, em 1961, Celestino Gama da Silva é filho do escultor Boaventura da Silva Filho, apelidado de Louco, e de Alice Gama das Neves. Ainda criança, começou ajudando a dar acabamento nas peças de seu pai (SILVA, 2008). Dos quatro filhos de Louco, que se tornaram escultores, ele é o mais velho e assina Louco Filho, o que foi sugerido por seu próprio pai (MENDONÇA, 2011, p.127). Além deles, outros parentes se tornaram conhecidos na cidade de Cachoeira pela atividade e o nome da família foi divulgado na medida em que passaram a comercializar seus trabalhos na cidade do Salvador e a vendê-los a turistas.

Depois de ter servido ao exército e de ter morado em São Paulo, Celestino decidiu-se pela escultura, atividade que passou a se dedicar com afinco. Nos anos 1980, ajudava a vender as peças de seu pai e trabalhava, esculpindo para Aloísio Berto da Silva, proprietário do Bar Cabana do Pai Thomaz (Cachoeira), que comercializava peças de escultura e cerâmica. Trabalhou com outros escultores em espaço emprestado à sua família, situado na Praça 25 de Junho, n. 8 (hoje Galeria do IPAC) e, desde 1988, mantém seu ateliê na Rua 13 de Maio, n. 18, aberto à visitação. (SILVA, 2008; MENDONÇA, 2011, p.131).

Louco Filho compreende a arte como “meio de sobrevivência, distração e terapia” (SILVA, 2008). A sua intenção, atualmente, é que seus trabalhos mantenham a rusticidade, característica que considera importante na sua produção (SILVA, 2013).

As suas peças vão dos pequenos formatos aos de mais de dois metros de altura. Considera que as raízes mortas estimulam a sua criatividade: “Raízes são peças que você tem de criar, imaginar o que ela vai dar. São madeiras tortas, com muito jogo – aquilo alí você vai pensar bastante no que vai fazer com ela [...]” (SILVA citado por MARTINS; LUZ, 2010, p.134).

Mantém o procedimento de talhar a madeira, a partir do que sugere a sua forma, num processo que envolve a percepção e a imaginação, aliadas ao grande número de fontes iconográficas que são esculturas, imagens bidimensionais e as suas vivências. A base dessas fontes está na cultura local de forte religiosidade afro-brasileira e católica, que se projeta em imagens tridimensionais.

Percorre, assim, os temas desenvolvidos pela família, como, imagens de Cristo e de santos católicos, a Santa Ceias, orixás e caboclos (cultuados nas religiões afro-brasileiras), escravos, irmãs da Boa Morte, máscaras, animais, mas também objetos, como figas, oxês (machados de Xangô), gamelas e cadeiras para terreiros de candomblé. Algumas encomendas fizeram com que produzisse esculturas que fogem a esse repertório como Buda, cavaleiro, entre outras. A ele são encomendados placas e outros objetos com finalidade prática.

Além dos orixás mais conhecidos (Exu, Oxalá, Iemanjá, Oxum, Iansã, Xangô, Ogum, Oxóssi, Oxumaré), também esculpe outras entidades, o que contribui para divulgar a cultura afro-brasileira. Um exemplo disso é Orunmilá, representado usando uma bengala e uma sacola. Louco Filho referiu-se a ele como “o ancião”. Na peça, lê-se Orunmilá, que, na tradição iorubana, é o deus da adivinhação. É ele quem responde às perguntas no jogo do Ifá, sistema de adivinhação, realizado sobre o opelê (bandeja de madeira), no qual o babalaô lança búzios da Costa ou nozes de dendê para ver o destino de seu consulente. Segundo Amado, na sacola ou no saco, Orunmilá carrega cocos de dendê (AMADO, 1979, p.74).

Entre as suas imagens do catolicismo, destaca-se, por sua interpretação do tema e robustez, a escultura O grito de Cristo (2010), esculpida em um tronco de jaqueira, onde o escultor  registra o momento em que Cristo clamou três vezes em aramaico: “Eli Eli Lama Sabactani” (“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”), texto que aparece transcrito na boca estilizada do Cristo, de longos cabelos e barba estriados. Tal passagem está registrada nos quatro evangelhos do Novo Testamento. Na mão direita, a figura esculpida segura um coração, símbolo do amor infinito, segundo Celestino (SILVA, 2012).

A representação da escrava Anastácia é um exemplo do interesse, inconsciente e consciente, de relembrar personagens carregados de significados para a história da escravidão no Brasil. Esse tema motivou o artista plástico, atuante em Cachoeira, Billy Oliveira por volta de 2008, que produziu uma série de trabalhos em técnica mista, e apareceu interpretado em três dimensões por Louco Filho, reafirmando a importância de falar da história, da falta de liberdade e do sofrimento imposto pelo trabalho forçado ao africano na diáspora, assim como das relações estabelecidas entre senhores e escravos. A “máscara de flandres” usada por escravas de ganho no passado é a marca dessa representação. Anastácia pode não passar de uma personagem construída com base em um desenho do século XIX, de Étienne Victor Arago. exposto em 1968, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Rio de Janeiro, em homenagem aos 80 anos da Abolição dos escravos, mas se tornou um ícone, vista como santa por muitas pessoas. Temas como este revolvem a memória e incitam a imaginação de vários artistas.

Louco esculpe figas de diversas dimensões. Trata-se de um amuleto em forma de mão fechada, usado para afastar mau olhado (inveja), e trazer a boa sorte. Figas e falos eram colocados nos pendentes dos colares desde a Antiguidade romana, tornandos-e populares no mundo latino. No Brasil, principalmente na Bahia, foi um dos amuletos adotados, presente nos balangandãs. A figa tem conteúdo fálico, representa a penetração do orgão sexual masculino no feminino. Acredita-se que o símbolo da reprodução  anula influências negativas, como a esterilidade (CASCUDO, 1962).

Desde os anos 1970, a visitação turística aumentou na cidade de Cachoeira, com o estímulo e divulgação da cidade barroca que mantinha tradições religiosas afro-brasileiras, o que atraía muitos turistas interessados na cultura e na religiosidade. Assim, constituiu-se um público comprador de turistas, e membros de terreiros de candomblé que encomendam algumas peças aos escultores da cidade. Com a flutuação do fluxo de turistas, Louco Filho vem trabalhando mais sob encomenda (SILVA, 2012).

Para Louco Filho, arte e artesanato são categorias que se confundem, sendo difícil estabelecer os seus limites e ele não se preocupa em teorizar esses conceitos nem com a unicidade da obra de arte, mas as suas peças são sempre assinadas. (SILVA, 2008).

Ao longo dos anos, participou de exposições em Cachoeira, Salvador, Recife e Rio de Janeiro, sendo a mais importante para ele a que aconteceu em 1988, na Sala do Artista Popular (SAP), projeto do Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular (CNFCP) que incluiu um workshop durante dez dias, permitindo o contato do expositor com o público.  (CARTA-CONVITE).  Participou, em 2007, do Encontro de Artistas Populares, no Rio de Janeiro, organizado pelo CNFCP, com o objetivo de reunir aqueles que anteriormente expuseram na SAP, a fim de discutir questões acerca das dificuldades enfrentadas no mercado de arte e artesanato, e das políticas atuais. (RELATO do CNFCP, 2007)

Tem peças expostas em diversos museus: Museu do SESC (São Paulo, SP), Museu Afro-Brasil (São Paulo, SP), Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ); Museu Casal do Pontal (RJ) e Forest Hill Museum (Londres, Inglaterra)

Mostras individuais:

1971 – Salvador, BA – Individual, no Terreiro de Jesus

1977 – Rio de Janeiro, RJ – Exposição Individual, na Galeria Bonina.

1988 –  Rio de Janeiro, RJ – Individual, Sala do Artista Popular, no Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1974 – Salvador, BA – Exposição Coletiva, no Foyer do Teatro Castro Alves.

1975 – Recife – PE – Exposição Coletiva, na Galeria Fulô.

1978 – Salvador, BA – Exposição Coletiva, no Foyer do Teatro Castro Alves

1980 – Salvador, BA – 1ª Mostra de Arte Sacra.

1981 – Salvador, BA – 2ª Mostra de Arte Sacra.

1982 – Cachoeira, BA – Exposição, na Galeria Amanda Costa Pinto.

1983 – Salvador, BA – 2ª Mostra de Arte Sacra.

1986 – Rio de Janeiro, RJ – I Encontro do Movimento Artesanal.

1986 – Rio de Janeiro, RJ – I Feira de Artesanato Brasileiro.

1986 – Praia do Forte, BA – Exposição Coletiva, Maritim Hotel.

1987 – Salvador, BA – I Encontro Estadual de Artesãos, no Solar do Unhão.  Instituto Artesanato Visconde de Mauá.

1988 – Salvador, BA – Exposição Influência da Cultura Africana nas Artes Visuais, organizada pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Fundação Cultural, Bahiatursa e National Conference of Arts, no MAB/MAMB.

1989 – São Félix, BA – Exposição Coletiva, no Centro Cultural Dannemann.

1990 – São Félix, BA – Exposição Coletiva, na Casa de Cultura Américo Simas.

1991 – Rio de Janeiro, RJ. Evento Moviart. Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, no São Conrado Fashion Mall.

1991 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva, na I Semana de Arte e Cultura de Cachoeira, na Galeria do IPAC. Organização: AAACC Casa do Benin.

1991 – São Félix, BA – I Bienal do Recôncavo, no Centro Cultural Dannemann.

1992 – Cachoeira, BA – II Bienal de Cultura e Arte Negra, realizada em Salvador, com extensão em Cachoeira. (Organização: Núcleo Cultural Afro-Brasileiro, AAACC e IPAC), na Galeria do IPAC.

1992 – Rio de Janeiro, RJ – Eco 92. Mauá.

1993 – Feira de Santana (BA), no VI Salão Regional de Artes Plásticas da Bahia.

1993 – Salvador, BA – Exposição In Memoriam do Escultor Boaventura da Silva Filho – o “Louco”, (Organização: CEAO-UFBA e AAACC),  no Museu Afro-Brasileiro.

1995 – Feira de Santana, BA – XI Salão Regional de Artes Plásticas da Bahia, no Centro Cultural Amélio Amorim.

1995 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva de Artes Plásticas, promovida pela AAACC, na Sede do IPHAN.

1997 – Exposição Coletiva de Artes Plásticas do Festival de Artes do Recôncavo, promovido pela Escola de    Belas Artes – UFBA (em comemoração aos seus 120 anos) e Fundação Museu Hansen Bahia.

1997 – Exposição Coletiva Siena Heights College (Michigan – USA)

1997/1998 – Salvador, BA – Brasil / Milwaukee, Winsconsin / Detroit, Michigan – USA – Exposição Coletiva Itinerante O Pelourinho! Popular Art from the historic heart of Brazil.

2001 – São Félix, BA – Participação na Casa Cor.

2002 – Exposição Boa Morte sob a ótica dos Artistas Cachoeiranos, na Câmara Municipal.

2003 – Salvador, BA – Exposição. Casa do Benin.

2004 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva, na Casa da Boa Morte.

2005 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva, na Galeria do IPAC.

2006 – Cachoeira, BA – Exposição Mãe conta a sua História

2009 – Salvador, BA – “Cidade Histórica, uma Cachoeira de emoções”, no Instituto Mauá, no Pelourinho.

2011 – São Paulo, SP – Onde Somos África?, na Caixa Cultural São Paulo (Sé), Galeria Neuter Michelon (São Paulo, SP).

2012 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen

Bahia.

Premiações:

1993 – Menção honrosa no VI Salão Regional e Artes Plásticas da Bahia em Feira de Santana.

Referências
Bibliográficas:

AMADO, Jorge. Legendas. In: MURAL dos Orixás, de Carybé. Salvador: Banco da Bahia Investimento, 1979.

MENDONÇA, Elizabete. O diálogo subjacente entre o tesauro e as exposições permanentes. In: ______. Tesauro e exposições permanentes de folclore e cultura popular: narrativas sobre arte popular elaboradas pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (1980-2004[2006]). Tese (Doutoramento em Artes Visuais). Orientadora Prof. Dra. Rosza W. Vel Zoladz. Rio de Janeiro, 2008. p. 188 - 223.

______.  Os artistas “Loucos”: interferência e apropriação local de categorias relacionadas à arte. In: ZOLADZ, Rosza W. Vel. (Org. e autora). Profissão Artista. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2011, p.118-133.

Arquivísticas:

BRASIL. Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular. Relato de Encontro de Artistas (Rio de Janeiro, 27/11/2007 a 01/12/2007), enviado aos artistas participantes. Rio de Janeiro, 2007.

MINISTÉRIO DA CULTURA. Instituto Nacional do Folclore. Carta n.o 57/88, endereçada a Celestino Gama da Silva, dando ciência do aceite de Celestino para participar da exposição na SAP, e marcando visita entre 23 e 27 de maio. Rio de janeiro, 4 de abr. 1988.

CASTELLO, Kate. The Sculpture of Louco Filho as child and speeker of his culture: Celestino Gama da Silva, the artist Louco Filho. Trabalho manuscrito. 1995.

Certificado de Menção honrosa no VI Salão Regional e Artes Plásticas da Bahia em Feira de Santana – Fundação Cultural do Estado da Bahia / DECAR / DEPHAN / MAM – 11/05 a 11/06/1993. Feira de Santana, 16 dez. 1993.

 

Depoimentos:

SILVA, Celestino (Celestino Gama da Silva, Louco Filho). Depoimentos a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 7 de maio de 2008,  20 de janeiro de 2010, 13 de agosto de 2012 e 20 de junho de 2013.

Eletrônicas seguidas dos links:

CON/VIDA. Popular Arts of the America. Louco Filho. Disponível em: <http://www.convida.org/celistino.html>Acesso em: 14 set. 2013.

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Acesso em: 15 mar. 2011.

Bibliografia sobre Celestino Gama da Silva, Louco Filho:

Livros e catálogos:

CACHOEIRA e São Félix. Editores Ipojucã Cabral; André Curvello. Votorantim, 2004.

COIMBRA, Sílvia Rodrigues; MARTINS, Flávia; DUARTE, Maria Letícia. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Rio de Janeiro: Salamandra, 1980.

COIMBRA, Sílvia Rodrigues; MARTINS, Flávia; DUARTE, Maria Letícia. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Recife: Caleidoscópio, 2010.

LOUCO FILHO: os caminhos da escultura no Recôncavo da Bahia. Rio de Janeiro:

Funarte/INF, 1988. Catálogo. Sala do Artista Popular n. 44.

LIMA, Beth; LIMA, Valfrido. Em nome do autor: artistas, artesãos do Brasil. In name on the author: craft artists from Brazil. São Paulo: Proposta Editorial, 2008.

MENDONÇA, Elizabete. O diálogo subjacente entre o tesauro e as exposições permanentes. In: ______. Tesauro e exposições permanentes de folclore e cultura popular: narrativas sobre arte popular elaboradas pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (1980-2004[2006]). Tese (Doutoramento em Artes Visuais). Orientadora Prof. Dra. Rosza W. Vel Zoladz. Rio de Janeiro, 2008. p. 188 - 223.

_____. Os artistas “Loucos”:  interferência e apropriação local de categorias relacionadas à arte. In: ZOLADZ, Rosza W. Vel. (Org. e autora).  Profissão Artista. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2011,  p.118-133.

VERBETE Celestino (Louco Filho). Com/Vida Popular Arts of the America. Disponível em: <http://www.convida.org/celistino.html>  Acesso em: 22 jul. 2013.

Periódicos:

ARAGÃO, Daniel. A arte de Cachoeira. A Tarde. Salvador, 29 abr., Interior,  Caderno 2, 1993.

CACHOEIRA não valoriza seus artistas populares. A Tarde, Salvador, 24 mar. 1992. Municípios, p. 3.

CÁSSIA MARIA. Artistas repensam a Abolição. Tribuna da Bahia, Salvador, 24 mai. 1988. Cultura, p. 2.

COSTA, Alzira. Cachoeira revê o fim da escravidão. A Tarde, Salvador, 13 mai. 1987. Caderno 2, p.1.

COSTA, Janete. Museu do Rio de Janeiro abre mostra de Arte e Artesanato. Diário de Pernambuco, Recife, 5 jun. 1992, p.7.

ESCULTORES também mostram as belezas de Cachoeira. A Tarde, Salvador, 14 set. 1993. Municípios, p. 6.

EXPOSIÇÕES. Correio da Bahia, Salvador, 15 mai. 1987. 2º Caderno, p. 2.

OS ARTESÃOS encerraram o 1º Encontro. A Tarde, Salvador, 24 ago 1987, p.5.

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: <http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf>

Acesso em: 15 mar. 2011.

AGENDA da Semana. Artes Plásticas. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 15 ago 1988, p. 4.

TRIBUNA DA IMPRENSA. Rio de Janeiro, sab. dom., 20 / 21 ago 1988.

 

 

Autoria do verbete: Suzane Pinho
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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