Riolan Metzker Coutinho (Pojuca, Bahia, 27 de maio de 1932 – Salvador, Bahia, 23 de novembro de 1994). Retrato: Fotografia de 1972. Acervo Elisabeth Roters Coutinho, Salvador Formação: 1946 e 1947 - Curso de Desenho Livre da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador, sob orientação de Presciliano Silva. 1950 - Ingressa na Escola[...]
ANTES da mostra. Diário de Notícias, Salvador, Caderno 1, p. 3, 29 fev. 1964.
ARTISTAS abstratos no ICBA. A Tarde, Salvador, p. 16, 7 mar. 1964.
COELHO, Ceres Pisani Santos. Artes plásticas: movimento moderno na Bahia. 1973. 223 f. Tese (Concurso para professor Assistente do Departamento I) – Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1973.
COUTINHO, Elizabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010.
COUTINHO, Elsimar. Riolan. In: COUTINHO, Elisabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras e pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010. p. 361.
ICBA realizará exposição de artistas abstratos da Bahia. Jornal da Bahia, Salvador, [p. 6], 27 fev. 1964.
MIDLEJ, Dilson. Juarez Paraiso: estruturação, abstração e expressão nos anos 1960. 2008. 200 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia. Escola de Belas Artes, Salvador.
______. O acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia. 2007-2008. Pesquisa para o Museu de Arte Moderna da Bahia. 60 f. Não publicado.
PARAISO, Juarez. Riolan Coutinho. In: COUTINHO, Elizabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras e pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010. p. 245-251.
7 DIAS das artes plásticas. A Tarde, Salvador, p. 4, 29 nov. 1960.
ATA da sessão extraordinária de Congregação, 27 dez. 1950. In: LIVRO de Atas da Congregação 1948 a 1954. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. f. 41 verso-42. Envelope 40. Manuscrito.
ATA da sessão de Congregação, 21 maio 1965. In: LIVRO de Atas da Congregação 1959 a 1965. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. f. 179. Envelope 260. Manuscrito.
COUTINHO, Riolan Metzker. Boletim Escolar do curso Pintura da Escola de Belas Artes. Salvador, 1950-1957. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, 4 p. Caixa 203. Manuscrito sobre formulário impresso em clichê.
Dicionário de Artes Plásticas do Brasil de Roberto Pontual, 1969.
Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos de Carlos Cavalcante. Ministério de Educação e Cultura e Instituto do Livro, 1973.
Dicionário de Pintores Brasileiros de Walmir Ayala, 1986.
Grande Enciclopédia Delta Larousse. Editora Delta S.A. Rio de Janeiro, 1978.
Riolan Metzker Coutinho (Pojuca, Bahia, 27 de maio de 1932 – Salvador, Bahia, 23 de novembro de 1994).
Fotografia de 1972. Acervo Elisabeth Roters Coutinho, Salvador
1946 e 1947 - Curso de Desenho Livre da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador, sob orientação de Presciliano Silva.
1950 - Ingressa na Escola de Belas Artes, no curso Pintura, tendo como mestres: Alberto Valença, Presciliano Silva, Emidio Magalhães, João José Rescala e Maria Célia Amado, dentre outros.
1954 – Conclusão do Curso de Pintura na Escola de Belas Artes – UFBA.
1954 a 1955 – Bolsa do Governo Francês, Paris. Academia de La Grande Chaumière, tendo como professor Ives Brayer, um pintor realista, e em 1955, orientações de Ives Brayer e Jean Picard Le Duc.
1956 – Ano dividido entre a Escola Nacional de Artes Gráficas, Madri, e o Atelier de Andre Lhote.
1957 – Continua a frequentar o Atelier de Andre Lhote.
De 1953 a 1994.
Desenhista, pintor, ilustrador e gravador.
Professor.
Riolan Coutinho é filho de Elsior Coutinho e Alaide Metzker Coutinho, que tiveram sete filhos, três homens e quatro mulheres. Riolan é natural de Pojuca, cidade do interior da Bahia e o mais novo entre os três filhos homens do casal. Alaor Coutinho foi primogênito, e Elsimar Coutinho, o intermediário que, adulto, projetou-se como médico e cientista e, mais tarde, lamentaria sobreviver aos dois irmãos: “Alaor, que foi o primeiro a chegar, foi o primeiro a partir. Riolan, o que veio depois de mim, acaba de nos deixar” (COUTINHO, 2010, p. 361).
A família, quando mudou para a capital, estabeleceu-se em Itapagipe e o interesse do jovem e tímido Riolan em relação à arte aparece desde a infância, segundo comenta Elsimar Coutinho:
O seu talento para as artes, que se manifestou desde a infância, foi decisivo no direcionamento dos seus estudos. Enquanto Alaor e eu nos dirigimos cedo para as ciências, seguindo o curso científico, ele optou, naturalmente, para o curso clássico. Matriculou-se na Escola de Belas Artes e passou a viver no mundo das artes plásticas, bem distante do mundo das ciências, onde viviam seus irmãos mais velhos (COUTINHO, 2010, p. 361).
Riolan Coutinho inicia seu aprendizado de artes plásticas em 1946, por meio do Curso de desenho livre da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador, um curso noturno sob orientação de Presciliano Silva e que se estende ao ano seguinte, coincidindo com o ingresso do pretendente a artista à Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia, que se dá em 1950, no curso Pintura (COUTINHO, 1950-1957, p. 3). A Escola de Belas Artes – EBA – funcionava, à época, na Rua 28 de Setembro, no Centro Histórico da capital baiana e, três anos antes, em 21 de novembro de 1947, havia sido incorporada à Universidade da Bahia. No ano de ingresso de Riolan na EBA, a instituição passava por outro momento significativo, pois em 4 de dezembro de 1950 ocorria a federalização da Universidade, pela Lei n. 1.254 (ATA…, 27 dez. 1950, f. 41v.- 42; ATA…, 21 maio 1965, f. 179).
Foi no ambiente daquele respeitável recinto acadêmico que o jovem aprendiz teve como mestres de desenho e pintura qualificados especialistas, tais como Alberto Valença, Presciliano Silva, Emidio Magalhães, João José Rescala, Ismael de Barros e Maria Célia Amado, dentre outros. O curso de graduação em Pintura se estendeu à 1954, porém, não colou grau na ocasião, viajando imediatamente para a Europa para estudar em Paris. Ele colaria grau somente após seu retorno ao Brasil, em 26 de fevereiro de 1957 (COUTINHO, 1950-1957, p. 3).
“Como aluno destacou-se graças à sua privilegiada habilidade manual e visual para reprodução das formas do mundo exterior, principalmente através do desenho e da pintura”, descreve o amigo Juarez Paraiso (COUTINHO, 2010, p. 245) que também comenta que a habilidade natural de Riolan Coutinho alçava-o à condição de herdeiro dos grandes mestres da EBA. Após a conclusão do curso na EBA, em 1954, Riolan Coutinho, com bolsa de estudos do governo francês viaja à Paris. A ida à Europa se deu juntamente com o irmão, Elsimar Coutinho, que assim relata a experiência:
O destino, entretanto, nos reuniu quando uma extraordinária coincidência nos fez ganhadora de bolsas de estudos no exterior, exatamente no mesmo ano e para o mesmo país. Fomos juntos para Marselha no mesmo navio e sentados lado a lado seguimos viagem no trem que nos levou a Paris. Moramos no Hotel Libéria na “Rue de La Grande Chaumière”, [no bairro de Montparnasse] bem defronte do atelier de André Lhote, o grande pintor, que seria o tutor de Riolan durante quase três anos (COUTINHO, 2010, p. 361).
Os dois irmãos fizeram, juntos, viagem à Itália:
Fizemos juntos o circuito dos museus italianos, viajando no pequeno automóvel que apelidamos de “petit monstre”, Pisa, Lecco, Milano, Gênova, Roma. Choramos de emoção na Praça São Marco, em Veneza, com a revoada de pombos, no céu cor de rosa, envolvidos pela música de Strauss. Na Europa, Riolan era o meu professor de arte e eu seu médico e motorista. Transformou-me sem esforço em adepto do impressionismo. Deixei-o na França para continuar os seus estudos (COUTINHO, 2010, p. 361).
Em Paris, Riolan escolhe para estudar a Academia de La Grande Chaumière, em detrimento da Academia Julian, endereço este preferido dos mestres acadêmicos das Escolas de Belas Artes, em geral. La Grande Chaumière era uma instituição de ensino mais progressista e lá o recém formado pintor teve como professores Ives Brayer e Jean Picard Le Duc. Ao retornar à Bahia, decide fazer carreira universitária e, para isso, candidatou-se em concurso de Livre Docência de Desenho Artístico da Escola de Belas Artes da UFBA, em 1962, ocasião em que apresenta a tese Da autonomia e emancipação do desenho. Dois anos depois, em 1964 e naquela mesma instituição, torna-se Professor Assistente e, em1965, Professor Catedrático de Desenho Artístico.
Como professor, participou do processo de renovação artístico e pedagógico do ensino na Escola de Belas Artes, notadamente na parte referente a desenho, já que ocupava a cadeira de Desenho Artístico, anteriormente regida pelo pintor e Diretor da EBA, Mendonça Filho (COUTINHO, 2010, p. 245). “Sob a regência de Riolan e com a concordância de Mendonça Filho a cadeira de desenho artístico seguiu novos rumos, ampliando os horizontes artísticos dos alunos e jovens artistas”, testemunha Juarez Paraíso (COUTINHO, 2010, p. 245), que também atribui ao amigo e colega um ativismo cultural “dos mais competentes, credenciado pelo seu extenso conhecimento da história da arte universal e, especialmente, das diversas poéticas da arte moderna e pela sua palavra elegante e requintado discurso” (COUTINHO, 2010, p. 246), acrescendo a destacada participação dele nas Bienais da Bahia, como colaborador da Revista da Bahia e da Galeria Convivium, e autor de ensaios e críticas de arte publicados em jornais de Salvador.
Riolan Coutinho, juntamente com o irmão Alaor Coutinho (na ocasião Secretário de Educação e Cultura do Estado da Bahia – Desc, espécie de Fundação Cultural do Estado da época, no governo de Antônio Lomanto Júnior) e com Juarez Paraíso, idealizou a I Bienal Nacional de Artes Plásticas, ocorrida em Salvador em 1966, popularizada por “Bienal da Bahia”, a qual foi seguida por uma nova edição dois anos depois, também contando com o envolvimento dos três. Além de idealizador da I Bienal Nacional de Artes Plásticas, Riolan também foi membro da comissão julgadora e, na II Bienal Nacional de Artes Plásticas, em 1968, foi Primeiro Secretário. A Bienal Nacional de Artes Plásticas foi um projeto pensado desde 1960.[1]
Aquela década de 1960 foi muito produtiva para os artistas da chamada segunda geração modernista da Bahia, da qual Riolan Coutinho fazia parte e foi também o período no qual proliferou uma representativa produção de arte abstrata. O Museu de arte moderna da Bahia – MAM-BA estava em plena atividade e a sua programação do primeiro ano de exposições em 1960[2] incluiu uma mostra artista francês Georges Mathieu, fato que pode ter favorecido o estimulo à produção de arte informal no Estado, estilo o qual se observa em alguns artistas daquela geração baiana e, em particular, em Riolan Coutinho (MIDLEJ, 2008, f. 147).
Espelhando o que ocorria na Europa, a oposição entre formal e informal na produção artística foi alimentada pelas vanguardas brasileiras e essa discussão estendeu-se à Bahia no início dos anos 1960, período no qual artistas da segunda geração modernista exercitavam suas criações abstratas e buscavam legitimar uma renovação plástica da cidade, tendo a abstração como linguagem de expressão. Além de Riolan, faziam parte daquele grupo Juarez Paraiso, Betty King, Adam Firnekaes, Sante Scaldaferri, Jenner Augusto, Leonardo Alencar, Sonia Castro, Jamison Pedra, Gley Mello, Calasans Neto e Luiz Gonzaga (MIDLEJ, 2008, f. 182).
Dois destes artistas (Juarez Paraiso e Adam Firnekaes) organizaram no Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Icba ou Goethe Institut), a exposição Artistas abstratos da Bahia, em março de 1964 (ANTES…, 1964, p. 3; ICBA…, 1964, p. 6) e que reuniu as produções abstratas de Riolan Coutinho e dos dois às de Calasans Neto, Sante Scaldaferri e Luiz Gonzaga. Essa exposição marcou o início das atividades do Icba naquele ano e o jornal A Tarde (ARTISTAS…, 1964, p. 16) estampava uma foto, na qual figurava Riolan Coutinho ao lado de Luiz Gonzaga, Juarez Paraiso, Sante Scaldaferri e Adam Firnekaes (MIDLEJ, 2008, f. 113).
A produção abstrata de Riolan Coutinho secundou obras de cunho expressionistas que realizava anteriormente e caracterizava-se pelo tachismo, com ênfase em largas manchas cromáticas que o artista explorava nas pinturas informais, como se observa nas obras expostas em Artistas abstratos da Bahia (MIDLEJ, 2008, f. 117). Perduraria neste estilo de abstração até 1967, quando retornou à figuração (COELHO, 1973, f. 162).
A pintura abstrata de Riolan Coutinho é também comentada pelo artista Juarez Paraiso, que interpreta abstração como uma tendência existente em diferentes períodos históricos, e classifica-a em três momentos ou fases: a primeira pertence a produção anterior a 1964, na qual permanece reminiscências figurativas, caráter que segundo outros autores não caracterizaria o abstracionismo; a segunda se dá a partir de 1964, de gestualismo ágil e espontâneo, que compõe a fase informalista; e a última, já nos últimos anos de vida, com obras expostas em 1994, em mostra intitulada pelo próprio Riolan de Memórias (COUTINHO, 2010, p. 249-250). Juarez Paraiso, todavia, ressalta a recorrência da imagem que constitui a preferência do amigo:
Mas a visão criadora de Riolan Coutinho, no campo da abstração informal, sempre foi estigmatizada pela ausência da figuração e hoje compreendemos que os seus desenhos [figurativos] representavam um laço que o artista nunca teve coragem de cortar com um universo ao qual não conseguiu renunciar de todo. Os próprios títulos concedidos pelo artista às abstrações desta fase já preanunciam as analogias existentes, como manchas de cor em pequenos retângulos enfileirados, varais; figuras que evocam casas, cidade imaginária; Desta maneira, através de formas abstratizadas pela gestualidade rítmica dos pincéis de Riolan Coutinho, surgem evocações de marinhas, ondas, dunas, paisagens e nuvens em enérgicas evoluções, puras metáforas plásticas e analógicas, associações que podem também mover-se livremente, a depender do nível cultural do perceptor e do seu foco visual (COUTINHO, 2010, p. 250-251).
Em um texto datado de 29 de dezembro de 1966, o caráter versátil da produção de Riolan Coutinho foi assim referido pelo crítico de arte Clarival do Prado Valladares:
Riolan Coutinho é, tipicamente, um desses casos de talento baiano: capaz de assimilar e se expressar nos mais variados meios, materiais e soluções, que bem pretendem, sem nunca renunciar ao natural direito de produzir o mínimo em relação ao talento que dispõe. […] Seu valor é indubitável, Henrique Osvald muitas vezes me pediu atenção por estar convencido de Riolan corresponder aos melhores exemplos de artistas brasileiros […] (COUTINHO, 2010, p. 149).
Segundo declaração de Jorge Amado, publicada em jornal de Salvador na década de 1970, foi Genaro de Carvalho quem primeiro chamou a atenção do escritor para o trabalho de Riolan:
“Riolan é um dos maiores desenhistas brasileiros”, dizia mestre Genaro, bom julgador. Realmente o desenho de Riolan é excepcionalmente puro, de inconfundível beleza. Também a sua pintura pessoal, com marca própria. Esse artista não se parece com nenhum outro da Bahia. Avesso à publicidade, à vida artística, Riolan se afirma como um dos maiores valores das artes plásticas baiana.
Riolan casa-se em 1968 com a restauradora de bens móveis e artista plástica Elisabeth Maria Roters e tem dois filhos: Phelipe e Melissa.
Sua atividade como professor e como artista foi reconhecida mediante a homenagem que a Escola de Belas Artes da UFBA fez, batizando, com o seu nome, uma das suas salas.
Riolan Coutinho realizou diversos cursos livres de extensão e desenvolveu pesquisas relacionadas a materiais e técnicas artísticas, de 1977 a 1979, e sobre o mural moderno na Bahia, de 1980 a 1983. Também diversificou atividades, a exemplo da tradução, juntamente com Roberto Oliveira, do livro Discurso sobre o amor galante, de Pierre de Bourdeille, Senhor de Brantône, lançado em 1968, no Rio de Janeiro, pela Editora Saga, que contou também com ilustrações suas (COUTINHO, 2010, p. 335 e 337).
Individualmente, Riolan Coutinho expôs no Rio de Janeiro, na Galeria Macunaíma, e no Museu de arte moderna da Bahia, ambas em 1960, e outras mostras no Museu de arte moderna da Bahia, em 1961, no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos – Ibeu, no Rio de Janeiro, em 1963, e na Galeria de arte da Bahia, em Salvador, em 1973. Coletivamente, participou da inauguração do Museu de arte popular da Bahia (Solar do Unhão, 1963), Artistas da Bahia em Los Angeles (1964), Artistas da Bahia (Alemanha e Estados Unidos, 1965), dentre outras.
Sua obra permanece em coleções e na memória do ambiente artístico da Bahia.
[1] A Tarde de 29 de novembro de 1960 publicou uma nota que anunciava Mario Pedrosa como o novo diretor do MAM-SP, bem como o início dos preparos para a sexta Bienal de São Paulo. Ao ser perguntado sobre o que havia de concreto na notícia da realização de uma bienal nacional na Bahia, nos anos em que não ocorressem a Bienal Internacional de São Paulo, Matarazzo Sobrinho, presente à entrevista, declarou que “a Bienal Bahiana não ultrapassará a fase especulativa” (7 DIAS das artes plásticas. A Tarde, Salvador, p. 4, 29 nov. 1960), prognóstico esse desmentido com as realizações posteriores do evento em 1966 e 1968. Essa reportagem, todavia, comprova que os planos de realização das Bienais da Bahia já datavam do final de 1960.
[2] O Museu de arte moderna da Bahia funcionava, provisoriamente, no foyer do Teatro Castro Alves.
1954 – Salvador, BA – Palácio da Aclamação.
1958 – Salvador, BA – Galeria Domus.
1960 – Rio de janeiro, GB – Galeria Macunaíma.
1961 – Salvador, BA – Galeria do Hotel da Bahia.
1961 – Salvador, BA – Museu de Arte Moderna da Bahia.
1963 – Salvador, BA – Museu de Arte Moderna da Bahia.
1963 – Rio de janeiro, GB – Instituto Cultural Brasil Estados Unidos.
1965 – Salvador, BA – Galeria Convivium (desenhos e pinturas).
1972 – Salvador, BA – Galeria de Arte da Bahia.
1973 – Salvador, BA – Berlinda Galeria de Arte.
1975 – Salvador, BA – Galeria Cañizares.
1977 – Salvador, BA – Galeria Cañizares.
1994 – Salvador, BA – Prova do Artista.
1953 – Salvador, BA – Salão Nacional Universitário de Belas Artes.
1953 – Salvador, BA – III Salão Universitário Baiano de Belas Artes.
1954 – Salvador, BA – II Congresso Nacional de Artes Plásticas UFBA.
1955 – Salvador, BA – III Salão Nacional Universitário de Belas Artes.
1959 – Salvador, BA – “Artistas modernos da Bahia”, no IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiro, UFBA – UNESCO.
1959 – Salvador, BA – “ 7 Artistas modernos”, no Museu de Arte Moderna da Bahia.
1960 – Rio de Janeiro, GB – IX Salão Nacional de Arte Moderna.
1960 – Rio de Janeiro, GB – Coletiva de artistas baianos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1960 – Rio de Janeiro, GB – Coletiva na Galeria Macunaíma com pinturas de Riolan Coutinho e Jacyra Oswald e xilogravuras de Henrique Oswald.
1961 – Salvador, BA – Coletiva no Museu de Arte Moderna.
1962 – Rio de Janeiro, GB – “Artistas novos da Bahia”, na Galeria IBEU.
1963 – Rio de Janeiro, GB – Coletiva na Galeria IBEU.
1963 – Salvador, BA – “Artistas do Nordeste”, no Museu de Arte Popular da Bahia.
1964 – Salvador, BA – “Artistas abstratos da Bahia”, na Galeria do ICBA.
1964 – Salvador, BA – Coletiva inaugural da Galeria de Artes do USIS (People to People Comitte).
1964 – Salvador, BA – Coletiva no IV Congresso dos Lojistas.
1964 – Madri, Espanha – “Artistas baianos”.
1964 – Alemanha – “Artistas baianos”.
1964 – Estados Unidos – “Artistas baianos”.
1965 – Salvador, BA – “Noite de arte”, no Palácio da Aclamação.
1965 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria Convivium.
1965 – Salvador, BA – Coletiva de artistas baianos para o Salão permanente em Los Angeles.
1965 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria RAG.
1965 – Salvador, BA – Coletiva de inauguração da Galeria “Le Dome”.
1965 – Salvador, BA – “Artistas baianos”, na Biblioteca Pública da Bahia.
1965 – Salvador, BA – “Artistas baianos”, na Galeria do ICBA.
1965 – Salvador, BA – “Artistas baianos”, no V Congresso dos Lojistas.
1965 – Salvador, BA – Coletiva da Escola de Belas Artes na Biblioteca Pública e no Convento da Palma.
1966 – Salvador, BA – Coletiva no Foyer do Teatro Castro Alves.
1966 – Salvador, BA – I Salão de Arte CEB.
1966 – Salvador, BA – Coletiva no Museu de Arte da Bahia.
1966 – Porto Alegre, RS – Coletiva na Galeria Cândido Portinari.
1967 – Salvador, BA – “Noventa anos de arte”, na Escola de Belas Artes da UFBA.
1967 – Porto Alegre, RS – Coletiva no Museu de Arte do Rio Grande Sul.
1968 – Salvador, BA – I Feira de Arte Moderna da Bahia, na Praça da Piedade.
1970 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria O Cavalete.
1970 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria Candeeiro.
1972 – Salvador, BA – “Arte baiana hoje”, com Ângelo Roberto, na Galeria de Arte da Bahia.
1973 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria O Cavalete.
1973 – Salvador, BA – I Exposição de Jogos Universitários Brasileiros.
1973 – Salvador, BA – Coletiva de inauguração da Berlinda Galeria de Arte.
1973 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria de Arte da Bahia.
1974 – Coletiva no Clube de Campo Cajueiro.
1974 – Salvador, BA – “Novarte Bahia” na Galeria do Pelourinho.
1975 – Salvador, BA – I Exposição dos Artistas Baianos na Galeria RAG.
1976 – Feira de Santana, BA – Coletiva no Museu Regional de Feira de Santana.
1976 – Salvador, BA – Coletiva na Panorama Galeria de Arte.
1977 – Salvador, BA – Coletiva comemorativa ao Centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da UFBA.
1978 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria Cañizares.
1978 – Salvador, BA – Coletiva do Acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia.
1981 – Salvador, BA – Coletiva na Galeria Cañizares.
1980 – Feira de Santana, BA – Coletiva no Museu de Feira de Santana.
1980 – Vitória da Conquista, BA – Coletiva na Galeria O Atelier.
1987 – Salvador, BA – “4 Artistas do desenho a pastel” na Galeria Cañizares.
1988 – Coletiva no Abrigo da Arte Galeria, Baixa do Bonfim.
1988 – Salvador, BA – I Salão de Arte do Shopping Barra, na Praça Evaldo Luz.
1988 – Salvador, BA – Coletiva no Clube de Oficiais do Segundo Distrito Naval, Cabana da Barra.
1988 – Salvador, BA – Coletiva na Malhoa Galeria de Arte.
1988 – Salvador, BA – Coletiva no Abrigo da Arte Galeria, Baixa do Bonfim.
1991 – Salvador, BA – I Leilão de Arte da Escola de Belas Artes da UFBA.
1993 – Salvador, BA – Coletiva no Shopping Barra.
1997 – “Artes de seus mestres”.
1958 – Salvador, BA – Mural do Diretório Acadêmico da Escola de Direito da UFBA (destruído).
1984 – Salvador, BA – Painel na Biblioteca Central de UFBA (tinta plástica sobre eucatex, 1,40 x 1,40 m).
Tradução e Ilustração do livro Discurso sobre o amor galante, de Brantône, publicado no Rio de Janeiro pela Editora Saga, em 1968.
Ilustração para a Revista da Bahia, número 08, outubro.
Ilustração da Poesia de Marcos Accioly, na Revista da Bahia, número 10, p. 42.
Capa de livro de Edvaldo Boaventura, em 1972.
1977 a 1979 – Projeto de pesquisa de materiais e técnicas artísticas – Departamento II.
1980 a 1983 – Pesquisa sobre o mural moderno na Bahia.
1962 – Apresenta a tese na Escola de Belas artes da UFBA, em concurso do título de Livre Docência de Desenho Artístico. Tese: Da autonomia e emancipação do desenho. Torna-se Livre Docente de Desenho Artístico.
1964 – Ingresso na Escola de Belas Artes como Professor Assistente.
1965 – Apresenta a tese na Escola de Belas Artes da UFBA, em concurso do título de Cátedra de Desenho Artístico. Tese: Desenho: percepção visual e espaço plástico. Torna-se Professor Catedrático de Desenho Artístico.
Exerceu cargos de administração e coordenação pedagógica como Chefe de Departamento I e Chefe de Departamento II, na Escola de Belas Artes da UFBA.
1966 – Constituiu a equipe que idealizou e organizou a I Bienal Nacional de Artes Plásticas (Bienal da Bahia) e foi membro da comissão julgadora.
1968 – Foi Segundo Secretário da II Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia (Bienal da Bahia).
1968 – Participou como membro de banca examinadora para concurso de Magistério na Escola de Belas Artes da UFBA.
1988 – Eleito componente da lista sêxtupla em sessão de congregação da Escola de Belas Artes da UFBA.
DESENHOS
Nos desenhos de Riolan Coutinho a figura se projeta absoluta. Não em termos de uma conotação realística de interesse menor, que neste caso seus trabalhos seriam retratos e não estudos. A figura é tomada por pretexto, como tema, através da qual procura atingir o estrato mais difícil da problemática de massa e volume. Note-se que a deformação imposta não decorre de interesse expressionista; corresponde a maior virtude do trabalho, pois sutil é manter-se o equilíbrio, apesar dela, impondo-se com maior rigor toda serie de elementos essenciais da ordenação. Esses trabalhos de Riolan, ao modo de “close-up”, serviriam de justificativa para uma especulação de um dos caracteres da arte vanguarda: a face humana, brutalmente massificada nos processos atuais de composição e de exploração emocional – (cinema, écran de televisão, capa de revista, cartaz etc.). Não estou suficientemente esclarecido se o artista teve, ou não, o propósito de enfatizar uma denotação temática. Interessa, sobretudo, a apreciação da qualidade do desenho, rigorosamente dependente de sua inerência gráfica. A causalidade da figura, ou do objeto referenciado, no estilo erudito de Riolan, mesmo que seja determinado por uma identificação do artista com o espírito da data, não será bastante para assumir o significado principal da obra.
Esta terá que ser vista, analisada e criticada, fundamentalmente como desenho, muito mais em seus valores formais.
Riolan Coutinho é, tipicamente, um desses casos de talento baiano: capaz de assimilar e se expressar nos mais variados meios, materiais e soluções, que bem pretender, sem nunca renunciar ao natural direito de produzir o mínimo em relação ao talento de que dispõe.
Lembro-me de sua exposição no Museu de Arte Moderna da Bahia em 1959 (estudos de figura e atitudes) de admirável segurança estilística, poucas semanas antes de vê-lo na Escola de Belas Artes em pleno entusiasmo, fazendo uma pintura gestual, tachista, visceralmente oposta aos trabalhos da exposição aos quais, ele mesmo, já os definia de “fase antiga”.
Seu valor é indubitável. Henrique Oswald muitas vezes me pediu atenção por estar convencido de Riolan corresponder aos melhores exemplos de artistas brasileiros. Naquela época eu defendia com intransigência, a fidelidade ao tema e ao estilo, enquanto Henrique Oswald me contradizia indicando na versatilidade a área adequada de exibir-se talento.
Nem tanto à terra, nem tanto ao mar, entendamo-nos o tempo, de então para hoje, está mostrando que Henrique Oswald andava certo, mas, de minha parte não renuncio à exigência de obra mais constante por parte do artista de tantas possibilidades. Clarival do Prado Valladares, crítico de arte. Salvador, 29 de dezembro de 1966.
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Marinhas e dunas
Um capítulo à parte
Pintar praias e dunas, para Riolan, era como um hábito, um gesto natural. Sua família passou décadas entre a residência em Salvador e idas constantes à Itapoã. Praticamente todos os fins de semana, ou durante as férias, qualquer motivação se justificava o deslocamento da família por longas temporadas, desde a década de quarenta, época em que esta localidade era apenas uma humilde vila de pescadores.
Na década de cinquenta, quando iniciava sua carreira, conheceu nas praias desertas, José Pancetti, pintor já consagrado. Costumavam juntos, pintar essas paisagens. Destes encontros, surgiu uma grade admiração e amizade de Riolan por Pancetti, e consequentemente, Pancetti teve influencia decisiva na concepção das pinturas de marinhas e dunas realizadas por ele.
Este tema, corria natural e paralelamente em sua formação acadêmica. Cursou a Escola de Belas Artes na UFBA – Universidade Federal da Bahia e, depois de formado, passou anos na Europa, especializando-se, quando, após seu retorno, tornou-se professor catedrático daquela Instituição. Durante toda a sua vida, periodicamente, pintava marinhas e dunas, como uma parte inseparável da sua obra, ou um pedaço da sua própria vida.
Na última exposição individual, realizada em outubro de 1994, pouco antes de sua morte, em contexto onde a figuração e o abstrato se mesclavam, o Farol de Itapoã estava presente em suas memórias. Elisabeth Roters Coutinho, artista plástica e restauradora de bens móveis. Salvador, 2009.
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RIOLAN COUTINHO
Como uma obra rica e diversa, Riolan Coutinho, tem no desenho e na pintura os meios de sua expressividade. Mas, Riolan, é antes de tudo mais desenhista e, é pelo desenho que se chega a grande arte. Seus nus a pastel, de linha flexível, melodiosa, sutil, lânguida, elegante e seca, tocam à sensibilidade. São mulheres de ombros frágeis, de cabeças poéticas, de seios pequenos, rígidos e aguçados, de uma voluptuosidade deliciosa. Os finos trajes das suas criaturas tão femininas, destacam a nudez delas, não as vestem , coisa de artista feito, o desenho obedece a intenção de Riolan – que é o poeta da arte baiana. Ivo Vellame, crítico de arte. Salvador, 14 de agosto de 1990.
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A galeria Prova do Artista expõe até o dia 30, uma série das pinturas mais recentes de Riolan Coutinho, que ele apropriadamente chama de Memória. Há muito afastado de exposições, pode-se ver nesta como o artista aborda num estilo quase totalmente abstrato, alguns dos assuntos que pintou antes de forma realista. Enquanto a grande maioria dos pintores gestuais abstratos se apóia no acaso, deixando que seu gesto livre estabeleça seu estilo quase totalmente abstrato, alguns dos assuntos que pintou antes de forma realista. Enquanto grande maioria dos pintores gestuais abstratos se apóia no acaso, deixando que seu gesto livre estabeleça seu estilo, aproveitando-se dos processos de pintura – as manchas, o modo como as tintas se espalham e reagem a determinadas misturas – Riolan move-se no abstrato com a determinação de quem tem um motivo. Rompendo a placidez serena de grandes áreas com formas e traços enérgicos de delineações reconhecíveis – paisagens marinhas, rochas, coqueiros, terra e mar – estas formas são muito mais metafóricas e evocativas, como se só existissem no terreno vago da memória.
Pinta sem clichês, com gesto enérgico e um sentido impressionista da pincelada nas cores suaves , em perfeita harmonia com as formas e os traços amplos, rápidos, que imprimem uma velocidade aos elementos, como se tangidos por uma força maior: o vento, uma onda, a tempestade. Sua pintura, embora abstrata, tem um tema real, o que ele registra são as sensações e a sua visão particular, unificadora. Cada quadro encontra seu peso e importância na investigação dos vários aspectos desta visão que imprime a serenidade da composição um vibrante lirismo. Matilde Matos, crítica de arte. Salvador, 1994.
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Espaço do leitor
Pesar pelo iluminado artista
“Senhor redator,
Somente agora, lendo o comovente artigo de Dr. Elsimar Coutinho sobre seu irmão, soube da morte de Riolan Coutinho. Não tendo outra forma de manifestar-me, peço que esse jornal torne público meu pesar pelo desaparecimento de outro dos nossos poucos homens bons, neste caso um belo, honesto, humilde e iluminado artista. Não havia convivência mais agradável, sorriso mais afável, solidariedade mais espontânea, sensibilidade e cultura mais despretensiosas. Estamos de luto outra vez, neste ano em que perdemos tantos. Riolan, que já foi – e ainda é, por outras razões – meu parente e foi meu rival de namorada estudantil, parte levando mais um pedaço de mim, neste infortúnio que é ver os amigos e companheiros e heróis da existência humana partindo para nunca mais voltar”. João Ubaldo Ribeiro (Academia Brasileira de Letras – Rio de Janeiro, RJ).
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ANTES da mostra. Diário de Notícias, Salvador, Caderno 1, p. 3, 29 fev. 1964.
ARTISTAS abstratos no ICBA. A Tarde, Salvador, p. 16, 7 mar. 1964.
COELHO, Ceres Pisani Santos. Artes plásticas: movimento moderno na Bahia. 1973. 223 f. Tese (Concurso para professor Assistente do Departamento I) – Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1973.
COUTINHO, Elizabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010.
COUTINHO, Elsimar. Riolan. In: COUTINHO, Elisabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras e pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010. p. 361.
ICBA realizará exposição de artistas abstratos da Bahia. Jornal da Bahia, Salvador, [p. 6], 27 fev. 1964.
MIDLEJ, Dilson. Juarez Paraiso: estruturação, abstração e expressão nos anos 1960. 2008. 200 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia. Escola de Belas Artes, Salvador.
______. O acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia. 2007-2008. Pesquisa para o Museu de Arte Moderna da Bahia. 60 f. Não publicado.
PARAISO, Juarez. Riolan Coutinho. In: COUTINHO, Elizabeth Roters (Org.). Desenhos, gravuras e pinturas: Riolan. Brasília: Ministério da Cultura; Salvador: Secretaria de Cultura, 2010. p. 245-251.
7 DIAS das artes plásticas. A Tarde, Salvador, p. 4, 29 nov. 1960.
ATA da sessão extraordinária de Congregação, 27 dez. 1950. In: LIVRO de Atas da Congregação 1948 a 1954. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. f. 41 verso-42. Envelope 40. Manuscrito.
ATA da sessão de Congregação, 21 maio 1965. In: LIVRO de Atas da Congregação 1959 a 1965. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. f. 179. Envelope 260. Manuscrito.
COUTINHO, Riolan Metzker. Boletim Escolar do curso Pintura da Escola de Belas Artes. Salvador, 1950-1957. Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, 4 p. Caixa 203. Manuscrito sobre formulário impresso em clichê.
Dicionário de Artes Plásticas do Brasil de Roberto Pontual, 1969.
Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos de Carlos Cavalcante. Ministério de Educação e Cultura e Instituto do Livro, 1973.
Dicionário de Pintores Brasileiros de Walmir Ayala, 1986.
Grande Enciclopédia Delta Larousse. Editora Delta S.A. Rio de Janeiro, 1978.
Autores(as) do verbete:
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)