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Donativo Caminhoá

As viagens de aperfeiçoamento aos países europeus já era uma prática entre os arquitetos, pintores e escultores baianos durante o século XIX. Isso possibilitou que estes artistas entrassem em contato com técnicas e procedimentos em grandes centros artísticos como França, Bélgica e Portugal. Entre alguns dos pintores baianos do século XIX que viajaram a Europa[...]

Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá. Fonte: AHEBA/UFBA. Envelope nº08. Prêmio Caminhoá 1918-1965.
Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá. Fonte: AHEBA/UFBA. Envelope nº08. Prêmio Caminhoá 1918-1965.
Referências
Bibliográficas:

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Arquivísticas:

Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia (AHEBA-UFBA). Atas das Sessões da Congregação. 1901-1930. Envelope 114.

AHEBA/UFBA. Envelope 08. Prêmio Caminhoá 1918 – 1965, recibos.

AHEBA UFBA. Envelope 21. Livros de portarias da Direção da EBA (1947 – 1984). Portaria nº09 de 04.12.1951 p. 71.

AHEBA/UFBA. Atas das Sessões da Congregação.1901 – 1930. Envelope 14, p.126.

AHEBA/UFBA. Envelope 08. Prêmio Caminhoá 1918 – 1965, recibos.

AHEBA/UFBA. Atas das Sessões da Congregação. 1901 – 1930. Envelope 114, p.126.

AHEBA/UFBA. Atas das Sessões da Congregação. 1903 – 1930. Envelope 114, p.128-129.

AHEBA UFBA. Livros de portarias da Direção da EBA (1947 – 1984). Envelope 21. Portaria nº09 de 04.12.1951 p. 71.

AHEBA/UFBA. Atas das Sessões da Congregação. 1903-1930. 04.05.1926, p.140.

AHEBA/UFBA. Livro de ponto dos professores (1920-1930). Envelope 327, p.33.

AHEBA/UFBA. Atas das Sessões da Congregação. 1903 – 1930. 20.11.1928. Envelope 114, p.168.

AHEBA/UFBA. Termos de Empossamento dos professores da EBA. 1924-1952, p.3.

AHEBA/UFBA. Envelope 114. Atas da Congregação da EBA. 1903 - 1930. 20.11.1929. p.177-178.

AHEBA/UFBA. Bens Patrimôniais.

AHEBA/UFBA. Envelope 01, Seção Arquitetura.

TORRES, Octávio. História da Cadeira de Anatomia e Fisiologia Artística. In: AHEBA/UFBA.1953. 291p.;Il . v I.

Torres, Octávio. Biografia resumida dos professores da Academia e da Escola de Belas artes da Bahia desde sua fundação 1877 até 1955. In: AHEBA/UFBA, p.2-3.

TORRES, Octávio. As medalhas premias da EBA. In: AHEBA/UFBA. 1954 - 1955. p.209-215.

 
Periódicos:

A educação artística do povo – Uma festa de grande significação na EBA. Dois prêmios de viagem a Europa. A tarde. 21.12.1931, p.2.

A TARDE, 29.07.1926 p.4.

A TARDE, 09.10.1920, p.1.

A TARDE. 17.02.1932, p.5 e 7.

A exposição de Antônio Parreiras. O Imparcial. 15.10.1928, p. 01.

A educação artística do povo: uma festa de grande significação na EBA. Dois prêmios de viagem a Europa. A Tarde, 21.12.1931, p.2.

Carta do pintor Oséas Santos. O Imparcial, 26.09.1922, p.03.

DIÁRIO da Bahia. 01.06.1923

DOTTO, Eduardo. Balancete Caminhoá. A Tarde, Salvador, 29 jul. 1926, p.04.

Expressiva vitória estilística. O Imparcial. 23.12.1931, p.1.

Faz lastima! A Escola de Belas Artes está abandonada pelo governo. O Imparcial, 15.10.1920, p.1.

Lopes Rodrigues. Em auxílio a sua família. Diário de Notícias 07.03.1918, p.01.

Lopes Rodrigues. Diário de Notícias, 08.03.1918, p.02.

Nota de arte. Diário de Notícias. 25.02.1918, p.02.

O IMPARCIAL, 14.10.1922, p.01.

O IMPARCIAL, 15.10.1928, p. 01.

O IMPARCIAL, 23.12.1931, p. 01

TEIXEIRA, Cid. Aquela casa da Piedade. In: Bahia em tempos de província. Funced 1985. Série Cultura Baiana N.4. Salvador. Jornal da Bahia, 02.06.1978,  p.02.

Um escultor Baiano conquista o Prêmio Caminhoá. O Imparcial, 09.10.1920, p.1.

 

As viagens de aperfeiçoamento aos países europeus já era uma prática entre os arquitetos, pintores e escultores baianos durante o século XIX. Isso possibilitou que estes artistas entrassem em contato com técnicas e procedimentos em grandes centros artísticos como França, Bélgica e Portugal.

Entre alguns dos pintores baianos do século XIX que viajaram a Europa estão José Rodrigues Nunes (1800 – 1881), e Bento José Rufino Capinam (1791 – 1874). Segundo Álvaro Morales de Los Rios, José Rodrigues Nunes foi pensionista na École de Beaux Arte, em Paris, tendo como professor Michel Drolling (1789 – 1851). (RIOS, 1963, p.86).

Para esses artistas havia duas formas de complementar seus estudos fora do país. Ou arcavam com as despesas com recursos familiares ou conseguiam auxilio junto ao governo. Assim se manteve até a segunda década do século XX.

Entre os engenheiros arquitetos, José Frederico Allioni um dos fundadores da Academia de Belas Artes da Bahia, estudou na Universidade de Grand, Bélgica. Até então, segundo Cid Teixeira, “o risco e a construção ainda eram monopólio dos velhos mestres de formação bem próxima da estrutura corporativa da idade média”. Seu primeiro projeto na Bahia foi a Escola de São Pedro, prédio projetado “sem economia para sua concepção arquitetônica” (TEIXEIRA, 1978, p.02). A obra foi iniciada em 25 de novembro de 1878 e ali se manteve até que a Av. Sete de Setembro fosse criada e um dos corpos laterais do monumento ser demolido. Atualmente ainda se pode comprovar as linhas arquitetônicas desenvolvidas por Allioni, mesmo tendo sido tão descaracterizado pelo tempo.

Segundo Manuel Querino (2009, p.109), em suas indicações biográficas, José Allioni foi responsável pela construção do Senado Estadual, Tribuna de Apelação e Conflitos, Escola de Belas Artes, Conselho Municipal (projeto de Caminhoá). Ginásio Estadual. Drogaria América, Igreja da Providência e Coração de Jesus e Igreja do Cemitério do Campo Santo, esta última, consagrada a Nossa Senhora da Piedade (BAHIA, 1949).

Manoel Lopes Rodrigues (1859 – 1917), principal artista baiano do final do século XIX permaneceu em Paris por 10 anos (1885 – 1895). Foi subvencionado pelo Imperador Pedro II. Vieira de Campos (1865-1943), outro artista baiano, estudou em Paris no mesmo período que Manoel Lopes Rodrigues, também enviado pelo Imperador, permanecendo 6 anos em curso de aperfeiçoamento (FILHO, 2004, p.85). Desenvolveu dezenas de retratos de personalidades do governo, instituições e particulares na Bahia. Entre eles João Mauricio Wanderley – Barão do Cotegipe (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – IGHBA), Castro Alves (IGHBA), Manuel Vitorino Pereira (IGHBA), José Marcelino de Souza (IGHBA), Gov. José Gonçalves da Silva, Barão do Rio Branco (IGHBA), Antonio Ferrão Moniz de Aragão, Manuel Vitorino Pereira (Palácio Rio Branco), General Cândido Rondon (IGHBA). Por intermédio do Ministro Brasileiro Gabriel de Pizza, em Paris, a Escola de Belas Artes pôde contratar o pintor Maurice Grün. Através das orientações do pintor a escola realizou um concurso com prêmio de viagem à Europa, sendo o primeiro aprovado com subvenções, o pintor Archimedes José da Silva, depois foi Antônio Olavo Baptista. Segundo Cristina Damasceno (2010, p.963) fez curso de pintura na Escola de Belas Artes e também passou três anos na Europa se aperfeiçoando em Paris.

A Escola de Belas Artes desde o início esteve ligada a mestres da pintura, escultura, música e arquitetura, formados em diferentes países europeus. Ainda no XIX constam Cañizares com formação na Itália, José Allioni na Bélgica, Manoel Lopes Rodrigues (1860-1917), Maurice Grün (1869 – 1947) e Gabriel Santis (datas de nascimento e morte não identificadas) na França. Somente com o Donativo Caminhoá, em 1918, os artistas conseguiram outro importante apoio financeiro para galgar viagens de aperfeiçoamento fora do Brasil. O próprio Caminhoá, segundo Pereira (2002, p.5) foi estudar em Paris através dos recursos cedidos pela Assembleia Provincial da Bahia em 1855.

Sua passagem por Paris, na École de Beaux-Arts a partir da subvenção de 200 francos mensais, ainda segundo Pereira (2002, p.6,7), possibilitou que fosse aceito como aspirante no ateliê de Lebas em 1857, passando por três provas tradicionais, Composição de Arquitetura, Geometria Descritiva e Matemática.

Em 1855, a Assembleia Provincial subvencionava com 200 francos mensais à Francisco A. Monteiro Caminhoá [...] para estudar arquitetura na Europa. No momento da discussão desse projeto, o Deputado Tibúrcio Ferreira Gomes apresentou um substituto tornando extensiva aquela subvenção a qualquer pessoa que desejasse estudar pintura. Mas o substituto foi rejeitado. (RIOS, 1963, p.87)

Após o regresso, Caminhoá desenvolveu inúmeros projetos arquitetônicos como a Catedral de Petrópolis (1889) e Hotel Avenida (1911), ambos no sudeste do Brasil. (PEREIRA, 2002, p.7).

O conselheiro Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá falecera em 14 de outubro de 1915, no Rio de Janeiro (O IMPARCIAL, 1922, p.1). Ao ser aberto seu testamento verificou-se que legara parte de sua grande fortuna à União, ao Estado da Bahia e ao Governo Francês. Foi com a parte destinada à União que ficou constituído o Donativo Caminhoá, para custear a ida a Europa de pensionistas, antigos discípulos da Escola (RIOS, 1963, p.69).

Caminhoá deixou para a Escola de Belas Artes, a importância de cento e vinte apólices de conto de réis e juros de 5% ao ano para patrimônio da Escola. Com os juros destas apólices, a diretoria da Escola deveria instituir um prêmio anual “Viagem a Europa” ao aluno de primeira classe das Seções de Arquitetura, Pintura e Escultura, sem distinção de nacionalidade, que obtivesse o primeiro lugar, cabendo ao segundo classificado, uma medalha de ouro. Segundo RIOS (1964, p.25) consistia numa viagem ao estrangeiro pelo espaço de dois anos.

Em 1920 foi realizado o primeiro concurso concorrendo ao Donativo Caminhoá. Jornais locais indagavam o porquê da demora em realizar o concurso. O primeiro artista a ganhar o prêmio de viagem a Europa Donativo Caminhoá foi o jovem Carlos Sepúlveda Junior, primeiro escultor diplomado e único candidato em 1920 ao concurso de escultura concorrendo com o “torso de São Sebastião”. Sepúlveda realizou dois torsos com o mesmo título, ficando ao cargo do júri escolher o melhor trabalho. Neste ano não houve candidato ao prêmio de pintura (A TARDE, 1920, p.1).

Segundo o professor Agripiniano de Barros não apareceram candidatos nos anos que se passaram e que o próprio testamento possuía uma cláusula que possibilitava em caso de não haver candidatos, que o recurso fosse aplicado na compra de livros ou materiais para o ensino. Outra informação importante é que o valor destinado ao prêmio possibilitava nos valores da época que o candidato permanecesse por um pouco menos que um ano, insuficiente para a formação artística que previa um mínimo de três anos para os cursos de pintura escultura e arquitetura.

Em 30 de agosto de 1921, Oséas dos Santos sugeriu que fosse aberto concurso para pintura, “por não ter havido aulas do curso de arquitetura” (ATAS, 1901-1930, p.126). A Congregação aprovou a sugestão e escolheu os seguintes temas: para desenho um nu, e para assunto histórico, La Batut perante o tribunal.

O pintor Mendonça Filho (SILVA, 2013), recém formado na Escola de Belas Artes da Bahia, apresentou ao júri, as telas “Atitude de La Batut perante o tribunal” e um “nu artístico”. Atitude de La Batut[1] foi escolhida pelo júri permitindo que Mendonça permanece-se em Nápoles por 6 meses. Mesmo acabando os recursos recebidos pelo Caminhoá. Mendonça Filho continuou na Europa com recursos familiares e com o dinheiro adquirido com as vendas de seus trabalhos. Conheceu quase toda a Itália, foi a França e deixou a Europa em dezembro de 1929.

Em certa ocasião, o ilustre professor Agripiniano de Barros, em resposta as insinuações sobre o destino do “Legado Caminhoá”, escreveu uma carta para o Jornal Diário da Bahia (1923). A carta foi publicada na integra no jornal A tarde (1932, p.5 e 7). Nesta carta Agripiniano prestava reverência ao Dr. Eduardo Dotto e apresentava a situação econômica pela qual a Escola passava bem como as condições das instalações, e das obras de artes de mestres e alunos premiados. Ele apontava como único patrimônio, o Legado Caminhoá, e a boa vontade de seus mantenedores (professores) com dedicação altruística.

Segundo o demonstrativo da aplicação dos recursos provenientes do prêmio Caminhoá publicado no jornal A Tarde (1926, p.4), no ano de 1924 foram adquiridos 02 quadros de Lucílio de Albuquerque por 3:000$000, 01 quadro do pintor Antônio de S. Freire por 500$000 e mais um trabalho do professor Oséas dos Santos por 2:000$000. Antônio Freire vendeu a obra “Cabeça de velho Poggio” em 24 de dezembro de 1924, segundo recibo assinado pelo pintor no valor de quinhentos mil réis. O trabalho foi ofertado a Congregação por Eduardo Dotto que apresentou um bilhete assinado pelo artista que se encontrava sofrendo de moléstia grave. Já a obra “saída do viatrio” de autoria de Oséas dos Santos, foi ofertada por alguns alunos que acreditavam que aquela obra poderia servir como modelo de estudo para a Escola. Depois de consulta a Congregação composta por Agripiniano Barros, Etelvina Soares, Maria P. Caçador e Eduardo Dotto, a obra foi adquirida por dois contos de réis, segundo recibo assinado por Oséas dos Santos em 31 de dezembro de 1924 (AHEBA-UFBA, 1918-1965).

Lourenço Virgínio da Conceição solicitou a sua participação ao concurso Donativo Caminhoá, seção pintura, através da petição à congregação da EBA. A comissão encarregada considerou o ex-aluno apto para realizar as provas eliminatórias, pois satisfazia as exigências do regulamento (AHEBA-UFBA, 1901-1930, p.126).

A congregação no dia 08 de maio de 1924 escolheu o tema histórico “Proclamação da Lei marcial – Estado de sítio na Bahia”.

Em 11 de outubro do mesmo ano, Oséas dos Santos apresentou a congregação o término do concurso ao prêmio Caminhoá com um único candidato, Lourenço Virgínio da Conceição (AHEBA-UFBA, 1903-1930, p.128-129). O ex-aluno ganha o prêmio de viagem permanecendo por dois anos em Barcelona.

Em 1925, o Ministério de Estado da Justiça e Negócios Interiores em nome do Presidente da República estabelece instruções para os concursos. O documento é assinado pelo então Ministro Afonso Pena Júnior.

Em parágrafo único, o documento sinaliza que em 1925, o concurso caberia á seção de arquitetura, seguido de pintura e escultura.

Art 2º O concurso para arquitetura versará sobre um projeto de construção de utilidade pública, e para as outras seções “história pátria”.

O Art 3º informa como deveriam ser realizadas as provas. O concurso constaria de 2 provas sendo que na primeira, o candidato deveria esboçar sobre o tema, em uma única sessão, sob severa fiscalização, a fim de evitar intromissão de estranhos no trabalho do candidato. O esboço deveria ser assinado pelo diretor e pela comissão diretora no momento da prova.

Os candidatos aprovados na primeira deveriam desenvolver, em caráter definitivo, o esboço realizado na primeira prova, sendo que na seção de arquitetura, os candidatos deveriam realizar plantas, elevações, seções e pormenores necessários a perfeita elucidação do assunto tratado. Nas seções de pintura, os candidatos deveriam realizar um quadro pintado a óleo. Para escultura, estatuetas ou baixo relevo. Independente de candidatos inscritos, para a segunda prova só passariam os cinco primeiros candidatos.

No art 4º consta que poderiam se inscrever antigos alunos da escola aprovados nas provas finais nos últimos três anos, de qualquer nacionalidade, com inscrições anual até o dia 15 de janeiro de cada ano. A congregação da escola elegeria na ultima reunião do ano, a comissão diretora (três professores), marcando os dias de provas, que deveriam ser entre 20 de janeiro e 01 de março. Entre as cláusulas havia dispositivo que demonstravam a preocupação com o candidato brasileiro, que deveria ser preferido em caso de empate com candidato estrangeiro.

Ao retornar de seu aperfeiçoamento em Barcelona, Lourenço Virgínio da Conceição foi aceito pela Congregação para exercer a função de professor auxiliar da cadeira de desenho a mão livre, cópia de sólidos (segundo gesso) da 1ª série do curso geral, segundo ATA da congregação do dia 04 de maio de 1926. O pintor tomou posse no dia 14 de maio de 1926. Segundo o livro de ponto dos professores (1920 – 1930, p.33), Lourenço da Conceição assinou ponto pela primeira vez no dia 03 de junho de 1926 permanecendo como professor até 1930. No livro de ponto do ano de 1931 não mais aparece seu nome. Sua saída coincide com o retorno de Mendonça Filho que desde 1922 permanecia na Europa. Mendonça foi admitido no dia 06 de abril de 1931 para “reger interinamente a cadeira de Desenho Figurado e Princípios de Modelo Vivo”.

No início de 1927, Lourenço da Conceição participou de uma reunião da Congregação da escola, enaltecendo o valor do grande benemérito Francisco de Azevedo Caminhoá (AHEBA-UFBA, 1903-1930, p.150).

No final do ano de 1927, Carlos Sepúlveda pediu ao diretor em exercício que, submete-se o aluno Ismael de Barros as provas do concurso de escultura candidato ao Prêmio Caminhoá. O ponto escolhido para a prova foi: “um preto-homem mestiço para ter o título de Zumby”. As provas foram realizadas entre os dias 20 e 30 de dezembro (AHEBA-UFBA, 1927, p.189).

Embora alguns comentem que o pintor Alberto Valença foi a Europa através do donativo Caminhoá, o mesmo, não fora contemplado com o prêmio. Sua viagem a Paris entre 1925 e 1928 se deu através de pensão do Governo do Estado. A informação é confirmada no jornal A tarde (18.10.1928, p.1).

Entre os dias 03 e 19 de outubro de 1928 aconteceu uma exposição de Antônio Parreiras no Palácio Rio Branco. Nessa exposição o pintor apresentou 46 telas de grande mérito plástico. Entre elas figurava uma imensa tela apresentando aspectos de uma floresta ainda virgem, com mata densa e com troncos e raízes retorcidas. A tela intitulada recebeu o título de “Inferno verde”.

Em 20 de novembro de1928 a Congregação da EBA foi consultada sobre a possibilidade de adquirir um quadro do artista para figurar na pinacoteca da escola. Após deliberações o professor Oséas dos Santos informou que o quadro poderia ser adquirido com os recursos do legado Caminhoá (AHEBA-UFBA, 1903 – 1930, p.168). A escola, então, adquiriu a tela “Inferno verde” pela importância de seis mil réis (O IMPARCIAL, 1928, p.1) com recursos do Legado Caminhoá (AHEBA-UFBA, 1903 – 1930, p.168).

No ano de 1929 o valor referente ao prêmio foi utilizado para adquirir materiais para os diferentes cursos da escola (AHEBA-UFBA, 1903 – 1930, p.177-178).

Em 1931, dois alunos da EBA foram premiados com viajem a Europa. Emydio Magalhães com a tela “Vaqueiro de couraça”, tema referente às forças voluntárias nas lutas da independência, e Ismael de Barros com uma escultura em gesso com tema “13 de maio”. No mesmo concurso Carlos Sepúlveda realizou um “torso de São Sebastião” e uma “Cabeça de negro” (A TARDE, 1931, p.2). O estranho é que o mesmo Sepúlveda havia apresentado o mesmo tema em 1920. Será que foi o mesmo trabalho?. Sobre a obra de Emydio comentou-se que a perfeição das linhas conseguia penetrar o lado psicológico daquele bravo soldado histórico (O IMPARCIAL, 1931).

Em 17 de maio de 1932 uma comissão nomeada pela Congregação da EBA, de acordo com resolução de 08 de março e 18 de abril, deu parecer sobre as obras dos Srs. Emydio Magalhães e Ismael de Barros, resolvendo adquirir as mesmas por 5.000$250 e 5.600$000 respectivamente com os recursos do prêmio Caminhoá.

Lendo essas informações pensamos em irregularidades na administração dos recursos do legado Caminhoá, pois, o art. 10 (AHEBA-UFBA, 1918 – 1965, ofício nº 238) previa que obras e projetos, resultado dos concursos pertenceriam à Escola, portanto, os trabalhos realizados por Emydio e Ismael já pertenciam a Escola. Outra dúvida que surge é em relação ao “torso de São Sebastião” de Carlos Sepúlveda. Por que o mesmo tema apresentado em seu concurso. Fica a questão.

Segundo recibo assinado por Carlos Sepúlveda, em 28 de novembro de 1931, o artista recebeu do legado Caminhoá, 6.000$000 por três esculturas de cabeça, moldados em gesso, imitando bronze (AHEBA-UFBA, 1918 – 1965). A compra foi aprovada em 28 de novembro de 1931 pela Comissão composta por Pasquale de Chirico, Mendonça Filho e Presciliano Silva.

Em 22 de janeiro de 1932, a Congregação apresentou o assunto “um teatro para duas mil pessoas”, e Carlos Sepúlveda mais uma vez concorreu e foi considerado apto para desenvolver o projeto em caráter definitivo ((AHEBA-UFBA, 1918 – 1965). Infelizmente não encontramos maiores informações sobre esse concurso.

Já em 1933 foi a vez de Raimundo Aguiar (pintura) ganhar o prêmio.

No ano de 1936 ocorreu a seção arquitetura. A EBA anunciou em jornais locais em 05 de agosto de 1936. O tema escolhido pela comissão diretora foi “Palácio do Congresso”. Dois candidatos apresentaram interesse pelo concurso: Manoel Ignácio Ferreira Viana Bandeira e Lourival Groissy, ambos sendo aprovados na primeira etapa.

Conforme deliberação da diretoria de 16 de agosto de 1936 foram iniciadas os trabalhos restantes para conclusão do concurso. A Escola instituiu que a prova fosse iniciada em sala conjunta pelos dois candidatos, o que fez com que o candidato Manoel Bandeira entrasse com uma solicitação para que a deliberação fosse revogada, alegando sua “absoluta improficuidade com a presença de terceiros”.

Não encontramos informações sobre a decisão da comissão organizadora, contudo, em 07 de outubro do mesmo ano, o candidato Bandeira informa através de carta enviada a direção da EBA que os trabalhos encontravam-se adiantados, contudo, necessitava de mais quinze dias para entregar o projeto, alegando enfermidades. O prazo não foi suficiente pois em 04 de novembro de 1936 com o prazo esgotado, mais uma vez solicita prorrogação dos prazos por mais 20 dias. Os projetos só foram entregues no dia 10 de dezembro. Um dia depois, a comissão organizadora analisou as provas finais, constando projeções horizontais e verticais, seções detalhadas, textos explicativos e desenhos que “exprimiam fielmente o pensamento dos candidatos”. A comissão deu parecer favorável ao candidato Manuel Bandeira, concedendo-lhe o primeiro lugar, viagem a Europa.

Depois vieram Diógenes Rebouças em janeiro de 1939 (pintura), Walter Gordilho em 1941 (arquitetura), Raimundo Aguiar em 1942 (pintura). As informações ainda são desencontradas sobre esses prêmios não oferecendo maiores informações.

Sobre as disposições do Legado Caminhoá (AHEBA-UFBA, 1918 – 1965), em 06 de março de 1925 (Art. 11, parágrafo 1º), na regulamentação do Ministério da Justiça, estava claro que se o pensionista não seguir viagem no prazo de dois meses, contados da data do julgamento do concurso, salvo atraso motivado por doença grave, devidamente comprovada, ou se, por qualquer motivo, voltar antes de decorridos quatro meses de estadia no estrangeiro, perderia o direito às quotas do prêmio. Acreditamos que esta regulamentação ocorreu depois do fato relacionado com Mendonça Filho em 1922.

Então por que em 13 de julho de 1942 o engenheiro Walter Veloso Gordilho recebeu a importância de cinco mil seiscentos e noventa e sete mil réis pelos desenhos da planta cadastral da EBA como recompensa por não ter usufruído das vantagens do Prêmio de viagem à Europa. O prêmio era referente ao concurso de 1941, segundo parecer da comissão diretora de 15.10.1941. O mesmo ocorreu em 16 de novembro de 1943, quando Newton Silva venceu o concurso com a obra “Henrique Dias”, não viaja e recebe 5.606$00. A decisão foi aprovada em sessão de Congregação do dia 27 de outubro do mesmo ano.

Em 1946, a EBA adquiriu o quadro “No atelier” de autoria de Maria Célia Amado Calmon do Pin e Almeida, pelo valor de Cr$6.000,00, conforme documento assinado por Presciliano Silva, Octávio Torres e Mendonça Filho em 21 de junho de 1946. Os valores foram referentes ao prêmio de 1944.

O concurso (seção arquitetura) de 1950 apresentou uma situação no mínimo interessante. O Sr. Anizio Alvez foi considerado pela banca diretora, inabilitado (nos termos do art. 6º do regulamento do concurso de 06 de março de 1925) por julgar inaceitáveis as soluções criadas pelo candidato, demonstrando desconhecimento da estrutura e funcionamento de um Museu, e por criar linhas arquitetônicas que confrontavam com os exemplares existentes no local[2].

Ainda no território das informações desencontradas e estranhas está o parecer realizado em 31 de abril de 1951 pelos professores Alberto Valença, Presciliano Silva e Raymundo Aguiar sobre a aquisição do quadro “cabeça” de autoria do Sr. Antônio da Silva Freire (já falecido). Conforme comentamos anteriormente, a EBA havia adquirido uma obra “Cabeça de velho Poggio” em 24.12.1924. Será que era a mesma obra?.

Em dezembro de 1951 Mendonça Filho, diretor da EBA, designa comissão composta por Presciliano Silva, Raimundo de Aguiar e Mendonça Filho para dar um parecer sobre o quadro “Porto de Concarnout” do professor Alberto Valença (AHEBA-UFBA, 1947 – 1984, p.71). No dia 31 do mesmo mês, Alberto Valença recebeu 5.000,00 pela venda de uma pintura do Prof. Vieira de Campos para figurar na galeria dos professores falecidos. O recurso era referente à sessão de pintura de 1950.

Não havendo candidato em 1951 na secção escultura, o diretor em exercício Mendonça Filho mandou fundir em São Paulo, o bronze “cabeça de São João Baptista em um prato modelo de Gabriel Santis, professor de Escultura, e doada pelo mestre quando terminou seu contrato de locação com a Escola” (AHEBA-UFBA, 1954-1955, p.209 a 215). O transporte custou 698,00 segundo nota fiscal nº290053 do serviço aéreo Viação Cruzeiro do Sul ltda. A empresa responsável pela fundição foi a Metello Benedetti que utilizou 20 kg de bronze para fundir a peça custando Cr$2.500,00 segundo NF. 009, de 29 de maio de 1952. Também foi adquirido três quadros a guache no valor de Cr$ 6.000,00 (a assinatura do autor não pôde ser lida) e mais duas gravuras de Oswaldo Goethe no valor de Cr$2.400,00.

Em 1955 foram adquiridas duas gravuras premiadas no Salão Baiano de Artes Plásticas de autoria de Henrique Oswald (ouro – 1.000,00) e Carlos Sepúlveda (prata – 2.000,00). Nesse mesmo ano João José Rescala vendeu uma obra com o título “Trecho antigo” pelo valor de Cr$4.000,00 com recursos do Donativo Caminhoá.

Na década de 1960, poucos candidatos inscreveram-se ao concurso. Os de pintura e escultura entre 1959 e 1965 não registram candidatos, já nos de arquitetura do mesmo período, criavam tantas condições e dificuldades técnicas que poucos ousaram participar. Segundo o Inventário de bens patrimoniais, enviado a reitoria pelo então diretor Mendonça Filho, os valores referentes a “Dívida Pública da União com aplicação especial ao prêmio Donativo Caminhoá” consistiam em Cr$208.500,00 (AHEBA-UFBA, Bens patrimoniais).

Em 1962 um único candidato se apresentou para ser avaliado com intenções de ser contemplado com o donativo Caminhoá. Tratava-se do arquiteto Paulo Ormíndo de Azevedo. O sorteio do tema foi realizado no dia 15 de outubro de 1962. Entre as opções de projeto estavam Conjunto Educacional, Instituto de Arte e Unidade Universitária, sendo escolhido o tema Instituto de Arte.

Conforme ATA da reunião da Comissão diretora do Concurso Prêmio Donativo Caminhoá do dia 24 de outubro de 1962, foram estabelecidas normas e instruções para a realização do trabalho (AHEBA-UFBA, env.01). O Candidato deveria criar planta de situação e desenho de conjunto (1:200), planta, cortes e elevações (1:100) e pormenores necessários à perfeita elucidação do assunto (1:20) no prazo de 30 dias, em sessões de seis horas a começar no dia 25 de outubro, terminando em 10 de dezembro do mesmo ano. Uma semana depois, o arquiteto protocola uma solicitação a banca que reavaliasse o pré-dimensionamento que se havia criado, em virtude da mesma não ter contemplado espaço que o arquiteto julgava indispensáveis como depósito de livros, biblioteca e sanitários.

A resposta da comissão diretora através do ofício nº573 de 09 de novembro de 1962 informava que nada seria modificado sob pena de eliminação do candidato. Em 21 de novembro, o candidato se vê obrigado a abandonar – sob protesto – o concurso alegando que não havia condições de desenvolver o projeto naquelas condições.

Em ofício expedido à reitoria sob o nº19, do dia 11 de janeiro de 1965, João José Rescala explica ao Dr. Miguel Calmon reitor em exercício, o que se tratava o prêmio Caminhoá e explica que devido a desvalorização monetária, a Escola há muito não estava podendo aplicar esse dispositivo, fazendo uso do mesmo para aquisição de livros e obras segundo previa o testamento. Nesse mesmo ano, segundo ofício nº46 de 23 de janeiro, não houve inscritos na seção escultura. O mesmo foi tratado em ofício nº64 de 29 de janeiro de 1965, ambos também enviados ao reitor Miguel Calmon.

Como vimos, entre 1920 e 1960 houve várias aquisições de materiais e livros para manutenção dos cursos da EBA. Há nos arquivos históricos da Escola de Belas Artes, notas fiscais, recibos e diversas relações apresentando quando, onde os recursos foram gastos. Nesse período, o acervo da escola de Belas Artes foi enriquecido com obras de mérito reconhecido, de grandes artistas nacionais e estrangeiros para figurar na sua galeria. Conhecer os artistas e arquitetos, além das obras adquiridas com o Legado Caminhoá se faz necessário.

Diante de tantos documentos, a tarefa se mostra árdua. Reunir todos os fatos relacionados aos prêmios de viagens, destinos dos artistas, obras produzidas durante o aperfeiçoamento, compra de materiais para os diferentes cursos, além das aquisições de pinturas, esculturas e desenhos obtidos com os recursos do donativo Caminhoá é um projeto extenso, e indispensável. A memória do Engenheiro Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá e todos os benefícios que possibilitou às artes baianas, não podem ser esquecidos.




[1] Tavares (2000, p. 168-173) aponta os motivos que levaram La Batut a ser julgado entre eles o confisco de escravos pertencentes a portugueses ausentes (presumidos inimigos) para servirem ao Exercito e o “incentivo” à contribuição voluntaria dos senhores, com escravos para a guerra, além de prepotência e corrupção. Foi julgado em 1823 por diversos crimes, inclusive prometer liberdade aos escravos que servissem no Exército Pacificador.

[2] O concurso deste ano previa que o candidato realizasse um projeto para um Museu de Artes Plásticas a ser localizado em quadra fronteira ao Paço Arquiepiscopal, atual praça da Sé.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências
Bibliográficas:

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AHEBA/UFBA. Envelope 08. Prêmio Caminhoá 1918 – 1965, recibos.

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Periódicos:

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Um escultor Baiano conquista o Prêmio Caminhoá. O Imparcial, 09.10.1920, p.1.

 
Autoria

Autores(as) do verbete:

Anderson Marinho

Data de inclusão:

22/04/2014

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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