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Oséas Alves dos Santos

Oséas Alves dos Santos (Maroim, Sergipe, 11 de maio de 1865-1949, filho de Manoel José dos Santos e Margarida Rosa da Vitória dos Santos).   Principais especialidades: Pintor, Fotógrafo e Professor.   Estabelecimentos: 1905 – Rua da Mouraria, n° 52, Salvador. 1905 – Rua Chile, n° 26, Salvador.   Dados biográficos: Santos era natural de[...]

"Lelis Piedade", foto-pintura, 45 x 32 cm. Photographia Artística, 1905. Museu de Arte da Bahia
Photographia Artística Oséas Santos. Fonte: A Fotografia na Bahia 1839 - 2006
Anúncio Photographia Artística. Fonte: Almanach do Estado da Bahia, 1905
"Lelis Piedade", foto-pintura, 45 x 32 cm. Photographia Artística, 1905. Museu de Arte da Bahia
Photographia Artística Oséas Santos. Fonte: A Fotografia na Bahia 1839 - 2006
Anúncio Photographia Artística. Fonte: Almanach do Estado da Bahia, 1905
Referências
Bibliográficas:

GUIMARÃES, D.V.S. Algumas considerações acerca da formação e atuação dos principais pintores sergipanos no século XIX. Sergipe: Scientia Plena, vol. 4, n. 5, 2008.

OLSZEWSKI FILHA, Sofia. A fotografia e o negro na cidade do Salvador. Salvador: EGBA, Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1989.

SAMPAIO, Maria Guimarães et al. A fotografia na Bahia 1839 – 2006. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Funcultura; Asa Foto, 2006.

SANTOS, Oséas Alves dos; SANTOS, Isaura dos. A vida de um pintor. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Aracaju. N°. 26, v. 22, 1965.

 
Arquivísticas:

ATA em 10 de agosto de 1892, Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, f.135.

ATA em 14 de fevereiro de 1894, Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, f.146.

Oséas Alves dos Santos (Maroim, Sergipe, 11 de maio de 1865-1949, filho de Manoel José dos Santos e Margarida Rosa da Vitória dos Santos).

 

Principais especialidades:

Pintor, Fotógrafo e Professor.

 

Estabelecimentos:

1905 – Rua da Mouraria, n° 52, Salvador.

1905 – Rua Chile, n° 26, Salvador.

 

Dados biográficos:

Santos era natural de Sergipe e ingressou na Academia de Bellas Artes da Bahia em 1880, onde lecionou durante 41 anos. Ele participou de aulas de desenho, na residência do mestre Miguel Navarro y Canizares.

A minha primeira lição constou de uma série de olhos, narizes, bocas e orelhas, tendo como modelo uma litografia de Julien. Executei tão bem e tão rapidamente a cópia, que o mestre ficou satisfeito. Continuei sempre executando boas cópias até que certo dia o Canizares perguntou-me: “Você nunca aprendeu o desenho”? Nunca teve professor?. Respondi-lhe que não e ele duvidou. (SANTOS, 1965)

A fotografia encontrou espaço na Academia de Bellas Artes também com a ajuda de Santos.

De acordo com as atas das reuniões da Instituição, inicialmente o professor José Allioni em uma reunião de Congregação, em 10 de agosto de 1892, externa a necessidade da compra de uma máquina fotográfica. Um ano mais tarde chega à referida máquina, e logo após, na sessão de 14 de fevereiro de 1894, o professor Oséas dos Santos sugere uma reforma curricular na disciplina de desenho, propondo a introdução da fotografia no estudo de paisagens ao ar livre, como auxílio para os alunos, na melhor orientação dos planos e perspectiva aérea.

Em 25 de outubro de 1895, Santos foi nomeado como professor de desenho, caligrafia e cartografia da Escola Normal da Bahia, nessa instituição permaneceu por 38 anos e oito meses.

Suas telas e desenhos estão na Casa de Misericórdia, Irmandade da Igreja da Conceição da Praia, Escola Normal e em inúmeras casas particulares.

Sua atividade na fotografia começa como desenhista e retocador das ampliações Gonsalves e de uma casa alemã. O ofício de retocar os retratos tinha como fim suavizar as linhas faciais do modelo, efeitos provocados pela intensidade da luz, típico da fotografia de estúdio. “Em nenhum anúncio na Bahia foi encontrado a oferta deste serviço, mas sabe-se que ele foi usado no Brasil certamente ao redor de 1869” (OLSZEWSKI, 1989, p. 49).

Também ao que tudo indica Santos utilizava a técnica de foto-pintura em seus trabalhos. Existe um retrato de Lelis Piedade em foto pintura no Museu de Arte da Bahia que provavelmente é de autoria de Oséas Santos, embora só exista uma referência ao lado direito da imagem como sendo realizada pela “Photografia Artística”, em 1905, o ano nos revela, que Santos já era o proprietário da Casa nesta ocasião.

Segundo o Almanach do Estado da Bahia de 1905, Oséas dos Santos foi o último proprietário a ser vinculado a Photographia Artística que antes retratava e fotografava em outro endereço, rua da Moraria, 52.

A compra da Photographia Artística se efetua com o recebimento da quantia referente a quatro anos de atraso de salário do professor Santos. O dinheiro foi liberado por José Marcelino que pagou aos professores da Escola de Belas Artes os anos de atrasos advindo da gestão de Severino Vieira.  Consta na pasta do professor Oséas Santos, no arquivo da Escola de Belas Artes da Bahia, uma crônica intitulada “Encontro as vinte e uma” de autoria de João Marques Guimarães: “Esta casa fotográfica teve época feliz, muito procurada. Porém, por ocasião do governo de Dr. Seabra, que determinou a remodelação da rua Chile, teve que se retirar do prédio, sem lograr indenização. E não mais encontrou local satisfatório para instalar de novo a sua casa e atelier”

Ministrou aulas particulares também em sua casa, preferencialmente para pessoas sem recursos, como forma de doação. Faleceu em outubro de 1949, já doente, devido à sua idade avançada (GUIMARAES, 2008).

Referências
Bibliográficas:

GUIMARÃES, D.V.S. Algumas considerações acerca da formação e atuação dos principais pintores sergipanos no século XIX. Sergipe: Scientia Plena, vol. 4, n. 5, 2008.

OLSZEWSKI FILHA, Sofia. A fotografia e o negro na cidade do Salvador. Salvador: EGBA, Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1989.

SAMPAIO, Maria Guimarães et al. A fotografia na Bahia 1839 – 2006. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Funcultura; Asa Foto, 2006.

SANTOS, Oséas Alves dos; SANTOS, Isaura dos. A vida de um pintor. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Aracaju. N°. 26, v. 22, 1965.

 
Arquivísticas:

ATA em 10 de agosto de 1892, Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, f.135.

ATA em 14 de fevereiro de 1894, Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, f.146.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Telma Cristina Damasceno Silva-Fath

Data de inclusão:

10/12/2014

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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2 Responses to “Oséas Alves dos Santos”

  1. Antônio da Cruz

    Olá, gostei desta informação. É bom conhecer conterrâneos que tenham se destacado fora do seu local de origem. Maroim, ou Maruim, foi uma cidade muito importante, político e economicamente desde a sua independência de Santo Amaro em 1854 até os anos 50 do século XX.

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  2. Andre Luiz Pimentel

    Provavelmente Oseas é meu bisavô de um relacionamento. Gostaria de saber mais da vida dele, filhos, sua ligação com a Maçonaria para conhece-lo melhor.

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