OLIVA, Edgard. (Edgard Mesquita de Oliva Junior, Jequié, Bahia, Brasil, 3 de janeiro de 1957). Retrato: “Autorretrato”, 4/11/2011. Fotografia manipulada Formação: 1982 – Diploma em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia. 1984 – Ingressa na Escola de Belas Artes da UFBA no entanto não conclui o curso. Deixa a Escola[...]
ALVES, Aristides (Org.). A fotografia na Bahia (1839 a 2006). Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo; Funcultura; Asa Foto, 2006. Livro.
OLIVA, Edgard. A grande arca. Exposição individual com o tema presépios da Chapada Diamantina. Fotografia, instalação e vídeo documentário; 2007, 2008, 2011-12. Catálogo.
OLIVA, Edgard. Impressões do mito. Exposição individual de fotografias na galeria 3, MAM-BA, 2000. Catálogo.
MATOS, Matilde. 50 anos de Arte na Bahia. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2010. Livro.
ROCHA, Wilson. Artes plásticas em questão. Salvador: Omar G., 2001. Livro.
BRITO, Reynivaldo. Edgard Oliva na Frazão. Caderno 2, A Tarde, terça-feira, 30 jul. 1996.
EDGARD Oliva, pinturas. Bahia Hoje. Artes. Roteiro; Salvador, sábado, 19 mar. 1994.
LE BRÉSIL sacré d’Edgard Oliva. La Réunion. Le Port: Exposition. Le Quaotidien de la Réunion, dimanche, 21 dez. 2008.
MARINHO, Justino; ROMERO, César. A estética urbana de Edgard Oliva. Folha da Bahia, Artes Plásticas. Correio da Bahia, quinta-feira, 25 jul. 1996.
NZ (NordZeitung), Freitag, 14 September 1990. KULTUR und WISSEN. Riesige Maschinenwesen beäugen die Bankkunden: Der Brasiliener Edgard Oliva stellt seine Ölgemälde aus.
PINTO, Fernando Freitas. Fotografias de Edgard Oliva. Artes Plásticas, Dia & Noite. Tribuna da Bahia, terça-feira, 6 mar. 2007.
PRADO, Adriano. Telas urbanas. Roteiro, Caderno 2. A Tarde, quarta-feira, 24 jul. 1996.
ROCHA, Wilson. Lentes abstratas. A Tarde Cultural, sábado, 12 jan. 2000.
TRÍPODE, Aldo. As cores de Edgard Oliva. Tribuna da Bahia, quarta-feira, 21 ago.1996.
OLIVA, Edgard. Arquivo particular do artista, com livros, catálogos, recortes de jornais, fotos, portfolio, etc. Salvador. Bahia.
www.presepioschapadadiamantina.blospot.com
www.lareunionateliercreation.blogspot.com
www.olharesemtransito.blogspot.com
Youtube: Edgard Oliva
OLIVA, Edgard. (Edgard Mesquita de Oliva Junior, Jequié, Bahia, Brasil, 3 de janeiro de 1957).
“Autorretrato”, 4/11/2011. Fotografia manipulada
1982 – Diploma em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia.
1984 – Ingressa na Escola de Belas Artes da UFBA no entanto não conclui o curso. Deixa a Escola de Belas Artes no primeiro semestre de 1992.
2001 – Ingressa no curso latus sensu para especialista em “Potenciais da Imagem: fotografia, cinema e vídeo”, com diploma pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia.
2006 – Mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.
2012 – Inicia os estudos de doutoramento pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
No ano de 1990, a convite de colecionador alemão, reside por três meses na comunidade de Wopswede, norte da Alemanha, com fins de preparar trabalhos de pintura para realização de exposição. Após firmar contrato com o colecionador, migra para Mannheim, estado de Baden-wüttemberg, por um período de dois meses e meio, mudando-se, em seguida, para Eichenau, município da Alemanha, no distrito de Fürstenfeldbruck, no Estado da Baviera, a 20 km de Munique. Lá, vive e trabalha com a família da artista baiana Nina Rosa Manns e frequenta o atelier da mesma. Nesse período de ausência do Brasil, pede licença sem vencimentos à sua função de professor da rede pública do Estado da Bahia, para ter mais tempo e liberdade de atuação em país estrangeiro.
Como atividade profissional, atuou como professor de Biologia entre os anos de 1982 a 1993, no ensino público estadual, transferindo-se em 1994 para as Oficinas de Expressões Plásticas do Museu de Arte Moderna da Bahia, onde passou a ensinar pintura. A partir de 2004 passa a ensinar fotografia na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, inicialmente como professor temporário. Entretanto, nesse mesmo ano é realizado concurso público, no qual obtém aprovação em primeiro lugar e ingressa para ministrar fotografia naquela Escola.
Na Escola de Belas Artes, após obter o grau de mestre, atua como Coordenador do Curso de Bacharelado em Artes Plásticas, de 2006 a 2010 e, em seguida, como Coordenador da galeria Cañizares, até momentos antes de seguir para a cidade do Rio de Janeiro, para fins de estudos de doutorado.
Pintor e Fotógrafo.
Performances pontuais.
Nasceu em Jequié, Bahia, Brasil, em 3 de janeiro de 1957. Vive com seus pais até os três anos de idade na cidade de Itaquara, Bahia. No ano de 1960 a família se muda para a cidade de Itapetinga, Bahia, e lá viveu até os 15 anos de idade, até mudar-se para a capital do Estado, Salvador, em 1972, para concluir os estudos de primeiro grau, e iniciar os estudos secundários.
Em 1976 foi aprovado nos exames de vestibular para o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade Federal da Bahia e inicia o curso em 1977.
Em 1982, após concluir exames finais do curso de Biologia, trabalhou por um período de oito meses como biólogo no laboratório de pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz, em Salvador, exercendo a função de biólogo assistente para pesquisas sobre a ecologia do protozoário causador da doença leishmaniose visceral, em região endêmica no Estado da Bahia, mais especificamente no município de Jacobina. Foi com este primeiro emprego que comprou a sua primeira câmera fotográfica monoreflex, com a qual realizou inúmeras imagens durante as viagens de campo, abordando temas como a situação sociocultural e ecológica da região. Paralelo às atividades de biólogo, iniciou, também, sua carreira de professor de biologia e ciências para o curso de 2º grau na rede estadual de ensino. No final do ano de 1982 pede desligamento do Instituto de Pesquisas da Fundação Gonçalo Muniz e comunica à família sobre a decisão de seguir a carreira artística. Trava um diálogo decisivo com os pais e ouve do seu pai: “É, pegue nos pincéis e vamos ver no que vai dar.” Resolvido os embates com o longo diálogo, passa a dedicar-se ao ensino de biologia em turno noturno na rede pública, e, labora com pintura e fotografia, esta última ainda amadoristicamente, no turno diurno. O estúdio/atelier inicial foi no próprio quarto de dormir, mas, em seguida, seu pai emprestou uma sala comercial que possui na cidade de Salvador e lá instalou seu primeiro estúdio/atelier, fora da residência. Não havia luz e nem solicitou o ligamento pois ali não trabalharia durante o turno noturno. Ao final do dia partia para dar aulas na Escola Estadual Anísio Teixeira, no bairro da Caixa d’Água em Salvador, estendendo-se até o final do turno às 22h40min, de segunda a sexta-feira.
No ano de 1983, no atelier, dedica-se integralmente à pintura, prepara e produz exposição coletiva para o início do ano seguinte, na galeria Solar do Ferrão, em Salvador. Para esta exposição, intitulada “Artistas jovens”, convidou os proeminentes artistas da época, Luis Eduardo e Ives Quaglia, como parceiros para esta primeira mostra coletiva produzida por ele, com o apoio do IPAC.
Durante o ano de 1983, passa a ir na Escola de Belas Artes da UFBA para conhecer professores e alunos. Interessado pelo ambiente, no final do mesmo ano se inscreve, como portador de Diploma, para cursar aquela Escola e presta seleção vestibular, apenas prova de aptidão artística, tendo sido aprovado e aceito como aluno regular. Assim, em 1984, matricula-se na Escola de Belas Artes da UFBA, onde iniciou seus estudos acadêmicos em Desenho, Pintura e História da Arte.
A partir daí organizou diversas exposições, entre elas a mostra coletiva denominada “Primeiro tempo” integrada por um grupo de jovens artistas da Escola de Belas Artes: Edgard Oliva, Gabriel Lopes Pontes, Mourani (Nilberto Moura), Lídia Teresa, Miguel Bittencourt, Roaleno Rac e Vera Regina.
Em 1985, realiza sua primeira mostra individual, seguida de outras mostras coletivas e, em 1990, realiza sua primeira viagem em caráter de estudos e profissional ao exterior. Vive e trabalha em Worpswede, norte da Alemanha, e prepara a primeira exposição naquele país. Expõe em Bremerhaven e Bremen. Após as exposições, segue para o sul da Alemanha em busca de novos conhecimentos, e, após conhecer a cidade de Munique, decide viver na Baviera.
De janeiro a outubro de 1991 vive em Eichenau, municipalidade próxima a Munique, e em Munique realiza sua terceira exposição individual na Alemanha intitulada “Bahia à Munique”, na Galeria Vigny. No mesmo período se junta a um grupo de artistas sul-americanos que, dirigidos pelo Centro Cultural Latino-Americano, organizou e montou a mostra “Mitos de uma identidade”, com exposições nas cidades de Munique e Frankfurt.
No final de outubro de 1991, retorna ao Brasil e decide ficar, sendo que em 1994 viaja à Alemanha para realizar exposições em Stuttgart e Munique. De volta ao Brasil, participa do Primeiro Workshop de Artes Plásticas do Museu de Arte Moderna da Bahia, coordenado pelo artista plástico Raul Córdula. Ainda em 1994, a convite da direção do Museu de Arte Moderna da Bahia, inicia suas atividades como instrutor de técnicas de pintura nas Oficinas de Expressões Plásticas do MAM, oficina em geral muito concorrida, na qual possuía, em média, um grupo de 25 aprendizes. Deixa de dar aulas de biologia na rede estadual de ensino público e passa a ter mais tempo livre para se dedicar às artes.
Em 1995 participa do workshop “Luz na arte, arte da luz”, realizado com o apoio do Goethe Institut de Salvador, workshop que foi ministrado pelo Prof. Dr. Dieter Jung, da Escola de Artes e Mídias de Colônia, Alemanha, no qual realizou pesquisas com a luz laser e a fotografia, ocasião na qual Edgard Oliva iniciou novas experimentações com a linguagem fotográfica, tanto na sua forma de expressão, quanto de apresentação e cria a instalação “Giramundo”, suporte que o leva a obter novos resultados na fotografia e iniciar um novo ciclo de criações. É convidado a participar de diversas mostras com a nova técnica,[1] apresentada ao público a partir de 1995, quando realizou exposições em Salvador, no Goethe Institut, no Centro Cultural do IPHAN, em Lençóis, Bahia, e na galeria Graça Landeira, nas dependências da Universidade do Amazonas – UNAMA, em Belém, Pará. Posteriormente, mostra novas imagens produzidas naquela técnica, nos III, IV e VI Salões de Arte do Museu de Arte Moderna da Bahia. Em 1996, realiza exposição individual de pinturas, em Salvador, e apresenta sua última fase de pintura. Continua com as pesquisas plásticas, buscando novos motivos através da fotografia e, a partir de 2002, a fotografia passa a ser a principal atividade e inquietação na sua constante busca de referenciais para seu trabalho.
Em 1998, a convite do Museu de Arte Moderna da Bahia, expõe uma série destas imagens em Paris, na mostra “Bahia à Paris: arts plastiques d’aujourd’hui”, na Galerie J & J Donguy, juntamente com outros artistas baianos. Em março de 2000 realiza a primeira exposição individual de fotografias, “Impressões do mito”, na Galeria 3 do Museu de Arte Moderna da Bahia, que o torna reconhecido como artista neste campo de atuação.
Em 1999 é convidado pela Casa da Fotografia, em Salvador, a proferir a palestra “A fotografia contemporânea”, em seminários abertos ao público, nas dependências da Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Participou, também, de mesa redonda em um seminário estudantil na Universidade Católica do Salvador, evento que teve o apoio do Instituto de Letras daquela instituição.
Em maio de 1999 realiza viagem de intercâmbio cultural à Argélia, com bolsa conferida pelo Rotary International, Clube 445, de Salvador e produziu um documentário institucional sobre a viagem.
Nos meses de novembro e dezembro de 2000, com bolsa conferida pelo Goethe Institut Inter Naciones de Salvador, retorna à Alemanha para estudos da língua alemã e visita cultural à cidade de Berlim. Retorna ao Brasil em dezembro daquele ano, e já inicia as primeiras viagens para o projeto “Altares e reisados, religiosidade e estética no imaginário popular da Chapada Diamantina”, no qual realiza documentário fotográfico, em áudio e em vídeo, sobre a oralidade, a estética e os processos de criação dos presépios da região baiana da Chapada Diamantina.
Em abril de 2001 inicia o curso de especialização Potenciais da Imagem, na UFBA, com ênfase em análise, produção e ensino através das imagens. Aplica o tema dos presépios para estudos preliminares e obtém nota máxima em sua avaliação final.
Com o mesmo projeto, agora adaptado para a seleção no mestrado, ingressa para o curso strictus sensu da Escola de Belas Artes da UFBA. Após a conclusão, inicia uma série de projetos expositivos com o tema e expõe os resultados em Salvador, Amsterdã (Holanda), Rio de Janeiro, Le Port (França, em consonância com uma residência artística) e em São Paulo. Nas três capitais brasileiras mencionadas, a mostra foi possível com o apoio da instituição Caixa Cultural.
Atualmente Edgard Oliva trabalha em seu projeto de doutorado, cujo enfoque são as “reflexões” geradas no espectador, a partir da observação de imagens noturnas obtidas em noites de lua cheia.
[1] Técnica que consiste em projetar duas imagens simultaneamente sobre um plano transparente e móvel, que possui a forma de uma cruz, sobre o qual ocorre uma superposição das imagens projetadas, e que serve de base para o artista construir seu trabalho fotográfico.
Apresentação do crítico de Arte e professor Ivo Vellame, para a primeira exposição individual intitulada “Na intimidade das formas”, cuja abertura se deu no dia 14 de novembro de 1985, no Lobby do Hotel Méridien, Salvador, Bahia:
Em futuro próximo será escrito um trabalho sério, devidamente fundamentado na “poética” da crítica de arte sobre os jovens artistas plásticos que surgiram no cenário baiano no decorrer dos “anos 70”. Estou convicto de que no referido trabalho será incluído com destaque, o jovem artista Edgard Oliva. Talentoso artista, para quem a arte “começa na ruptura” como inteligentemente afirmou André Malraux, começa, não tenho dúvida e sempre – na contestação das formas propostas no passado. Edgard Oliva, constante pesquisador de novas soluções formais e do comportamento das cores em relação à exploração de novas formas, propõe ao espectador uma pintura surreal, uma visão do maravilhoso, fixando nas telas o que se passa nas camadas mais profundas da sua mente. Ivo Vellame. Membro da ABCA e AICA.
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Texto de apresentação da crítica de arte Matilde Matos para a exposição individual de pinturas intitulada “Urbanos-nós”, ocorrida na Frazão Galeria de Arte, Rio Vermelho, Salvador, Bahia:
A trajetória da pintura de Edgard Oliva é relevante no modo como ele vem mantendo a continuidade da linha que elegeu, através das diferentes fases que passou. Oliva começou a pintar nos anos 70, quando os movimentos de vanguarda, apegando-se aos conceitos de desmaterialização, prenunciavam a morte da pintura. O que poderia ter sido desestimulante para o pintor em começo de carreira, levava também ao rigor com que a natureza da linguagem plástica era analisada. Nunca, de fato, a legitimidade do ato de pintar tinha sido posta em cheque no contexto das vanguardas. Pela primeira vez se apresentava a possibilidade de uma sensível reorganização na maneira de pensar a pintura, levando a uma compreensão mais profunda no ato de pintar, o que dava aos iniciantes uma certa proficiência técnica.
Essa compensação é visível no trabalho de Edgard Oliva que vem desde o início evitando os vícios que tentavam os pintores de antes dos anos 70 que eram a narrativa, mais tarde o formalismo destituído de expressão ou o subjetivismo lírico com absoluta vacuidade de significado. Recorria à força dos símbolos, tanto na primeira fase das “amarras” como depois no “homem/sucata” e nas “catedrais”. O que há em comum nas três é a primazia que dá à cor, sobre forma ou qualquer outra coisa. Se nas amarras a figura ainda pesava mais que o fundo, nas fases seguintes há a fusão dos dois no mesmo grau de importância. A harmonia e os contrastes tornam-se elementos de um espaço contraditório, veículo do seu controle dentro de dimensões meticulosamente definidas de uma atualidade visual.
Nos trabalhos mais recentes, Edgard Oliva passa o sentimento de uma dedicação extrema a sua aspiração maior, quase uma missão: a de testar o potencial expressivo e os limites da cor. Matilde Matos, Salvador, Bahia, 1996.
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Apresentação do poeta e crítico de arte Wilson Rocha (1921 – 2005), para os trabalhos de pintura:
Edgard Oliva exalta e organiza o universo subjetivo da cor na extraordinária riqueza de sua linguagem fascinante. A cor contida, em sua expressividade, como matéria e forma. Sua atitude estética é envolvente e fascinante e a formulação de suas cores é intensa e mágica. O seu apelo à cor adquire o significado e afirma a identidade de sua linguagem pictórica impregnada da mais pura essencialidade abstrata. Psicologicamente, aqui está a razão de ser de sua poética rica e poderosa. Sua linguagem erudita inscreve-se na realidade da pintura em sua própria nudez e revela de modo genial a substância, o princípio do ser e a síntese da materialidade da cor.
Edgard Oliva é na verdade um aristocrata da pintura.
Artista de extraordinária maturidade, sua pintura vem de uma constante alternativa entre motivos concretos e abstratos, e também de maneira toda especial, por uma busca sistemática de padrões normativos das formas visuais de percepção. Sua estética da cor e da forma afirma a resistência da pintura e entra em conflito com a vulgaridade do nosso tempo, que se relaciona com a banalização e bagatelização da arte dos dias atuais.
Artista raro em sua lucidez abrangente, o fervor apaixonante de sua pesquisa faz de sua linguagem uma teoria da pintura.
O seu universo, tão próximo do indizível, do mistério do fenômeno pictórico, é o da realidade da magia, do sobrenatural, algo que tem a ver com a alma, com os enigmas do tempo e da existencialidade do ser. No rigor quase místico quase em que ordena a síntese perfeita de suas cores finamente harmonizadas, Edgard Oliva é um esteta absoluto, e suas cores são como objeto de sedução.
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Wilson Rocha, antes de falecer, conheceu e escreveu o seguinte texto crítico sobre a fotografia de Edgard Oliva:
PESQUISAS VISUAIS NA FOTOGRAFIA DE EDGARD OLIVA
O artista plástico e fotógrafo EDGARD OLIVA, pertence a uma geração de pintores extremamente articulados, que operam com estratégias plásticas múltiplas e opticalistas que dão a medida do seu valor. Essa geração surgida por volta dos anos oitenta reafirma sua visão que exalta a instantaneidade da imagem mas não elimina a sua identidade, aniquilando, no entanto, a existência presente e substituindo o lugar por um local de passagem.
Edgard Oliva é um artista que iniciou sua caminhada em direção a uma linguagem moderna como um apaixonado opticista. Para ele, a fotografia, além de sua dimensão estética e significado psicológico que transformou o sistema da pintura e da arte gráfica, é uma técnica de efeitos fantásticos e criadora de universos mágicos e imprevisíveis, uma arte extraordinária e misteriosa em sua realidade específica, e sem ela não somos nada na época em que vivemos.
Suas imagens são de uma opticidade inusitada em suas diversas possibilidades do emprego da luz como meio expressivo. Oliva é um grande construtor da objetividade, um artista que a tal ponto vive e traduz a visualidade do nosso tempo que é capaz de construir a sua própria objetividade. No campo da óptica, a visão de Oliva pode estar no rumo, talvez, de um novo conceito de visualidade. Em seus intervalos de luz, em suas imagens de eversão, que produz reviramento de dentro para fora, pode-se detectar a entrada da luz nas fendas da matéria, como na pintura. A criação plástica na pesquisa visual de sua fotografia assume um papel da maior importância, tal é a sua preocupação estética relacionada à óptica, às radiações luminosas e aos fenômenos da visão. “Ver é ofício tortuoso” – diz o escritor Osman Lins.
Uma forte atmosfera ritualística envolve o mecanismo criativo e emergencial de sua fotografia dominada por uma obsessiva e importante pesquisa da luz como meio expressivo. Oliva explora, sobretudo, planos transparentes e a superposição de imagens ignorando a integridade técnica da fotografia e captando de modo abrangente, como no cinema, no vídeo e no computador, os fragmentos imagéticos e textuais recicláveis, procedimentos artesanais que deles se aproximam integrando-se na montagem ou edição e que vão totalizando o poderoso universo de sua obra singular, de fascinante subjetividade. Em seus primeiros experimentos, foi o efeito da luz pura do laser sobre as cores eletrônicas que possibilitaram, de súbito, o seu encontro e intimidade com a abstração.
Seus trabalhos atuais, de um eficaz relacionamento com a pintura e a instalação, impõem à urgência do espaço e a exploração da perspectiva e do ponto de fuga. Uma ideia feliz e animadora pela abrangência e pelo espírito de liberdade e independência que trazem em si. Uma visão aberta para a interação humana, que abre espaço para a diversidade de interpretação. Oliva sente com nobreza a força dos elementos que dão forma à sua fotografia e faz uso da cor como forma, o que é uma grande sabedoria. E o que dizer dos seus dramáticos contrastes de luz?
A fotografia está atingindo uma etapa decisiva nestes dias tumultuosos de um mundo convulsionado politicamente. Porém as suas imagens, cada vez mais próximas da pintura, estão abstraindo o objeto de sua câmara e criando intensas relações entre cores e luzes, sombras e enigmas. Num tempo dilacerado pela crise da modernidade, o mecanismo criativo de Oliva e seus fragmentos imagéticos são luminosas pesquisas visuais, tão vibrantes como a sufocante dimensão de urgência que a lente exige, reafirmando a fotografia como o modo mais perfeito e humano de apropriação do mundo. Wilson Rocha (1921-2005). Texto publicado originalmente no Caderno 2 do Jornal A Tarde, Salvador, Bahia, janeiro de 2000, sob o título “Lentes abstratas”. Posteriormente, e no mesmo ano, no catálogo da exposição individual de fotografias no MAM-BA, intitulada “Impressões do mito”.
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Texto do artista visual e curador Ayrson Heráclito, para apresentar a obra de Edgard Oliva ao público, por ocasião da exposição individual nos espaços da Caixa Cultura, que teve como tema os presépios na Chapada Diamantina, Bahia:
EM BUSCA DE UM IMAGÉTICO PENSAMENTO
“As imagens são formas que caminham em direção à palavra”. Jean-Luc Godard.
A grande arca: arte e fé é o título do projeto que o artista visual Edgard Oliva buscou realizar, entre os anos de 2000 a 2005. Pelos caminhos e veredas da Chapada Diamantina trilhou o artista, à procura de um pensamento imagético. No seu percurso, descortinou cidades, vilas, aldeias, vidas e narrativas, até então restritos, exclusivamente, a distritos de criatividades, aprisionados que eram pela ideia de arte popular e cultura popular, vistas então como manifestações da tradição ou espírito de um povo, como folclore.
A paisagem natalina da região nos convida para o encantamento e o mítico, no deslumbramento de construções de mundos, ora frutos de uma complexa teia de criação e invenção, ora de dinâmicas pulsantes. Tais energias da criação nos dizem sobre expressões elaboradas e intrincadas, para além dos conceitos de tradição, que reduz e avilta a compreensão da arte dos trabalhadores urbanos e rurais, em uma clara discriminação da sua condição de sujeitos históricos.
Sobre tais considerações perguntamos:
1) Em que momento, e sobre quais circunstâncias a dicotomia percepção- pensamento se estabeleceu? Ou melhor, passou a constituir constructos humanos absolutamente distintos e com poderes e saberes igualmente diversos?
2) Em que momento a singularidade criativa desapartou-se das relações que a engendram, mutilando processos criativos, marcadamente aqueles que não têm lugar num lócus específico de enunciação, ao qual nominaram de Arte? E mais: por que o sujeito criativo passou a não se ver como sujeito de um instituído pensamento criativo?
Essas perguntas são apresentadas em A grande arca: arte e fé. Na arca, segundo o texto bíblico, Noé teve o cuidado de salvar diferentes e não uma multidão de iguais, como se essa parábola nos dissesse: semeai esse mundo com a beleza de muitos cânticos.
Cada presépio é, ao mesmo tempo, um elemento na ordem da representação do catolicismo barroco-popular e ao mesmo tempo uma explosão de atores criativos, sensíveis e pensantes. Não é à toa que no dia-a-dia utiliza-se a palavra presepada para definir ações exageradas.
O artista Edgard Oliva peregrinou em busca dos presépios com sua tecnologia do espírito, objetivando compreender a ordem dos discursos estéticos que os informam e as suas narrativas reveladoras do potencial criativo dos artistas do povo. Extrato de texto escrito pelo curador Ayrson Heráclito e impresso nos catálogos das mostras A grande arca: arte e fé, Salvador, 2007, A grande arca, Rio de Janeiro, 2008 e A grande arca, São Paulo, 2011-12.
1959 – Salvador, BA – Individual, no Belvedere da Sé.
1986 – Salvador, BA – “Pinturas”, Galeria Bon Vivant.
1990 – Salvador, BA – “Buscando novos tons”, Art Expressão Galeria.
1990 – Bremen, Alemanha – “Edgard Oliva in tempo”, Deutsche Bank, Bremerhaven-Alemanha, e, “Brasil! Ordem e progresso!”, pinturas e desenhos, Stadtbibliotek Bremen-Alemanha.
1991 – Vitória da Conquista, BA -“Caso caos”, Galeria de Arte Vila Imperial.
1991 – Munique, Alemanha – “Bahia – Munique”, Galeria Vigny.
1994 – Stuttgart , Alemanha – “Edgard Oliva: pinturas”, Atelier Uriel Galerie.
1996 – Salvador, BA – “Urbanos-nós: pinturas recentes”, Frazão Arte Galeria,.
2000 – Salvador, BA – “Impressões do mito” (fotografias), Museu de Arte Moderna da Bahia.
2005 – Salvador, BA – “A grande arca de Jesus a Mateus”, Galeria Cañizares, Escola de Belas Artes UFBA.
2005-06 – Andaraí, BA – “A grande arca de Jesus a Mateus”, Casa de Cultura Coronel Pitá.
2006-07 – Amsterdam, Holanda -“A grande arca”, Arps&Co Gallery.
2007 – Salvador, BA – Individual. Galeria do Pátio, Caixa Cultural Salvador.
2008 – La Réunion, França – “A grande arca” e residência artística, com apoio do Ministério da Educação da França e da École de Beaux Arts de la Réunion, França.
2008 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, Minigaleria, Caixa Cultural.
2011-12 – São Paulo, SP – “A grande arca”, itinerância, nas galerias Octogonal e Florisbella, da Caixa Cultural.
2013 – Rio de Janeiro, RJ – “O nosso claro escuro”, Espaço Cultural Casa Amarela, Santa Teresa.
1984 – Salvador, BA -”Artistas jovens”, Galeria Cañizares.
1984 – Salvador, BA – Coletiva, Galeria Solar do Ferrão.
1985 – Salvador, BA – “Primeiro tempo”, Galeria Cañizares.
1987 – Salvador, BA – “Composição drástica conjunta”, Galeria Bon Vivant.
1988 – Salvador, BA – “Projeto verão”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1988 – Salvador, BA -”Rocha areia e mar & desamarrando as amarras: Célia Mallett & Edgard Oliva”, Galeria Cañizares.
1989 – Itapetinga-BA – “ARte Itapetinga”.
1989 – Salvador, BA – “Escarcéu”, Galeria ACBEU.
1990 – Karlsruhe, Alemanha – “Graphik kunst”, el-ga-le-rie.
1992 – Salvador, BA – “Ad infinitum”, Galeria ACBEU.
1992 – Munique e Frankfurt, Alemanha – “Mitos de uma identidade: 13 artistas latino americanos”, Aspekte Galerie im Gasteig e Goethe-Institut-Frankfurt.
1992 – Salvador, BA – “Interpretando a América 1″, Galeria ACBEU.
1992 – Salvador, BA – “Interpretando a América 2″, Galeria ACBEU.
1994 – Salvador, BA – “Coletiva de verão”, Galeria Abaporu.
1994 – Salvador, BA – “1º workshop MAM Bahia de artes plásticas.
1995 – Salvador, BA – “Luz na arte, arte da luz”, Galeria do ICBA.
1995 – Salvador, BA – “20 anos Galeria ACBEU.
1996 – Salvador, BA – “Fotografia contemporânea na Bahia, ano 2”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1996 – “Lençóis de Luz”, Espaço Cultural IPHAN, Lençóis-BA.
1996 – “A Chuva da Luz”, Galeria da UNAMA, Belém-PA.
1996 – Aracajú, SE – “5a. Semana sergipana de fotografia”, Galeria Cultarte.
1997 – Salvador, BA – “Fotografia contemporânea na Bahia, ano 3”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1998 – Curitiba, PR – “Fotografia contemporânea na Bahia, ano 4”, Memorial de Curitiba.
1998 – Salvador, BA – “Fotografia contemporânea na Bahia, ano 4”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1998 – Paris, França – “Bahia à Paris Arts Plastiques d’aujourd’hui ”, Galerie J & J Donguy.
1998 – Salvador, BA – “Uno”, Galeria ACBEU.
1998 – Salvador, BA – “Tropicália 30 anos”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1999 – Salvador, BA – “Arte arte, Salvador 450 anos”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1999 – Rio de Janeiro, RJ – Coletiva, Museu da Cidade.
2000 – Salvador, BA – “7 fotógrafos”, Galeria Pierre Verger.
2000 – Bruxelas, Bélgica – “Saudade: 500 years since the discovery of Brazil”, Espace Pierre Cardin.
2000 – Salvador, BA – “O homem e o meio ambiente”, Goethe Institut.
2000 – Salvador, BA – “INoSITE”, Armazém Cultural Sto. Espedito.
2000 – Salvador, BA – “Galeria 1975 – 2000 ACBEU: 25 anos de galeria”, Galeria ACBEU.
2001 – Salvador, BA – “Quatorze artistas no dia quatorze”, Galeria Mundo Arte & Eventos.
2002 – Salvador, BA – “Arte no peito”, Mundo Arte & Eventos Galeria.
2002 – Itapetinga, BA – “Arte Itapetinga: 50 anos”, Centro de Cultura São José.
2002 – Salvador, BA – “Arte arte, Salvador 450 anos”, Galeria da Cidade, Fundação Gregório de Mattos.
2002 – Salvador, BA – “Arquitetura da fé”, IV Mercado Cultural, Galeria do Goethe Institut.
2005 – Salvador, BA – “diversCIDADES”, Galeria Pierre Verger.
2005 – Salvador, BA – “Arte e erotismo”, Galeria Cañizares.
2005 – Salvador, BA – “Art for today”, Galeria ACBEU.
2006 – Salvador, BA – “25 artistas baianos, 25 anos Galeria Solar do Ferrão”.
2006 – Salvador, BA – “Retrospectiva salões de fotografia”, Galeria Cañizares.
2007 – Salvador, BA – “Notícias do agora”, Galeria da Aliança Francesa.
2007 – Salvador, BA – “Afetos roubados no tempo”, Galeria do Pátio, Caixa Cultural.
2009 - Salvador, BA – “Doce de santo”, Galeria ACBEU.
2009 – Salvador, BA – “Cuide-se: um olhar do artista sobre o público e o privado”, uma interpretação da obra de Sophie Calle. Curadoria Profa. Célia Azevedo, Escola de Belas Artes – UFBA.
2009 – Salvador, BA – “Circuito das artes”, Galeria do Goethe Institut.
2013 – Visconde de Mauá, RJ – “Relugares”, Centro Cultural Visconde de Mauá.
2013 – Salvador, BA – “50 anos de arte na Bahia”, Caixa Cultural.
2013 – Nova Friburgo, RJ – “Espectros contemporâneos”, Espaço SESC.
1987 – Salvador, BA – “Io Salão baiano de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1987 – Goiânia, GO – “V Salão nacional de arte fotográfica”.
1988 – Salvador, BA – “Iº Salão universitário de artes visuais”, Foyer do Teatro Castro Alves.
1989 – Salvador, BA – “II Salão baiano de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1990 – Salvador, BA – “II Salão universitário de artes visuais”, Foyer do Teatro Castro Alves.
1993 – ç “II Bienal do Recôncavo”, Centro Cultural Dannemann.
1994 – Salvador, BA – “I Salão MAM Bahia de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1995 – Salvador, BA – “II Salão MAM Bahia de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1995 – Salvador, BA – “III Bienal do Recôncavo”, Centro Cultural Dannemann.
1996 – Salvador, BA – “III Salão MAM Bahia de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1997 – Salvador, BA – “IV Salão MAM Bahia de artes plásticas”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
1999 – Salvador, BA – “VI Salão da BAHIA”, Museu de Arte Moderna da Bahia.
2008 – Salvador, BA – “Trama”, exposição resultado da Oficina de Criação da Imagem, Galeria da Aliança Francesa.
2009 – Salvador, BA – “Olhares em trânsito”, exposição de fotografias de alunos da Escola de Belas Artes-UFBA, Galeria Pierre Verger.
2009 – Salvador, BA – “Azul”, fotografias de Marcio Oberlaender (Brasília), Galeria Cañizares, Escola de Belas Artes-UFBA.
2011 – Salvador, BA – “Aurora descoberta”, fotografias de Alex Oliveira, Galeria da Aliança Francesa.
2011 – Salvador, BA – “Crônicas de fliperama”, pinturas de Mike Sam Chagas, Galeria do Pátio, Caixa Cultural.
1993 – Salvador, BA – Vídeo “Oeste”, direção: Mônica Medina e Ayrson Heráclito; assistente de direção: Edgard Oliva. Concurso “A imagem em 5 minutos: Pelourinho”, Fundação Cultural do Estado da Bahia.
1997 – Rio de Janeiro, RJ – Indicação para Prêmio Nacional de Fotografia, Funarte.
2007 – Filme “10 centavos”, 2007, curta-metragem de César Fernando de Oliveira; fotografia de cena. Diversos prêmios nacionais e internacionais.
Residência artística na Ilha da Reunião, França, à l’Ecole de Beaux Arts de La Réunion, no período de 15 de novembro a 22 de dezembro de 2008.
ALVES, Aristides (Org.). A fotografia na Bahia (1839 a 2006). Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo; Funcultura; Asa Foto, 2006. Livro.
OLIVA, Edgard. A grande arca. Exposição individual com o tema presépios da Chapada Diamantina. Fotografia, instalação e vídeo documentário; 2007, 2008, 2011-12. Catálogo.
OLIVA, Edgard. Impressões do mito. Exposição individual de fotografias na galeria 3, MAM-BA, 2000. Catálogo.
MATOS, Matilde. 50 anos de Arte na Bahia. Salvador: EPP Publicações e Publicidade, 2010. Livro.
ROCHA, Wilson. Artes plásticas em questão. Salvador: Omar G., 2001. Livro.
BRITO, Reynivaldo. Edgard Oliva na Frazão. Caderno 2, A Tarde, terça-feira, 30 jul. 1996.
EDGARD Oliva, pinturas. Bahia Hoje. Artes. Roteiro; Salvador, sábado, 19 mar. 1994.
LE BRÉSIL sacré d’Edgard Oliva. La Réunion. Le Port: Exposition. Le Quaotidien de la Réunion, dimanche, 21 dez. 2008.
MARINHO, Justino; ROMERO, César. A estética urbana de Edgard Oliva. Folha da Bahia, Artes Plásticas. Correio da Bahia, quinta-feira, 25 jul. 1996.
NZ (NordZeitung), Freitag, 14 September 1990. KULTUR und WISSEN. Riesige Maschinenwesen beäugen die Bankkunden: Der Brasiliener Edgard Oliva stellt seine Ölgemälde aus.
PINTO, Fernando Freitas. Fotografias de Edgard Oliva. Artes Plásticas, Dia & Noite. Tribuna da Bahia, terça-feira, 6 mar. 2007.
PRADO, Adriano. Telas urbanas. Roteiro, Caderno 2. A Tarde, quarta-feira, 24 jul. 1996.
ROCHA, Wilson. Lentes abstratas. A Tarde Cultural, sábado, 12 jan. 2000.
TRÍPODE, Aldo. As cores de Edgard Oliva. Tribuna da Bahia, quarta-feira, 21 ago.1996.
OLIVA, Edgard. Arquivo particular do artista, com livros, catálogos, recortes de jornais, fotos, portfolio, etc. Salvador. Bahia.
www.presepioschapadadiamantina.blospot.com
www.lareunionateliercreation.blogspot.com
www.olharesemtransito.blogspot.com
Youtube: Edgard Oliva
Autores(as) do verbete:
Dilson MidlejeMaria Herminia Olivera Hernández
Data de inclusão:
12/12/2014
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)