RESCALA, João José (João José Rescala. Rio de Janeiro, Brasil, 08 de janeiro de 1910 – Salvador, Bahia, Brasil, 08 de julho de 1986) Retrato: Formação: 1927– Rio de Janeiro, RJ – Inicia estudos de pintura no Liceu de Artes e ofícios (RJ). No mesmo ano recebe, daquela Instituição, sua primeira premiação, a Grande[...]
AMADO, Jorge. Bahia de Todos os Santos: guia das ruas e dos mistérios da cidade de Salvador. São Paulo: Martins. 1973. 263 p.
BALTIERI, Rosana Rocha. João José Rescala: teoria, conservação e restauração da pintura em Salvador (1952-1980). Salvador, 2012
LINS, Eugenio de Ávila. Preservação no Brasil: a busca de uma identidade. 1989. 328f. Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1989.
MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakoteke,1982.
MICELI, Sergio. Intelectuais a brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 440 p.
_____ Imagens negociadas retratos da elite brasileira (1920-40): São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SPHAN Memória Oral. Depoimento de João José Rescala. Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, SPHAN, Fundação Nacional Pró-Memória, 1988.
Arquivo Central do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. Rio de Janeiro, RJ:
FICHA de inventário da Igreja de Nª. Sª. da Abadia”. Cx.0110/Env. 02. IPHAN, Rio de Janeiro.
FACHADA da Igreja de São Francisco de Paula. Cx.0111/Env. 01. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Igreja do Carmo. Cx.0038/Env. 02. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA de inventário do Chafariz de Goiás. Cx.0109/Env. 09. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA de inventário da Rancharia dos Camboeiros. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Matriz de Nª. Sª. da Palma. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Câmara Municipal e Cadeia de Itapipoca. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
PROPOSTA de voto de louvor a Rescala. Conselho Consultivo da DPHAN [1938-1963]. Pasta 28.
Arquivo Histórico da 7ª S. R. do IPHAN. Bahia, BA:
COMUNICAÇÃO do Atelier de Restauração de Obras de Arte do 2º Distrito ao I Seminário de Estudos Sobre o Nordeste. Documento avulso. Setor de Restauro da 7ª Regional do IPHAN.
RELATÓRIO do Atelier de Restauração. 1977-1978. Arquivo Histórico da 7ª S. R. do IPHAN. CX 28.1.
OBRAS de Arte Restauradas. Documento avulso. Setor de Restauro da 7ª Regional do IPHAN.
FICHA de Exame de Obras de Arte. Documentos avulsos referentes a diversos trabalhos.
Arquivo da Família Rescala:
CORRESPONDÊNCIA de Pancetti de 19 de novembro de 1933.
CORRESPONDÊNCIA de Rescala para Soeiro com data de 18 de junho de 1974
PORTARIA de nº 17 de 11 de novembro de 1947
CERTIFICADO da Grande Medalha de Prata do Lyceu de Artes e Ofícios. 1928.
CERTIFICADO da Medalha de Prata do SNBA. 1939.
CERTIFICADO do Prêmio de Viagem no País. 1937.
CERTIFICADO da Escola Nacional de Belas Artes.
CERTIFICADO do Museu Nacional.
PAINTINGS by Rescala: catálogo de exposição. Instituto da América Latina: New York, 1945.
CONVITE da Exposição realizada em Madrid em 1959.
CARTÃO de agradecimento do Comitê do Fundo Internacional para Florença. 1969.
RELAÇÃO DE CONDECORAÇÕES s/d.
Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. Universidade Federal da Bahia, UFBA:
RELAÇÃO de Títulos apresentados na EBA-UFBA. Envelope 108, 831 p. 699 – 700.
CERTIDÃO de registro de casamento. Envelope 108. p. 45.
QUESTIONÁRIO de Comissão de Formação e Aperfeiçoamento de Pessoal Docente. Envelope 108. p.162
DECRETO PRESIDENCIAL da nomeação de Rescala como Professor Catedrático em 1955. Envelope 108; p. 145.
CADERNETAS do Curso de Especialização em Teoria Conservação e Restauração 1964. Cadernetas Escolares ano 1965, Cx 25.
PROPOSTA de concessão de Título de Professor Emérito da UFBA. Envelope 108; p. 05.
CORRESPONDÊNCIA do Diretor Mendonça Filho, convidando Rescala para lecionar na EBA-UBA em 1952. Envelope 108, p. 829.
OFÍCIO de número 775 do Diretor da Escola. Envelope 108; p. 269.
OFÍCIO de número 774 do Diretor da Escola. Envelope 108; p. 267.
CORRESPONDÊNCIA emitida pelo Sr. Henrique Marco Dorto, Diretor do Instituto de. Cultura Hispânica da UBFA, para Rescala. Envelope 108, p.289.
SOLICITAÇÃO de afastamento para estudos em Madrid, dirigida ao presidente da República. Envelope 108, p.313
Correio da Noite, Rio de Janeiro, 28 set.1943.
Correio da Bahia. Salvador, 20 set.1983.
Jornal da Bahia, Salvador, 26 jan.1976.
Vamos Ler!, Rio de Janeiro, 16 dez. 1943.
Ultima Hora. Brasília, 25 jan. 1986.
O Popular, Goiânia, 14 mai. 2000.
RESCALA, João José (João José Rescala. Rio de Janeiro, Brasil, 08 de janeiro de 1910 – Salvador, Bahia, Brasil, 08 de julho de 1986)
1927– Rio de Janeiro, RJ – Inicia estudos de pintura no Liceu de Artes e ofícios (RJ). No mesmo ano recebe, daquela Instituição, sua primeira premiação, a Grande Medalha de Prata e seu respectivo diploma de premiação.
1928 – Rio de Janeiro, RJ – Frequentou o Curso de Pintura Livre na Escola Nacional de Belas Artes.
1944 – New York, EU – Curso de Pintura na New Scholl for Social Research.
1948 – Rio de Janeiro, RJ – Curso de Restauração da Pintura no Atelier de Restauração da DPHAN, com o Profº Edson Motta. AHEBA.
1959 – Madrid, España – Curso de Conservação e restauração na Universidade de San Fernando.
1927 a 1986.
Pintor e restaurador.
Professor de pintura e restauro.
Nascido no Rio de Janeiro, Brasil, em 08 de janeiro de 1910, João José Rescala se destacou no cenário artístico nacional dedicando sua vida a três segmentos profissionais relacionados à arte: a pintura, a restauração de objetos de arte e o ensino da disciplina Teoria, Conservação e Restauração da Pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia – EBA-UFBA (BALTIERI, 2012).
Descobriu o gosto pela pintura ainda menino observando artistas anônimos que pintavam no bairro onde morava (Vamos Ler! 1943). Em 1927 ingressa no Liceu de Artes e Ofícios (RJ) onde obteve sua primeira premiação.
Em busca de um melhor direcionamento à arte que vinha praticando, Rescala frequentou o Curso de Pintura da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) entre os anos de 1928 e 1934. No bojo da Escola Nacional de Belas Artes, aliou-se a um grupo de alunos que propuseram a formação de um movimento em prol ao modernismo carioca: o Núcleo Bernardelli. Entre seus integrantes estavam Edson Motta, Ado Malagoli, Fernando Barreto, Jacinto Magno Trindade, Bustamante Sá, Quirino Campofiorito, Manuel Santiago, Milton Dacosta, Martinho de Haro e João José Rescala, o qual considerava o Núcleo uma verdadeira escola (Idem).
No Núcleo Bernardelli, Rescala teve uma participação muito ativa, participando dos Salões do Núcleo e, também, colaborando no ensino das técnicas de pintura a muitos dos alunos que procuravam por suas orientações destacando-se, entre eles, José Pancetti que participou do grupo durante determinado período recebendo de Rescala as primeiras lições de pintura (CORRESPONDÊNCIA de Pancetti. 1933).
Os objetivos dos participantes do Núcleo Bernardelli, segundo Frederico Morais, eram a democratização e renovação do ensino das artes, bem como a geração de oportunidades para que novos artistas participassem do Salão Nacional de Belas Artes (SNBA). Iiniciou-se assim uma luta, ainda que cautelosa, “contra os dois pilares do poder acadêmico institucional: a Escola Nacional de Belas Artes e o Salão Nacional de Belas Artes” (MORAIS, 1982, p. 32).
De acordo com Sergio Miceli (1996, p. 19), os prêmios proporcionados pelo SNBA ascendiam a carreia do artista vencedor do Premio de Viagem ao Exterior ou ao País e, além disso, a premiação era também uma garantia de sobrevivência para os artistas (MORAIS, 1982, p. 58). Foi, portanto, um intento muito aguardado pelos membros do Núcleo, que puderam saborear essa conquista quando Edson Motta, presidente do Núcleo, conquistou o Premio de Viagem ao Exterior em 1936. A partir de então, as portas do SNBA estavam abertas para os modernos e muitos dos participantes do Núcleo Bernardelli foram destacados com as premiações.
Quanto a Rescala, foi brindado duplamente pelo SNBA. A primeira vez em 1937 com o Premio de Viagem ao País, apresentando a obra intitulada “Retratos de Meus Pais”, a segunda vez em 1943 com o Premio de Viagem ao Exterior com a obra “Água”. Não esquecendo as Medalhas, de Bronze e Prata, conquistadas.
O projeto de Rescala para o premio de 1937, estabelecia sua passagem por diversas capitais do Norte e Nordeste brasileiro, nas quais planejava retratar paisagens e os costumes das localidades por onde passaria (CORREIO DA NOITE, 1937). Essa intenção, de certa forma, comungava com os objetivos nacionalistas em voga naquele momento e, também, com os objetivos do o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Segundo Eugenio de Ávila Lins, naquele ano, era o SPHAN responsável pelo regulamento e organização do SNBA (LINS, 1989, p. 220). Tal circunstancia, favoreceu o estabelecimento de uma relação próxima entre o artista premiado e o diretor daquele Órgão, Rodrigo Melo Franco de Andrade.
O primeiro contato entre Rescala e Rodrigo ocorreu, por tanto, quando da autorização para o início da sua viagem pelo País, momento no qual lhe foi solicitado que mantivesse o SPHAN informado a respeito de suas possíveis descobertas durante a viagem pelos estados do Norte e Nordeste. Descobertas, naturalmente, que se mostrassem alinhadas aos interesses do Órgão (BALTIERI, 2012, p.63-64).
Nos Estados percorridos, desenvolveu estudos de pintura e mostras, em exposições, dos resultados obtidos em cada cidade por onde passou mantendo, sempre, um constante contato com o diretor do SPHAN. Retornou ao Rio de Janeiro, em 1939, onde, em exposição intitulada “Paisagem e Motivos Brasileiros”, organizada pela Sociedade Brasileira de Belas Artes, apresentou o resultado final dos trabalhos desenvolvidos em cumprimento às obrigações impostas pelas regras das premiações do SNBA (CONVITE, 1939)).
Nesta ocasião, recebeu de Rodrigo de Mello Franco o convite para desenvolver o inventário dos bens artísticos no Estado de Goiás na qualidade de representante do SPHAN. É possível que o convite para que Rescala participasse temporariamente dos trabalhos do SPHAN, tenha sido influenciado por sua postura preservacionista, confirmada quando, em Vitória (ES), conseguiu impedir uma prática criminosa através de denuncia feita por correspondência ao Diretor do SPHAN (SPHAN, 1988.). Outro motivo provável seria a familiaridade do artista com os estados nordestinos, obtida durante o gozo do Premio de Viagem ao País, bem como os resultados alcançados e constatados através da exposição realizada quando do seu retorno ao Rio de Janeiro. Esta lhe rendeu homenagens por parte de membros do Conselho Consultivo do SPHAN, manifestadas em voto de louvor, registrado em Ato do Conselho. Ao concluir o trabalho em Goiás, o convite foi renovado em 1942, desta vez para os inventários no Ceará.
Durante os trabalhos realizados em Goiás, onde cadastrou diversos monumentos civis e religiosos, Rescala descobriu ou redescobriu o artista Veiga Vale, escultor, dourador e policromador de obras sacras no estilo barroco, e o revelou através de uma exposição que o deixou conhecido em todo País. No Ceará além dos monumentos eruditos cadastrou, também, construções populares como a Rancharia dos Camboeiros e o Rancho com Tear para Rede.
Ainda em 1942 Rescala constitui laços matrimoniais com Maria Abrahão. Em função do casamento, e como garantia de uma estabilidade financeira, aceitou o emprego de ilustrador no Museu de História Natural (RJ) que se desenrolou em dois momentos: antes e após ter sido vencedor do Premio de Viagem ao Exterior no SNBA em 1943. Este prêmio foi desfrutado nos EUA e México, países onde também realizou exposições. Durante o período de dois anos fora do País, Rescala continuou mantendo contato com diretor do SPHAN em atendimento as questões solicitadas a favor do SPHAN.
De volta ao Brasil, Rescala retoma seu cargo no MHN. Paralelo ao trabalho, naquela instituição, iniciou sua formação prática em restauração, através do curso de Restauração de Obras de Arte, ministrado por Edson Motta.
Em 1949, foi contratado pelo SPHAN, conforme Portaria nº 17 de 11 novembro daquela instituição, na qual permaneceu até 1952 atuando, no Rio de janeiro, junto a Edson Motta em inestimáveis trabalhos de restauração de pinturas em diversos Estados brasileiros.
Em maio de 1952 aceita o convite do diretor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Manoel Inácio de Mendonça Filho, para implantar a disciplina Teoria, Conservação e Restauração da Pintura a qual lecionou, a princípio, na condição de professor contratado. Nessa ocasião, como funcionário do SPHAN conseguiu também sua transferência para Salvador onde, na 2ª Delegacia Regional daquela instituição, inaugurou um setor de restauro do qual se incumbiu.
Em 1954 foi aprovado em Concurso à Docência Livre da EBA/UFBA, permanecendo nessa condição até 1956 quando mais uma vez conseguiu aprovação no Concurso para Professor Catedrático da mesma universidade.
Os concursos foram realizados em suprimento da cadeira de Teoria, Conservação e Restauração da Pintura mas, Rescala assumiu também, embora por pouco tempo, as cadeiras de Desenho Croqui e Pintura na qual estimulou os alunos na técnica de encáustica.
No bojo da EBA/UFBA, Rescala desempenhou diversas funções administrativas, inclusive a de Diretor eleito em 1964. Nesse mesmo ano criou o primeiro curso de Especialização em Teoria Conservação e Restauração da Pintura. (BALTIERI. 2012; cap.III).
Em 1974 as atividades de Rescala, junto ao IPHAN, estiveram basicamente voltadas para os assuntos administrativos uma vez que precisou ocupar, temporariamente, a Direção do 2º Distrito em virtude da aposentadoria do então diretor, Godofredo Rabello de Figueiredo Filho, até a posse de Fernando da Rocha Perez, em 1975 (Correspondência de 18 de junho de 1974).
Em 1983 recebeu da UFBA o título de Professor Emérito da Universidade, proposto pela Congregação da EBA. Na solenidade de entrega do título o reitor Fernando Macedo Costa, em discurso, descreveu o evento como uma das cerimônias mais gratas promovidas pela Universidade, seguindo com reconhecimentos elogiosos à carreira do homenageado (Correio da Bahia, 1983).
O resultado de muitas de suas obras de restauração de objetos de arte se encontra na publicação de sua autoria, “Restauração de Obras de Arte: Pintura – Imaginária – Obras de talha” lançada em 1985 pelo Centro Editorial e Didático da UFBA que, durante muitos anos foi referencia para o estudo da disciplina na EBA/UFBA.
Ainda, em relação as atividades enquanto restaurador, é de se destacar sua experiência em Florença no ano de 1969 quando teve oportunidade de participar, como voluntário, do mutirão organizado naquela cidade italiana em favor da recuperação do acervo artístico e bibliográfico, após a enchente sofrida em 1966, que resultou na perda total ou parcial de grande parte do patrimônio florentino (Comitê do Fundo Internacional para Florença 1969).
Quanto a sua produção artística, foram muitas as exposições realizadas ao longo de sua carreira realizadas no Brasil, Estados Unidos, México e na Espanha. Consta ainda, em esboços biográficos, em posse da família, a indicação para participação da Bienal de Veneza em 1946.
Rescala desempenhou com eficiência e responsabilidade todas as funções de que se ocupou. Através do seu desempenho e seriedade, demonstrou comprometimento no Órgão do Patrimônio, assim como na Escola de Belas Artes da Bahia. Entretanto, seu perfil de artista apaixonado pela pintura, se sobressaiu a todas elas. Não por acaso, ao se aposentar decidiu dedicar-se exclusivamente a pintura, acenando negativamente ao convite do IPHAN para que continuasse prestando assessoria ao Atelier de Restauração de Obras de Arte daquele Órgão. (BALTIERI, 2012, p.14 e 32). A respeito da sua atuação na Bahia, Jorge Amado escreveu em seu livro”Bahia de Todos os Santos”:
“Esse pintor Rescála, filho de levantinos, herdeiro da cultura do Mediterrâneo, amoroso das igrejas e das baianas de torso e bata, é um benemérito da cidade de Salvador, que um dia o acolheu e ele se entregou, pois, entre os seus preferidos, a Bahia conta com os árabes, jamais soube resistir ao Oriente. Não só porque a pintou mil vezes em seus quadros – praias, barcos, velames, igrejas, mulatas, casarios – sempre com a mesma emoção e o mesmo amoroso profundo, mas porque salvou tesouros de arte num trabalho silencioso, não, porém, menos importante. Eis Rescala, merecedor de todos os títulos, de todos os prêmios, de toda a gratidão. Mestre na Escola de Belas Artes, no Salão. No Patrimônio Artístico e Histórico, mestre nas ruas da cidade, tímido e impetuoso, longe de toda a vaidade, trabalhando, construindo com saber, talento e amor”. (AMADO, 1973, p. 153)
Rescala faleceu em 08 de julho de 1986, deixando a viúva Maria Abrahão Rescala e seus filhos José Carlos de Rescala, Maria Alice de Rescala, João Paulo Rescala, Jorge Alberto de Rescala, Maria Cristina de Rescala e Luiz Antonio de Rescala, além de amigos, colegas e uma legião de fãs e admiradores.
1927 – Rio de Janeiro, RJ – Grande Medalha de Prata – Liceu de Artes e Ofícios.
1934 – Rio de Janeiro, RJ – Medalha de Bronze – Salão Nacional de Belas Artes.
1935 – Rio de Janeiro, RJ – Primeiro Prêmio de Pintura – Salão do Núcleo Bernardelli.
1937 – Rio de Janeiro, RJ – Prêmio de Viagem ao País – SNBA.
1938 – São Paulo, SP – Menção Honrosa – Salão Paulista de Belas Artes.
1939 – Rio de Janeiro, RJ – Medalha de Prata – SNBA.
1943 – Rio de Janeiro, RJ – Prêmio de Viagem ao Exterior – SNBA.
1947 – Rio de Janeiro, RJ – Prêmio Alberto Torres – Salão Fluminense de Belas Artes.
1948 – Rio de Janeiro, RJ – Prêmio João Batista da Costa – Salão Fluminense de Belas Artes.
1952 – Rio de Janeiro, RJ – Prêmio de Isenção do Júri – Salão Nacional de Arte Moderna.
1954 – Rio Grande do Sul, RGS – Prêmio Aquisição. Para o Museu de Arte de Porto Alegre – Salão Gaucho de Belas Artes.
1963 – Recife, PE – Primeiro Premio de Pintura – Salão Pernambucano de Belas Artes.
1983 – Salvador, BA – Menção Especial – Salão Nacional de Artes Plásticas Presciliano Silva (BA).
1958 – Medalha de Ouro Grau Acadêmico – Academia Brasileira de Belas Artes (RJ)
1963 – Título de Cidadão Baiano – Prefeitura de Salvador (BA)
1977 – Medalha da Ordem do Mérito – Governo do Estado da Bahia
1983 – Professor Emérito – Universidade Federal da Bahia.
1953 – Igreja de São Francisco. Restauração de 12 pinturas de grandes proporções
1953 – Igreja de Nª. Sª. da Palma. Restauração de 01 pintura intitulada “Nascimento de Cristo”
1953 – Igreja Nª. Sª. do Pilar. Restauração de 01 pintura de José Teófilo de Jesus
1955 – Mosteiro de São Bento. Restauração de imagens em terra cota e o nicho de Nossa Senhora das Dores
1956/57 – Igreja do Senhor do Bomfim. Restauração de 06 telas, sendo 02 da autoria de Capinam e 04 da autoria de José Teófilo de Jesus.
1958/59 – Igreja e Convento de Santa Teresa. Restauração de pinturas de tetos, altares, nichos, telas, talhas e imagens.
1956 – Museu do Estado. Restauro de 18 pinturas a óleo s/tela.
1960 – Museu do Estado. Restauro de 08 pinturas a óleo s/tela.
1960 – Santa Casa da Misericórdia. Restauração de 04 pinturas da Sacristia com motivos sacros
1967 – Igreja do Senhor do Bonfim. Restauração de 23 pinturas
1968/69 – Catedral Basílica de Salvador. Restauração de 42 pinturas; Altar de Nª Sª da Conceição, Altar de São Pedro, Imagens.
1969 – Quartel do IV Grupo de Artilharia. Restauração de 01 pintura
1969/70 – Igreja de Santana. Restauração de 10 pinturas da Sacristia; 10 peças de obras de talha; 04 altares e 08 grandes pinturas.
1970 – Igreja de Santo Antonio da Barra. Restauração do teto da nave e o da Sacristia; 06 pinturas e 01 nicho.
1971 – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Restauro de pinturas sobre tela.
1972 – Igreja da Graça. Restauração de 03 imagens
1972 – Igreja do Rosário dos Homens Pretos. Restauração de 04 pinturas
1972 – Capela do Pirajá. Restauração de 03 imagens
1972 – Convento de Nª Sª do Carmo. Restauração de 08 pinturas sobre tela
1973 – Igreja Basílica de Nª. Sª. da Conceição da Praia. Restauração de 13 pinturas sobre tela
1973 – Igreja da Barroquinha. Restauração de 02 pinturas da Nave
1973 – Liceu de Artes e Ofícios. Restauração de um grande retrato
1973 – Igreja N ª. Sª. da Vitória. Restauração de 14 pinturas
1973/74 – Ordem 3ª de São Francisco. Restauração de 53 pinturas; teto do Salão Nobre e 01 imagem
1972 – Capela do Pirajá. Restauração de 01 imagem
1973 – Convento de Nossa Senhora do Carmo. Restauração de 08 pinturas sobre tela.
1975/76 – Igreja de São Domingos. Restauração do teto decorado da Nave; 19 pinturas sobre tela
1976 – Convento do Desterro. Restauração dos tetos das Capelas de Nª Sª da Morte e Batismo de Cristo
1976 – Igreja da Catedral Basílica. Restauração de 03 grandes painéis à óleo sobre madeira, que pertenciam a Antiga Sé, para a exposição “Remanescentes da Antiga Sé”.(Jornal da Bahia, 1976).
1977 – Igreja do Pilar. Restauração do Altar Mor; as telas “Arca da Aliança”; “Comunhão do Sacramento”; “Descida da Cruz”; “Distribuição do pão e do vinho”; “Sacrifício da nova lei” e “Sacrifício do Cordeiro”, todas de José Teófilo de Jesus,
1977 – Capela de São Miguel. Restauração de 05 imagens
1978 – Igreja do Senhor do Bonfim. Restauração da imagem do Senhor do Bonfim
1979 – Catedral Basílica de Salvador. Restauração do teto decorado do corredor direito do Coro
1979 – Igreja da Graça. Restauração de uma imagem do Cristo crucificado
s/d – Câmara Municipal de Salvador. Restauro de diversas telas.
AMADO, Jorge. Bahia de Todos os Santos: guia das ruas e dos mistérios da cidade de Salvador. São Paulo: Martins. 1973. 263 p.
BALTIERI, Rosana Rocha. João José Rescala: teoria, conservação e restauração da pintura em Salvador (1952-1980). Salvador, 2012
LINS, Eugenio de Ávila. Preservação no Brasil: a busca de uma identidade. 1989. 328f. Dissertação (Mestrado de Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1989.
MORAIS, Frederico. Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40. Rio de Janeiro: Pinakoteke,1982.
MICELI, Sergio. Intelectuais a brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 440 p.
_____ Imagens negociadas retratos da elite brasileira (1920-40): São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SPHAN Memória Oral. Depoimento de João José Rescala. Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, SPHAN, Fundação Nacional Pró-Memória, 1988.
Arquivo Central do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. Rio de Janeiro, RJ:
FICHA de inventário da Igreja de Nª. Sª. da Abadia”. Cx.0110/Env. 02. IPHAN, Rio de Janeiro.
FACHADA da Igreja de São Francisco de Paula. Cx.0111/Env. 01. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Igreja do Carmo. Cx.0038/Env. 02. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA de inventário do Chafariz de Goiás. Cx.0109/Env. 09. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA de inventário da Rancharia dos Camboeiros. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Matriz de Nª. Sª. da Palma. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
FICHA do inventário da Câmara Municipal e Cadeia de Itapipoca. Arquivo Inventário/Ceará. IPHAN, Rio de Janeiro.
PROPOSTA de voto de louvor a Rescala. Conselho Consultivo da DPHAN [1938-1963]. Pasta 28.
Arquivo Histórico da 7ª S. R. do IPHAN. Bahia, BA:
COMUNICAÇÃO do Atelier de Restauração de Obras de Arte do 2º Distrito ao I Seminário de Estudos Sobre o Nordeste. Documento avulso. Setor de Restauro da 7ª Regional do IPHAN.
RELATÓRIO do Atelier de Restauração. 1977-1978. Arquivo Histórico da 7ª S. R. do IPHAN. CX 28.1.
OBRAS de Arte Restauradas. Documento avulso. Setor de Restauro da 7ª Regional do IPHAN.
FICHA de Exame de Obras de Arte. Documentos avulsos referentes a diversos trabalhos.
Arquivo da Família Rescala:
CORRESPONDÊNCIA de Pancetti de 19 de novembro de 1933.
CORRESPONDÊNCIA de Rescala para Soeiro com data de 18 de junho de 1974
PORTARIA de nº 17 de 11 de novembro de 1947
CERTIFICADO da Grande Medalha de Prata do Lyceu de Artes e Ofícios. 1928.
CERTIFICADO da Medalha de Prata do SNBA. 1939.
CERTIFICADO do Prêmio de Viagem no País. 1937.
CERTIFICADO da Escola Nacional de Belas Artes.
CERTIFICADO do Museu Nacional.
PAINTINGS by Rescala: catálogo de exposição. Instituto da América Latina: New York, 1945.
CONVITE da Exposição realizada em Madrid em 1959.
CARTÃO de agradecimento do Comitê do Fundo Internacional para Florença. 1969.
RELAÇÃO DE CONDECORAÇÕES s/d.
Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes. Universidade Federal da Bahia, UFBA:
RELAÇÃO de Títulos apresentados na EBA-UFBA. Envelope 108, 831 p. 699 – 700.
CERTIDÃO de registro de casamento. Envelope 108. p. 45.
QUESTIONÁRIO de Comissão de Formação e Aperfeiçoamento de Pessoal Docente. Envelope 108. p.162
DECRETO PRESIDENCIAL da nomeação de Rescala como Professor Catedrático em 1955. Envelope 108; p. 145.
CADERNETAS do Curso de Especialização em Teoria Conservação e Restauração 1964. Cadernetas Escolares ano 1965, Cx 25.
PROPOSTA de concessão de Título de Professor Emérito da UFBA. Envelope 108; p. 05.
CORRESPONDÊNCIA do Diretor Mendonça Filho, convidando Rescala para lecionar na EBA-UBA em 1952. Envelope 108, p. 829.
OFÍCIO de número 775 do Diretor da Escola. Envelope 108; p. 269.
OFÍCIO de número 774 do Diretor da Escola. Envelope 108; p. 267.
CORRESPONDÊNCIA emitida pelo Sr. Henrique Marco Dorto, Diretor do Instituto de. Cultura Hispânica da UBFA, para Rescala. Envelope 108, p.289.
SOLICITAÇÃO de afastamento para estudos em Madrid, dirigida ao presidente da República. Envelope 108, p.313
Correio da Noite, Rio de Janeiro, 28 set.1943.
Correio da Bahia. Salvador, 20 set.1983.
Jornal da Bahia, Salvador, 26 jan.1976.
Vamos Ler!, Rio de Janeiro, 16 dez. 1943.
Ultima Hora. Brasília, 25 jan. 1986.
O Popular, Goiânia, 14 mai. 2000.
Autores(as) do verbete:
Data de inclusão:
25/04/2014
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)