FYGURA, Jayme (Jaime Andrade Almeida. Cruz das Almas, Bahia, 1951 – Salvador, 26/11/2023) Retrato de Jaime Fygura. Fonte: ZMario, 2003. Formação: Autodidata, atuou como artista gráfico em algumas gráficas da cidade de Salvador: Poligraf, Mil Cores e Gráfica Mercês. Período de atividade: início da década de 1980 até a atualidade nas ruas da Cidade[...]
SANTOS, José Mário Peixoto. Jayme, a Fygura do artista performático. In. Revista de Arte Ohun. Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFBA. n. 1. Salvador, 2003. Disponível em: <http://www.revistaohun.ufba.br/revista1.html>. Acesso em 17 mar. 2014.
______. Os artistas plásticos e a performance na cidade de Salvador: um percurso histórico-performático. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) - Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2007. 285 f. il.
______. Os artistas plásticos e a performance na cidade de Salvador: um percurso histórico-performático. Dissertação de Mestrado em Artes Visuais da Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2007. 285 f. il. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=110617>. Acesso em: 17 mar. 2014.
Ayrson Heráclito. Artista visual, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Marcondes Dourado. Artista visual, videomaker e performático.
Leonel Mattos. Artista visual e curador.
Sandra Self. Vocalista da Banda Ulo Selvagem.
SANTOS, José Mário Peixoto. Os artistas plásticos e a performance na cidade de Salvador: um percurso histórico-performático. 2007. 285 f. il. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) - Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
Francilins Castilho. Curador, artista visual e fotógrafo.
Depoimento transcrito na íntegra do folder/cartaz Sarcófago, Ocupação Artística Jayme Fygura. Prêmio FUNARTE – Conexão Artes Visuais 2013.
ABERTURA DO SARCÓFAGO. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ph8mC6D-G40>. Acesso em: 17 mar. 2014.
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MATÉRIA TVE “O SARCÓFAGO”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=HHWJ_HVIfDw>. Acesso em: 17 mar. 2014.
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SARCÓFAGO JAYME FYGURA – OBRAS INSTALADAS. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_p07V8eJuqw>. Acesso em: 17 mar. 2014.
SHOW DE JAYME FYGURA NO TEATRO GAMBOA. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZYapMlxVXOI>. Acesso em: 17 mar. 2014.
MATTOS, Leonel; MORENO, Gustavo. Exposição coletiva 2.234. Catálogo. Casarão: Salvador, Bahia, 2009. Versão on line disponível em: <xa.yimg.com/kq/groups/15755983/656123503/name/CATALOGO.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2014.
CALBO, Iza. Figura Beleza. A Tarde, Salvador, 29 abr. 1998. Caderno 2, p.1.
LASSERRE, Luís. Gol de Plástica. Revista de Arte Dendê, Salvador, n. 5, ano I, p.26, mai-jun. 1998.
OLIVEIRA, Flávia; MATEUS, Vanessa. O homem da máscara de ferro. Paralelo 12. Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade de Tecnologia e Ciências- FTC, Salvador, n. 7, ano II, jun. 2004. p. 12-13.
SILVA, Josué. Pintores expõem sua arte no muro para tornar Salvador mais Bonita. A Tarde, Salvador, 17 set. 1999. p.7.
FYGURA, Jayme. Jayme Fygura. Depoimento [jul. 2003]. Salvador: Centro, 2003. 2 cassetes sonoros (120 min). Entrevista concedida a José Mário Peixoto Santos.
O SARCÓFAGO. Direção: Daniel Lisboa. Produção executiva: Tenille Bezerra. Elenco: Jayme Fygura. Salvador: Cavalo do Cão Filmes, 2010. 19 min., cor, 35 mm.
JAYME FYGURA. Direção: diversos. Elenco: Jayme Fygura. Salvador: Produção independente, s/d. 1 DVD, son., color.
JAYME FYGURA. Jayme Fygura mostra Bafo de Onça.1 CD Pirata. Salvador: Produção independente. 1 CD (120 min de show).
JAYME FYGURA. Jayme Fygura e Seus Vermes. A Explosição. Salvador: Produção independente. 1 CD.
FYGURA, Jayme (Jaime Andrade Almeida. Cruz das Almas, Bahia, 1951 – Salvador, 26/11/2023)
Retrato de Jaime Fygura. Fonte: ZMario, 2003.
Autodidata, atuou como artista gráfico em algumas gráficas da cidade de Salvador: Poligraf, Mil Cores e Gráfica Mercês.
início da década de 1980 até a atualidade nas ruas da Cidade de Salvador. Desde 1994, mantêm um atelier à Ladeira do Carmo, n. 20, Santo Antônio – Centro Histórico.
Artista gráfico, pintor, escultor, desenhista, instalacionista, performático.
cantor, músico, letrista, poeta.
“Eu tô dentro da obra, é como se eu tivesse encapado, vestindo ela, totalmente, até os olhos [...] usando o meu corpo como suporte, carregando todo o meu trabalho de anos de trajetória.” Jayme Fygura.
“[...] Sobre sua formação artística, Jayme Fygura se apresentou como autodidata e declarou não procurar “envolvimento com leituras nem indicações” de como realizar sua arte. Sua relação com a Escola de Belas Artes da UFBA foi estabelecida através de contatos com o professor Raimundo Mundin e o artista Adriano Castro. Diante do interesse que a academia tem demonstrado em relação à sua arte, ele disse: “isso me deixa preocupado, felizmente! Porque para mim é um prazer, não é, cara? De repente, poucos têm esse privilégio. E eu estou aqui disposto a mostrar meu trabalho natural”.
Para uma melhor análise da obra do artista, é importante traçarmos relações com sua vida cotidiana, pois as fronteiras entre arte e vida são muito tênues na produção de Jayme Fygura – uma criação afinada com as propostas da arte contemporânea. Sua postura como artista também está associada aos papéis desempenhados pelo homem, cidadão, pai de família. Essas são facetas de uma mesma personalidade. Para aqueles que vivem no Centro Histórico de Salvador, Jayme Fygura é um cidadão daquele lugar, uma pessoa que demonstra muito cuidado com seus familiares e não quer envolvê-los em sua produção artística. Ao contrário, procura mantê-los afastados desse contexto, pois, assim como o próprio artista, as pessoas de sua família têm sofrido com as mais diversas “agressões sociais”. Quando perguntado sobre sua vida pessoal, Jayme Fygura respondeu que não fazia questão de falar sobre “Jayme”, que para ele é um “João Ninguém.”
Durante a pesquisa, buscamos registrar diversas informações a respeito do artista Jayme Fygura, seja nas ruas da cidade, nos espaços artísticos ou no meio musical underground. Inicialmente, pesquisamos na rede mundial de computadores, em periódicos, entre outras fontes. A seguir, entrevistamos alguns vizinhos, moradores da comunidade do Centro Histórico, colegas pintores e, principalmente, artistas performáticos em atuação em nossa cidade. Realizamos um total de dez entrevistas com o próprio artista. A “perseguição” a Jayme Fygura pelas ruas do centro de Salvador foi utilizada como mais uma estratégia diante da dinâmica, imprevisibilidade e inquietude artística, características marcantes de sua personalidade. Outra parte do material pesquisado e catalogado foi cedida pelo próprio artista, como imagens e textos de seu acervo[1]. Além disso, registramos em fotografias suas passagens pelas ruas da cidade em inúmeras situações. Pinturas e objetos artísticos, também, foram fotografados. Por fim, conseguimos visitar seu atelier.
A partir das entrevistas realizadas no Centro Histórico, Pelourinho, antes de estabelecermos o primeiro contato com o artista, registramos a maneira como um vizinho descreveu Jayme Fygura: uma pessoa meiga, muito acessível. Outro morador disse que ele é imprevisível; a balconista da padaria próxima ao atelier observou que o artista não pára, ele está sempre nas ruas; a senhora de um bar afirmou que Jayme Fygura é “educado, normal, fala com todo mundo. O turista pede para tirar foto, ele tira”. Já um amigo do artista revelou que ele é “inteligente, do tipo que você pode trocar uma idéia”. Por outro lado, existem aquelas pessoas mais reticentes em relação a Jayme Fygura e suas produções realizadas em atelier [...]”. (SANTOS, 2003 e SANTOS, 2007).
“nasci jaime de andrade almeida filho de cruz das almas ba cheguei em salvador com cinco anos de idade vivíamos bem minha mãe e meu pai eram analfabetos mas todos dois de conceisão do almeida interior da bahia meu pai trabalhava na marinha mercante coligada com a petrobras trabalhava nas maquinas dos navios cargueiros quando ele chegava de viagem trazia varias caixas grandes cheia de queijo suíço vinho pães importados defumados castanha do pará rum e outras delícias vivíamos muito bem até que um certo dia meu pai que já está morto que deus o tenha em bom lugar saímos do apartamento que morávamos e com o dinheiro da indenização da marinha mercante só deu para comprar uma casa na fazenda grande do retiro e foi neste lugar que eu me criei foi neste lugar que a miséria reinou em nosso lar com minha mãe analfabeta e meus irmãos com pouca sabedoria minha adolescência foi terrível minha maturidade também entre a inveja e o despeito sobre tudo que eu fazia tanto dentro de casa como nas ruas meu jeito de ser chamava muita atenção da comunidade também analfabeta da favela da fazenda grande do retiro só que tinha uma coisa muito interessante eu vivia criando coisas como brinquedos com latas com paus com vários objetos que eu achava aí chegaram as escolas onde eu tinha pavor e medo só sentava no fundo da sala de aula para o professor não me ver mas era fatal por mais que eu me escondesse eu sempre era o alvo só dava merda nas matérias matemática português ciência história geografia mas só tinha uma única matéria que ninguém fazia melhor do que eu desenho do desenho técnico ao desenho artístico eu era o melhor na época só passava arrastado todo ano com dez em desenho e dez em comportamento o resto não quero nem falar daí então fui servir o exército brasileiro durante dois longos anos graças a deus consegui sair com honra ao mérito e fui enfrentar a sociedade podre fui imediatamente em direção as gráficas foi aí que eu desenvolvi meu talento natural com meus desenhos antes dos computadores chegarem eu mandava ver comprei carro dinheiro no banco garotas danceterias e muito rum até que chegou um político corrupto com seu plano econômico que fudeu com minha vida foi aí que eu me retei rasguei paletós calças e a população começou a me apedrejar me chamando de maluco depois de anos de pedradas fui obrigado a trocar as roupas rasgadas por roupas blindadas chegaram ao ponto de segurarem meus braços e quebraram quatro dentes encheram hematomas meu rosto que as garotas amavam no terceiro dia após o crime passei a usar máscara de ferro completando assim a imagem de exú sete facadas estou lisonjeado pela premiação dada pelo governo para a restauração do meu humilde atelier que será aberto ao público para que todos possam ver de perto os ambientes onde desenvolvo tudo o quê aprendi neste meio século de trabalho como esculturas de ferro e gesso cimento madeira pinturas em acrílica sobre tela panos decorativos e artes em computação gráfica que lembra minha função do passado e mais a instalação dentro do atelier e mais uma performance musicada explosiva que faz parte do processo de repudio ao sistema capitalista que me fez criar letras musicais baseadas no meu relacionamento com a comunidade das ruas sempre dormindo no caixão porque houveram ameaças de morte contra mim minha família não tinha condições de comprar caixão então a funerária me cedeu um caixão novinho e comecei a dormir nele aguardando a morte chegar sentado sobre ele com minha guitarra dedilhado minhas poesias em forma de rocknroll e ao mesmo tempo criando meu ambiente de trabalho construindo assim o sarcófago minha tumba” (FYGURA, 2013).
A partir da observação e catalogação das imagens cedidas pelo próprio artista, registramos, aqui, outras interferências realizadas em espaço urbano, mais algumas performances apresentadas por Jayme Fygura há alguns anos. “Robô Farpa, defensor das crianças do planeta Terra” é o nome de uma das primeiras exibições de Jayme Fygura em espaço público. Em “S.O.S fome”, o artista com um boneco (manequim infantil) e indumentária específica desfila mendigando pelas ruas da cidade. Uma outra performance recebe o título de “Guerra Química”, um ensaio fotográfico realizado num depósito de lixo no Taboão, Centro Histórico de Salvador, há dez anos aproximadamente. Uma instalação de mesmo título foi construída com caixão, peça de refrigerador, velas, flores e CDs pintados. Trajando uma indumentária confeccionada em couro preto, utilizando uma máscara metálica, Jayme Fygura se exibe em frente às igrejas e catacumbas do Carmo, Centro Histórico, em uma série de fotografias realizadas há alguns anos (SANTOS, 2014).
Com cerca de 50 anos de vida performática, Jayme Figura faleceu aos 64 anos de idade, em Salvador no domingo, 26 de novembro de 2023, seu sepultamento ocorreu no dia seguinte, no Cemitério do Campo Santo em Salvador, às 16:37h, na ala 19. Foi respeitado o anonimato que sempre adotou, nunca revelando o seu rosto, mantendo-se o caixão fechado, inclusive a janela envidraçada, sobre a qual foi colocado o mais recente capacete que concebeu, usado nas suas caminhadas pela cidade. A família preservará esse capacete como lembrança. Nos últimos cinco meses realizava trabalhos de pintura no atelier de Leonel Mattos com vistas a expor em São Paulo e fora do país.
1998 – Salvador, BA. Tramas, Jayme Fygura ou a Figura de Jayme. Curadoria: Leonel Mattos. Bonna Pizza.
2013 – Salvador, BA. Sarcófago Ocupação Artística Jayme Fygura. Curadoria e documentação: Francilins Castillho. Prêmio Conexão Artes Visuais 2013. FUNARTE.
2013 até o momento – Exposição permanente em seu atelier, aberta à visitação.
Apresentações como vocalista das bandas “The Farpa”, “Missionários do Dízimo” e “Jayme Fygura e Seus Vermes” em diversos shows: Concha Acústica, Teatro Vila Velha, Bienal do Recôncavo, Pelourinho, Teatro Gamboa Nova.
Final da década de 1990 – Salvador e Itaparica, BA. Pinte Salvador / Pinte Itaparica. Projeto coletivo de pintura sobre muros com a participação de Leonel Mattos; Vauluizo Bezerra; Beth Souza; Adriano Castro; Gaio; Jonny; Tatau; Henrique Dantas; Juraci Dórea; Padre Pinto; Telma Ferraz; Adauto Costa; Nane Bahia; Mark Davis.
1993 – São Félix, BA. II Bienal do Recôncavo. Centro Cultural Dannemann.
1998 – Salvador, BA. Arte Copainterativa, reuniu artistas como Lygia Aguiar, Adriano Castro, Ieda Oliveira, Tatau e Leonel Mattos (também como curador do espaço Bonna Pizza) durante a copa do mundo.
2000 – Salvador, BA. Pintura de Janela do Mercado Modelo.
2000 – São Félix, BA. Jayme Fygura e Banda The Farpa. V Bienal do Bienal do Recôncavo. Centro Cultural Dannemann.
2002 – Salvador, BA. Artistas de Rua. Mostra fotográfica da artista Rejane Carneiro, com destaque para a imagem de Jayme Fygura. Galeria Moacir Moreno, Teatro XVIII.
2005 – Salvador, BA. Empuxo. Circuito de Arte Eletrônica em Vídeo. Jayme Fygura. Vídeo: “Intuição”. Curador: Flávio Lopes. Galeria ACBEU.
2009 – Salvador, BA. 2.234. Exposição coletiva internacional no Casarão, Largo de Santo Antônio além do Carmo. Curadoria: Leonel Mattos.
2009 – Salvador, BA. Mostra OSSO Coletivo de Performances Urbanas. Série: Igrejas e Cemitérios. Curadoria: OSSO Coletivo de Performances Urbanas.
2010 – Salvador, BA. I MOLA – Mostra OSSO Latino-Americana de Performances Urbanas. Curadoria: OSSO Coletivo de Performances Urbanas.
2010 – São Félix, BA. X Bienal do Recôncavo. Centro Cultural Dannemann.
2011 – Salvador, BA. 11+22+44. Exposição coletiva no Atelier Leonel Mattos. Curadoria: Leonel Mattos.
2011 – São Paulo, SP. Caos e Efeito. Coletiva no Instituto Itaú Cultural.
2013 – Salvador, BA. Exposição Coletiva Cultural Afrodescendente em Destaque. Museu Casa do Benin, Pelourinho.
1993 – São Félix, BA. Menção especial para a Jayme Fygura e Banda The Farpa. II Bienal do Recôncavo. Centro Cultural Dannemann.
1994 – Salvador, BA. Prêmio segundo lugar para a Banda The Farpa (vocalista Jayme Fygura). Festival Alternativo Palco do Rock.
2005 – Artista mapeado pelo programa Rumos Artes Visuais 2005/2006. Itaú Cultural.
2010 – São Félix, BA. Destaque especial do júri. “Poesia em forma de Rock”. X Bienal do Recôncavo. Centro Cultural Dannemann.
2013 – Conexão Artes Visuais 2013. FUNARTE.
[1]12 disquetes; 1 CD com encarte; 31 fotografias; 8 fotocópias; 17 fotogramas.
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Ayrson Heráclito. Artista visual, curador, pesquisador e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
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FYGURA, Jayme. Jayme Fygura. Depoimento [jul. 2003]. Salvador: Centro, 2003. 2 cassetes sonoros (120 min). Entrevista concedida a José Mário Peixoto Santos.
O SARCÓFAGO. Direção: Daniel Lisboa. Produção executiva: Tenille Bezerra. Elenco: Jayme Fygura. Salvador: Cavalo do Cão Filmes, 2010. 19 min., cor, 35 mm.
JAYME FYGURA. Direção: diversos. Elenco: Jayme Fygura. Salvador: Produção independente, s/d. 1 DVD, son., color.
JAYME FYGURA. Jayme Fygura mostra Bafo de Onça.1 CD Pirata. Salvador: Produção independente. 1 CD (120 min de show).
JAYME FYGURA. Jayme Fygura e Seus Vermes. A Explosição. Salvador: Produção independente. 1 CD.
Autores(as) do verbete:
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)