CORREIA, João Álvares.

Oficio: Pintor.

Período de atividade documentada: 1686, 1687, 1688, 1689, 1692, 1698, 1699, 1700, 1701, 1702, 1714.

Assinatura:

Livro 3º de Termos da Irmandade da Santa Casa da Bahia, fo. 42 v. Fotografia: Ana Cristina Nascimento Cardoso

Filho de Manoel Rodrigues e de Clara Correia, ambos naturais da Bahia, os avós materno e paterno eram irmãos da Santa Casa, e irmão do também pintor Antônio Álvares Correia. Tratava-se evidentemente de família de certo destaque social e de posição financeira. Pelos trabalhos que executou e pelas grandes encomendas recebidas, fica notório que João Álvares Correia passou por escola fora da Bahia. (OTT, 1960, p. 111; ALVES, 1976, p. 52).

1 – Santa Casa de Misericórdia da Bahia

. 1686: Encarnou a imagem de Cristo do coro da Igreja da Santa Casa. (ALVES, 1976, p. 52)

. 26/03/1687: Recebeu 1$280 por “Pintar as bollas para o sepulcro”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 27/04/1688: Recebeu 6$000 a “Joam Alvares Correa de pintar as doze bollas para o sepulcro”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 17/04/1689: Recebeu 5$000 a “João Alvares Correya de pintar as dez bolas para o sepulcro”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 17/04/1689: Recebeu 1$200 a “João Alvares Correya de pintar três Cruzes para a procissão que são das insígnias”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 1692: Pintou a porta do sacrário grande e dourou uma das cruzes das insígnias da Irmandade da S.C. (ALVES, 1976, p. 52).

. 09/12/1692: Recebeu 1$000 por “pintar a porta do Sacrário grande, e a cruz da bandeira”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 31/12/1692: Recebeu 600 reis para “dourar huma das cruzes das insígnias da Irmandade” – 600 reis. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 1695-1699: Nas escrituras de 15 de Junho de 1695 e de 1699, está registrado que João Alvares Correa foi contratado para “dourar a tribuna e retábulo da Capela mor” da igreja da Santa Casa por 700$000 reis; e uma nota marginal diz: “está desobrigado desta escritura por ter feito a obra”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas; (ALVES, 1976, p. 52).

. 02/02/1698: Recebeu 1$200 reis para pintar as armas da Misericórdia em três brandões para o Sr. Governador, o Sr. Arcebispo e o Sr. Provedor no dia de N. Sra. das Candeias”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 03/07/1699: Recebeu 175$000 reis “por conta dos pagamentos de dourar a tribuna e retábulo da Capela mor”. Recebeu 46$000 reis “por conta da pintura que faz no forro da sacristia” . (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 31/07/1700: Recebeu 300$000 reis “por conta do Dourado da tribuna” da Capela mor. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 06/01/1701: Recebeu 10$000 reis “de dourar a Banqueta do Altar mor”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas; ALVES, 1976, p. 52).

. 30/07/1701: Recebeu 150$000 reis “da Pintura da Sacristia” “resto della”.  (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

. 19/09/1702: Recebeu 100$000 reis “por conta do douramento das tribunas e retábulo”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 15 fichas).

2 – Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo

. 02/02/1714: Foi contratado para pintar o forro da capela-mor consistindo em “vinte e quatro painéis por quanto doze de cada parte, e também de se dourarem… as molduras e frisos que avia de levar os ditos painéis na correspondência da mais obra… do mesmo forro, e que para isso era conveniente chamar-se pintores que fizessem uma e outra coisa, ou seja, os dois trabalhos, e aparecendo João Alvarez Correya oficial do dourador, e Manoel Soares oficial de pintor… depois de serem ouvidos outros e não avia quem fizesse a dita obra com mais cômodo e com a inteligência dos sobreditos, se ajustou com o dito João Alvarez Correya que fizesse a obra das molduras dos vinte e quatro painéis assim no que respeita o dourado e pintura”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 2 fichas; ALVES, 1976, p. 52 ).

. 08/04/1714: A administração da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo determinou “pintar o teto da Capela-mor e que se pintassem de flores os claros…por entre os painéis e cornijamento, e que remata o forro, e que para ajuda desta obra… o mestre pintor João Alvarez nosso Irmão… pretendia sessenta mil reis de esmola, ao que atendendo-se em Meza e examinada a dita obra… se assentou uniformemente se fizesse o que pedia”, e que se lhe daria o resto do que lhe devia “acabados que fossem os vinte quatro painéis todos… e se obrigou a fazer a dita obra”. (OTT, Carlos. João Alvares Correia. Ficha avulsa datilografada. Salvador: Centro de Estudo Baianos/UFBA. 2 fichas).

Autores(as) do verbete:

Ana Cristina Nascimento Cardoso

Data de inclusão:

22/03/2014

Datas de revisão / atualização:

30/04/2012; 02/10/2012; 22/03/2014; 27/03/2014;