Artista autodidata com incursões em fotografia, cinema, pintura, desenho e literatura. Fundador do Foto-Cine Clube da Bahia (1967) ao lado de outros jovens artistas. Realizou filmes e fotografias nos anos 1970. Escritor de textos jornalísticos, poéticos e memorialistas, a sua produção dialoga com as ciências sociais e a crítica político-social. Seus desenhos possuem estilo caricatural e integram palavras, frases e poemas, combinando memória, história e crítica a acontecimentos recentes.
ALMEIDA, Maria de Fátima Fontoura. Jornada Internacional de Cinema da Bahia: A História. 2006. 107 f. Monografia (Graduação em Jornalismo). Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2006.
AFRÂNIO PEIXOTO. Biografia. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/afranio-peixoto/biografia Acesso em: 06 jun. 2024.
PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.
______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura. Brasília: Kiron, 2020.
TEIXEIRA, Rodolfo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus (1943-1995). 3. ed. Salvador: EDUFBA, 2001.
TRIBUNA DO NORTE. A Casa do Brasil. 3 mai. 2015. Disponível em https://tribunadonorte.com.br/colunas/artigos/a-casa-do-brasil/ Acesso em: 21 JUN. 2024.
Arquivísticas:
Documentos do Arquivo pessoal de José Mário Peixoto Costa Pinto, entre fotografias, recortes de jornais etc.
Ministério da Educação e Cultura; Universidade Federal da Bahia. Programa de Desenvolvimento Integrado da Cidade Monumento de Cachoeira (PRODESCA). Salvador, BA, 1976.
Relatório das Obras a cargo do Engenheiro Dr. Francisco Pereira de Aguiar. De dezembro de 1856 e de janeiro a julho de 1857. Obras Geraes. 11 fls. Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/pdf/130605/per130605_1857_00002.pdf Acesso em 20 jun. 2024.
Eletrônicas seguidas dos links:
ATIVIDADES de José Mário Costa Pinto. Disponível em http://josemariopeixotocostapinto.blogspot.com/2008/02/atividades-de-jos-mrio-peixoto-costa.html Acesso em 03 mai. 2024.
IPATRIMÔNIO. Cachoeira. Capela d’Ajuda. Disponível em: https://www.ipatrimonio.org/cachoeira-capela-da-ajuda/#!/map=38329&loc=-23.54728759012553,-406.6590642929077,17 Acesso em 16 jun. 2024.
JAGUARIPE. Barreiras de Jacuruna. Disponível em: https://www.jaguaripe.tur.br/barreiras/ Acesso em 20 jun. 2024.
LECY, Tacun. Gratidão à Iyá Maria Lameu. 05 abr. 2020. Disponível em: https://www.tacunlecy.com/ Acesso em 16 jun. 2024.
Bibliografia
Livros e Catálogos:
PINTO, José Mário Peixoto Costa (Org.). Árvore Genealógica: Dois séculos de História. Salvador: Atelier Aguiar Costa Pinto, 2022.
PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.
______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura. Brasília: Kiron, 2020.
PINTO, Noelice Nascimento Costa; COSTA, José Mário Peixoto. Cuba: Um Povo Heróico, 1992.
______. Poesias: Vida - Luta – Amor. Alagoas, Maceió: Atelier Costa Pinto, 2004.
(José Mário Peixoto Costa Pinto. Salvador, Bahia 28 de fevereiro de 1938).
Fotografia (detalhe) cedida pelo artista.
Artista autodidata.
Graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL) em 1964.
Período de atividade: Fotografia, a partir dos anos 1960; Desenho desde os anos 2000.
Principais especialidades: Fotografia, Cinema e Literatura.
Outras atividades: Desenho e Pintura.
Assinatura de José Mário Costa Pinho, extraída de desenho sobre papel, intitulado Capela d”Ajuda, datado 21/08/2020.
Assinatura extraída de desenho sobre papel, datado 19/04/21 (aniversário de Hansen Bahia).
Nascido em Salvador, Bahia, no dia 28 de fevereiro de 1938, José Mário Peixoto Costa Pinto é filho de Lourdes Peixoto Costa Pinto (Dona Lulu) e Joaquim da Costa Pinto Netto, professor e sociólogo. Em 1964, casou-se com a artista plástica Noelice Nascimento Costa Pinto, estabelecendo uma forte relação de cumplicidade na vida e na arte; têm três filhos, quatro netas e quatro netos.
A sua formação escolar se deu no Colégio Jesus Maria José e no Colégio Sophia Costa Pinto em Salvador. Na época em que seu pai trabalhava no Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa, ao lado do pesquisador e educador Anísio Teixeira, José Mário foi semi-interno no Colégio Brasil Américas, depois, foi interno do Colégio Werneck em Petrópolis, voltando para Salvador, onde continuou seus estudos.
Ainda na infância, José Mário cursara aulas particulares de francês e inglês, assim como aulas de violino com o mestre Anplilofio de Oliveira. Participou da Orquestra Infanto-Juvenil da Hora da Criança, organizada por Adroaldo Ribeiro Costa (PINTO, 2020, p. 649-650). Na sua estadia no Rio de Janeiro, na adolescência, frequentava o teatro de revista e teve contato com marchinhas do carnaval carioca, que ficaram em sua memória (PINTO, 2020, p. 655), como comenta:
Fui várias vezes assistir Emilinha Borba, Marlene, Dercy Gonçalves, Orlando Silva cantarem as marchinhas e os sambinhas deliciosos daquela época. Ali vi pela primeira vez uma novela engraçada com Chico Anísio e muitos dos que trabalharam com ele [...], o que me fez um bem enorme, pois adoro os carnavais passados, o humor inteligente, a amizade e a cordialidade do nosso povo brasileiro, hoje massacrado pelo capitalismo internacional. (PINTO, 2020, p. 654).
Juiz de Direito aposentado do Tribunal de Justiça da Bahia, José Mário José Mário Costa Pinto formou-se em Direito pela Universidade Católica do Salvador em 1964. Advogou para diversas empresas baianas ao longo de anos até tomar posse como Juiz de Direito concursado, do Tribunal de Justiça da Bahia, a fim de atuar no interior do Estado. Assim descobriu cidades como Mutuípe e São Félix, até voltar para Salvador. Enfrentou dificuldades, tendo em vista o costume de apadrinhamentos políticos para ocupar vaga mais próxima da capital, como desejado pela maioria, o que relata em livro (PINTO, 2020, p. 672-674). Foi Diretor do Ministério Público do Estado da Bahia por oito anos.
Durante o seu curso de Direito, em Salvador, Costa Pinto foi se voltando para a Fotografia. Depois de formado, trabalhou na Biblioteca do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), onde teve estreito contato com fotos da África e do Oriente; depois foi secretário da Faculdade de Arquitetura, local que conserva importante acervo de slides, particularmente, o Centro de Estudos da Arquitetura da Bahia (CEAB) (PINTO, 2021, p. 14). Ainda na UFBA, colaborou no Instituto de Ciências Sociais, dirigido na época pelo professor Valentin Calderon, grande interessado por fotografia (PINTO, 2021, p. 15).
Nos anos 1960, jovens cineastas enfrentavam a resistência ao cinema nacional e lutavam pela liberdade de expressão durante a ditadura militar (1964-1984). Nessa época, artistas plásticos, fotógrafos e cineastas estavam em busca de representar os problemas sociais e políticos brasileiros através da arte, assim como frequentavam ambientes voltados a interesses culturais comuns.
Destarte, na Salvador de 1967, José Mário Costa Pinto fundou o Foto-Cine Clube da Bahia, em Salvador, que presidiu ao longo de dez anos. A primeira diretoria foi composta por ele, Aldo Dortas Prado, Amando Branco, Ronilda Negrão, Ney Negrão e Cidélia Argôlo (PINTO, 2021, p. 47). Os participantes do Foto-Cine eram, em geral, jovens que se encontravam quase diariamente na Galeria Bazart, no Politeama de Cima, propriedade de José Castro. O grupo promovia palestras, lançamentos de livros entre outros eventos (PINTO, 2021, p. 8 e 16). O Foto-Cine Clube era frequentado por uma centena de jovens, tanto profissionais de jornais, revistas e depois de televisão, quanto professores e estudantes da EBA – UFBA, a exemplo de:
Juarez Paraíso, Riolan Coutinho, Mercedes Kruschewsky, José Queiroz, Noelice Costa Pinto, Glauber Rocha, Aldo Dortas Prado, Armando Branco, Ronilda Negrão, Ney Negrão, Cidélia Argolo, Carlos Alberto Gaudenzi (Kabá), Lázaro Torres, Athayde, Valentin Calderon, irmão Tarciso, diretor da gráfica do Convento Beneditino da Bahia, Alberico Mota, Sílvio Robatto, Jamison Pedra, Luiz Júlio Ferreira, Orlando Rego [e] Luciana Aguiar (PINTO, 2021, p. 9).
O clube de fotografia e cinema organizou cinco Salões de Fotografia Contemporânea entre 1968 e 1977. Os quatro primeiros ocorreram em Salvador, no foyer do Teatro Castro Alves, já a sua quinta edição teve lugar na cidade de Cachoeira durante o II Festival de Arte (PINTO, 2021, p.16 -17).
Em Cachoeira, no Recôncavo baiano, a dinâmica das atividades culturais vinha sendo fortalecida desde os anos 1970, com a execução do Programa de Desenvolvimento de Cachoeira (Prodesca), parceria entre o MEC, por meio da Universidade Federal da Bahia, e a Prefeitura da Cachoeira (gestão de Edson Ivo Santana), de extrema importância para a cidade de Cachoeira, pelo compromisso da Universidade no investimento na promover interações e trocas com participação da sociedade local. No campo artístico, no contexto do Programa, o Projeto Cachoeira ofereceu cursos de artes – desenho e pintura, gravura etc.–, sob a coordenação geral do Prof. Fernando Fonseca, subcoordenação do Prof. Ivo Vellame e coordenação local de Noelice Costa Pinto, conforme Projeto Cachoeira (UFBA e Prefeitura Municipal da Cachoeira, 1976), com a participação de professores e artistas, como Ailton Lima, João José Rescala, Hansen Bahia, Ilse Hansen. Carybé, Calasans Neto e Sante Scaldaferri. Para as aulas de fotografia, foi montado um laboratório, sediado na casa de um dos membros do Foto Cine-Clube, na época,o professor Raimundo Cerqueira. Aí, Carlos Aberto Gaudenzi ministrou aulas de fotografia e José Mário, de noções de cinema, entre outras atividades.
Dois festivais de arte foram realizados entre 1976 e 1977, através da parceria entre Funarte, MEC e a Prefeitura do Município da Cachoeira, com forte repercussão pela participação de artistas externos e locais. A programação incluiu exposições de Artes Plásticas, Salão de Fotografia, Festival de Música Popular; Mostra de Filme Super 8 mm e Festival de Poesia. José Mário foi membro da comissão organizadora nos dois festivais.
A criação da Jornada de Cinema na Bahia, em 1972, proporcionou a premiação de filmes da produção baiana e sobre tema baianos, nas categorias e Super-8 e 16mm. Houve duas seções na Programação do evento em sua primeira edição: Mostra Informativa e Mostra Competitiva (ALMEIDA, 2006, p. 19). Na segunda, seis filmes foram inscritos, dos quais três eram documentários: Caminhos, de José Mário Costa Pinto e Aldo Dortas Prado; Candomblé, de Leão Rozemberg; Vila São Francisco do Conde, de Vito Diniz; um experimental, Ementário, do Grupo Trabalho, orientado por Chico Liberato; um ficcional, Por Que? de José Carlos Menezes; e um tragédia social, Vôo Interrompido, de José Umberto (ALMEIDA, 2006, p. 19).
Caminhos, dirigido por José Mário e pelo sociólogo Aldo Prado, denuncia a marginalidade na infância e na adolescência, atrelada à falta de perspectivas de algumas camadas sociais. Atuaram nesse filme um jovem de treze anos (menor em casa de acolhimento) e um prisioneiro (Penitenciária). Ambos foram autorizados pelo Secretário de Justiça a participar, assim como a noiva, uma cidadã que estava figurando em filmagem na rua 28 de Setembro, no Pelourinho; esta atuou como “a noiva”. A cena principal é a sua entrada, , portando apenas um véu, para se casar na igreja (Capela do Solar do Unhão), imaginando estar se casando com o homem “preso” (PINTO, 2021, p. 76-79). A música do filme Caminhos é do cantor e violonista Luciano e de Walter Smetak; o filme foi montado na Riosom (RJ).
Nos anos 1970, José Mário tornou-se ogã de dois terreiros de candomblé, do IIê Axé Itayle (Cachoeira, BA), fundado em 1950 por Mãe Filhinha (Narcisa Cândida da Conceição), e do Terreiro Dacossidê (São Félix, hoje em Cruz das Almas), da ialorixá Mariá Lameu, Foi no primeiro (IIê Axé Itayle) que ele filmou O Poder dos Orixás no mês de janeiro de 1976, com o apoio da Funarte, UFBA e do Foto-Cine Clube da Bahia. Também, foi premiado no mesmo ano na II Mostra Baiana do Filme Super 8, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira.
José Mário Peixoto expôs fotografias em vários estados do Brasil e no exterior, sobre seus temas preferidos, casarios, feiras livres, pescadores, gente no candomblé e, nas ruas de Salvador. Atualmente fotografa plantas, frutas, pássaros e fenômenos da natureza. (Informado pelo artista). Entre as décadas de 1960 e 1980, ele e Noelice montaram um pequeno laboratório de fotografia, onde transformavam os negativos em “arte preta e branca”, sendo que muitos se perderam pela ação do tempo; outros, foram emprestados a exposições que participaram fora da Bahia e do Brasil, vários dos quais não retornaram. (Informado pelo artista; PINTO, 2021).
Noelice e José Mário inauguraram a Galeria Amanda Costa Pinto, na cidade de Cachoeira, com exposição que foi noticiado em jornais na época; ela apresentava gravuras e pinturas e José Mário, pinturas a óleo. Segundo nota: “Fortemente influenciado por sua mulher, José Mário, em seu autodidatismo impressionante, faz brotar na tela toda a sua imensa sensibilidade humana, às vezes com um forte tom nervoso, outras com uma calma divina, passando do neo-abstrato para as tranquilas paisagens do recôncavo.” (Jornal da Bahia, 1975) Segundo o artista, as suas representações pictóricas versavam sobre a “Bahia colonial”, aspectos da “Bahia negra” e cenas no “Tabaris”, casa noturna muito frequentada pela boemia baiana nos anos 1950 e 1960, situada na Barrroquinha, atrás do atual Cine Guarany, hoje Cine Glauber Rocha. (Informação do artista, 2024).
Uma forte proximidade entre Hansen Bahia, Ilse Stromeier Hansen, Noelice e José Mário se estabeleceu, pois Noelice fez a sua formação em gravura com Hansen a partir de 1967. O casal acompanhou o processo de doação pelo artista alemão do acervo de sua propriedade ao município da Cachoeira (Testamento, 21 jul. 1976); também deram apoio à Ilse e na constituição da Fundação Hansen Bahia.
A relação de José Mário Costa Pinto com a escrita firma-se através de seus poemas e da sua filiação à Academia Internacional de Letras do Rio de Janeiro. No meio jornalístico, foi colunista do Diário de Notícias (Universidade em Foco), colaborou com matérias para o Jornal da Bahia, entre outros, além de ter sido articulista da Tribuna da Bahia e do Diário dos Associados. Em parceria com Noelice, é autor dos livros: Poesias: Vida – Luta – Amor (2004), livro no estilo poema antropológico; e Cuba: Um Povo Heróico (1992). É autor dos livros História é Memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura (2020) e Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” (2021).
Seus desenhos incorporam palavras, frases e poemas; são realizados a nanquim, com canetas bico de pena, lápis e/ou, giz pastel sobre papel, sobre papel Canson gramatura: 200g/m², formato A3 (42×29,7cm) e A4 (29,7x21cm) Abordam temas sociais e políticos, que denotam a sua insatisfação com a desigualdade. Em 2014, fez um álbum intitulado “Desenhos da realidade brasileira”. Crítico ao capitalismo, ao imperialismo e à globalização, enfatizam, nos últimos anos, a corrupção política social e econômica, a poluição global, o enfrentamento à pandemia do covid-19.
Mas essas não são as únicas temáticas abordadas pelo inquieto artista, pois percorre temas do campo da cultura, rendendo homenagens a personagens e instituições. No desenho Bicentenário da Faculdade de Medicina (2008), por exemplo, homenageia a instituição baiana, na figura de seu tio-avô, Júlio Afrânio Peixoto (1876-1947), diplomado em Medicina em 1897, por essa instituição, onde atuou como docente e se destacou na literatura, por seus romances regionalistas, um deles intitulado Maria Bonita (1914) e por romances urbanos. Afrânio Peixoto escreveu ensaios sobre Camões, Castro Alves e Euclides da Cunha (AFRÂNIO PEIXOTO). A Faculdade de Medicina foi, igualmente, local de formação e atuação de seu avô paterno José de Aguiar Costa Pinto, cuja tese intitula-se A Graphologia em Medicina Legal (1900), campo que suscitou polêmicas ao longo do século XX. José de Aguiar também atuou na política e no jornalismo.
As histórias do cangaço fascinaram artistas, músicos, cineastas e escritores. Empregando a técnica do desenho associado a texto, Costa Pinto legenda presta homenagem à Maria Bonita (Maria Gomes de Oliveira) (1911-2011), primeira mulher a ingressar no cangaço no bando de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva). Além disso, escreveu o texto “A Guerrilha de Lampião contra Fazendeiros e Governos de 1930”, no qual contextualiza o período de 1889 aos anos 1930, quando “fazendeiros e governos estaduais no Brasil, especialmente no Nordeste, massacravam o povo camponês [...]”. Questiona se Lampião era bandido ou reagiu às mortes a recadeiros, analfabetos que viviam de forme miserável; afirma ainda que Lampião não seria mais bandido do que Getúlio Vargas e fascistas/integralistas daquela época (PINTO, 2020, p. 44). Esse texto compõe o livro História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura (2020), que reúne memórias e histórias sobre cientistas, médicos, artistas e amigos.
Desse modo, são diversas as experiências deste multiartista autodidata, que contribuiu para o foto-cine clubismo no contexto baiano por cerca de dez anos (1967-1977), que experimentou a pintura e encontrou através da literatura e do desenho meio de expressar pensamentos, críticas e sonhos de forma original.
(?) – Salvador, BA. I Mostra Fotográfica Leão Rozemberg. patrocínio da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia.
1975 – Berlim, Alemanha. Festival de Cinema.
1975 – Costa del Sol, Espanha. Festival Internacional do Autor.
1975 – Cachoeira, BA. Exposição de Noelice e Mário Costa Pinto, na Galeria Amanda Costa Pinto.
1976 – Cachoeira, BA. II Mostra Baiana do Filme Super 8, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira.
(?) – Salvador, BA. I Mostra Fotográfica Leão Rozemberg, patrocínio da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia (2.º lugar).
1972 – I Jornada de Curta Metragem da Universidade Federal da Bahia (2.º lugar).
1975 – Berlim, Alemanha. Festival Internacional de Cinema, com o filme Caminhos (Wege). 16 min. (Menção honrosa).
1975 – Festival Internacional do Autor, Costa dela Sol, Espanha, com o filme Caminhos (Menção honrosa).
1976 – II Mostra Baiana do Filme Super 8, Cachoeira, BA, parte integrante do I Festival de Arte de Cachoeira, com o filme O Poder dos Orixás. 30 min. (2.º Lugar).
ALMEIDA, Maria de Fátima Fontoura. Jornada Internacional de Cinema da Bahia: A História. 2006. 107 f. Monografia (Graduação em Jornalismo). Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2006.
AFRÂNIO PEIXOTO. Biografia. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/afranio-peixoto/biografia Acesso em: 06 jun. 2024.
PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.
______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura. Brasília: Kiron, 2020.
TEIXEIRA, Rodolfo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus (1943-1995). 3. ed. Salvador: EDUFBA, 2001.
TRIBUNA DO NORTE. A Casa do Brasil. 3 mai. 2015. Disponível em https://tribunadonorte.com.br/colunas/artigos/a-casa-do-brasil/ Acesso em: 21 JUN. 2024.
Arquivísticas:
Documentos do Arquivo pessoal de José Mário Peixoto Costa Pinto, entre fotografias, recortes de jornais etc.
Ministério da Educação e Cultura; Universidade Federal da Bahia. Programa de Desenvolvimento Integrado da Cidade Monumento de Cachoeira (PRODESCA). Salvador, BA, 1976.
Relatório das Obras a cargo do Engenheiro Dr. Francisco Pereira de Aguiar. De dezembro de 1856 e de janeiro a julho de 1857. Obras Geraes. 11 fls. Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/pdf/130605/per130605_1857_00002.pdf Acesso em 20 jun. 2024.
Eletrônicas seguidas dos links:
ATIVIDADES de José Mário Costa Pinto. Disponível em http://josemariopeixotocostapinto.blogspot.com/2008/02/atividades-de-jos-mrio-peixoto-costa.html Acesso em 03 mai. 2024.
IPATRIMÔNIO. Cachoeira. Capela d’Ajuda. Disponível em: https://www.ipatrimonio.org/cachoeira-capela-da-ajuda/#!/map=38329&loc=-23.54728759012553,-406.6590642929077,17 Acesso em 16 jun. 2024.
JAGUARIPE. Barreiras de Jacuruna. Disponível em: https://www.jaguaripe.tur.br/barreiras/ Acesso em 20 jun. 2024.
LECY, Tacun. Gratidão à Iyá Maria Lameu. 05 abr. 2020. Disponível em: https://www.tacunlecy.com/ Acesso em 16 jun. 2024.
Bibliografia
Livros e Catálogos:
PINTO, José Mário Peixoto Costa (Org.). Árvore Genealógica: Dois séculos de História. Salvador: Atelier Aguiar Costa Pinto, 2022.
PINTO, José Mário Peixoto Costa. Foto-Cine Clube da Bahia: Época de uma luta contra a ditadura com “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Brasília: Kiron, 2021.
______. História é memória: Poder do crânio, da Educação e da Cultura. Brasília: Kiron, 2020.
PINTO, Noelice Nascimento Costa; COSTA, José Mário Peixoto. Cuba: Um Povo Heróico, 1992.
______. Poesias: Vida - Luta – Amor. Alagoas, Maceió: Atelier Costa Pinto, 2004.
Autores(as) do verbete:
Data de inclusão:
01/07/2024
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)