PESSÔA, Dagmar Souza (Dagmar Souza Pessôa, Jequié, Bahia, Brasil, 01 de outubro de 1935 – Salvador, Bahia, Brasil, 10 de outubro de 2005). Retrato: Formação: s.d. – Salvador, BA. Estuda desenho e pintura em Cursos Livres na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia 1953 – Salvador, BA. Ingressou, através de Vestibular, no Curso[...]
PESSOA, Dagmar Souza. Arquivo documental da artista, sob responsabilidade da Prof. Yumara Souza Pessôa. Pastas, contendo documentos funcionais, fotografias, catálogos e reportagens publicadas em jornais de Salvador, Bahia.
Catálogo da Exposição “Mulheres em Movimento”. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBA. Setembro, 2007. (54 p. Il.)
PESSÔA, Dagmar Souza (Dagmar Souza Pessôa, Jequié, Bahia, Brasil, 01 de outubro de 1935 – Salvador, Bahia, Brasil, 10 de outubro de 2005).
Formação:
s.d. – Salvador, BA. Estuda desenho e pintura em Cursos Livres na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia
1953 – Salvador, BA. Ingressou, através de Vestibular, no Curso de Pintura da Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia.
1957 - Salvador BA. Formou-se como Pintora pela Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia.
1963/1998 – Salvador, BA. É professor da matéria Pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, lecionando as Disciplinas “Teoria e Técnica da Pintura” e “Pintura” I, II, III e IV.
1975/1976 – Salvador, BA. Cria e coordena o Curso de Iniciação às Artes Plásticas /Arte Infantil, para alunos de 10 a 14 anos.
1980 – Salvador, BA. Cria e coordena o I Curso de Especialização de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, com financiamento da UNESCO.
1980 – Salvador, BA. É membro da Comissão Organizadora do V Salão Universitário Nacional de Artes Plásticas.
1981 – Salvador, BA. Presidiu a Comissão Organizadora e de Seleção, do I Salão Nordestino de Arte Infantil.
1981 – Salvador, BA coordena o II Curso de Especialização de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, com financiamento da UNESCO.
1987/1988 – Salvador BA. Assume a Vice – Diretoria da Escola de Belas Artes, permanecendo no cargo até sua aposentadoria em 10 de agosto de 1988.
1953 a 2005.
Pintura e Arte-Educação.
Professora de Pintura, coordenadora de Cursos de extensão em Artes Plásticas e de Pós-graduação em Conservação e Restauração de Bens Móveis. Exerceu diversos Cargos administrativos na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, entre os quais o de Vice-Diretora.
Dagmar Souza Pessoa nasceu em 01 de outubro de 1935 na cidade de Jequié na Bahia, numa família de sete filhos.
Sua habilidade para o desenho se apresentou desde muito cedo, tendo participado de Cursos Livres na Escola de Belas Artes, onde ingressou no Curso de Pintura através do Vestibular em 1953.
Foi naquela Escola, então localizada no antigo Solar Jonathas Abbot, na rua 28 de Setembro, que conheceu o então estudante de Arquitetura, Islair Pessôa, com o qual casou e teve seus quatro filhos, Antônio, Silvana, Paulo Roberto e Yumara, essa última, professora da Escola de Belas Artes da UFBA desde 1995.
Ainda como estudante participou de exposições coletivas em Recife, Belo Horizonte “V Festival Universitário de Arte”, 1956, e em Salvador, onde recebeu Menção Honrosa com a pintura intitulada “Paisagem de Olinda”, no “VI Salão Baiano de Belas Artes”, ocorrido entre 1° e 31 de dezembro de 1956, no qual também inscreveu o desenho “Estudo de nú”.
Graduou-se em Pintura em 09 de dezembro de 1957, tendo como mestres grandes nomes das Artes baianas: Presciliano Silva, Alberto Valença, Mendonça Filho, Carlos Sepúlveda, Américo Simas Filho, Nilton Simas, Raymundo Aguiar, Ismael de Barros, João José Rescala, Augusto Buck, Emídio Magalhães, Henrique Oswald, Jacyra Oswald, Abraão Kosminsky, Guilherme Ávila, Tito Vespasiano, Augusto César Pires, Nilton Silva, Jair Brandão, Oscar Caetano, Diógenes Rebouças, Francisco da Conceição Menezes, Fernando Fonseca, Admar Guimarães, Hélio Simões, Carlos Eduardo da Rocha, João Augusto Calmon, entre outros.
Entre 1958 e 1960, casou-se e teve seu primeiro filho.
Em 03 de agosto de 1961, iniciou a sua carreira docente, com a aprovação pelo Conselho Departamental da Escola de Belas Artes – então constituído pelos professores Carlos Sepúlveda, Raymundo Aguiar e Ismael de Barros – da indicação feita pelo Professor Emídio Magalhães, do qual havia sido monitora.
Em 1962 foi efetivado seu contrato como “Técnica Especializada de Ensino Superior” para atuar como Auxiliar da Disciplina de Pintura e em dezembro de 1963 a UFBA fixou seu enquadramento como “Instrutora de Ensino Superior”, passando a lecionar as Disciplinas: “Teoria e Técnica da Pintura” e “Pintura” I, II, III e IV durante os seus 25 anos de docência.
Na década de 1970 assumiu diversos cargos administrativos na Escola de Belas Artes: coordenação do Colegiado do Curso de Artes Plásticas (1972/73), membro do Colegiado de Licenciatura em Desenho e Plástica (1971/78) e da Congregação da EBA, como Representante dos Professores Assistentes (20/11/1968 a 17/05/73) e Chefia do Departamento I – História da Arte e Pintura, tendo Ceres Pisani Coelho como Vice – chefe (1977/78).
Nesse mesmo período foi também Professora Orientadora do Colegiado de Artes Plásticas (1971/78) e participou em algumas exposições coletivas como “Artebahia” (Belo Horizonte,1971), Coletiva dos Professores da Escola de Belas Artes em comemoração aos 25 anos da fundação UFBA (Galeria Cañizares, junho de 1971) e Exposição Comemorativa ao Centenário da Fundação da Escola de Belas Artes da UFBA (Museu de Arte Moderna da Bahia (1977).
Propôs e coordenou atividades inovadoras e relevantes como o “Curso de Iniciação às Artes Plásticas /Arte Infantil”, para alunos de 10 a 14 anos (1975 e 1976) e o “I Curso de Especialização de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis” (1980 e 1981).
Foi membro da Comissão Organizadora do “V Salão Universitário Nacional de Artes Plásticas” (1980) e no ano seguinte, presidiu a Comissão Organizadora e de Seleção, do “I Salão Nordestino de Arte Infantil”.
Em 1987 assume a Vice – Diretoria da Escola de Belas Artes na gestão de Ana Maria Leite Vilar, permanecendo no cargo até sua aposentadoria em 10 de agosto de 1988.
Uma vida dedicada ao ensino, como bem lembrou o Professor Evandro Schneiter ([1988], não paginado) na homenagem do Departamento I – História da Arte e Pintura, por ocasião da sua aposentadoria:
(…) Falar, hoje, da Pró Dagmar não é senão dever de exaltar – lhe as excepcionais qualidades de educadora, da mestra, de pensadora, agente de desenvolvimento de rumos pedagógicos, pólo inovador e criador de idéias, e tudo isto, quer na intimidade de seu raciocínio próprio e singular, quer na participação delicada e cortez no trabalho em equipes. Desta dedicação, diga – se de passagem, deste apego às causas da Escola de Belas Artes e da própria Universidade Federal da Bahia, tem resultado, inclusive, e não raro o esquecimento de si mesma, a colocação de suas potencialidades em plano secundário, pois de há muito seu talento de artista plástico, sua pintura, sua criatividade, estão a reclamar por mais trabalho, por mais atenção (…).
De formação acadêmica e com forte domínio da representação, a pintura de Dagmar Pessoa tinha caráter figurativo, com temas ligados aos tipos populares e a cultura soteropolitana, como marinhas, casarios e baianas. Outro tema recorrente era a maternidade, representada em figuras de forte expressão. Sendo a tela escolhida como suporte na maioria de suas obras dos anos 50 e 60, trabalhava com tinta a óleo com técnica de pincel e/ou espatulado.
Nos anos que se seguiram, na sua reduzida produção artística em face das atribuições docentes, buscou certa modernidade e nas suas últimas produções sobre tela ou Eucatex, em tinta acrílica ou técnica mista (colagem) passou a se expressar de forma mais abstrata.
Mesmo aposentada Dagmar Pessoa continuou trabalhando com Arte – educação, assumindo entre 1996 e 1997 uma gerência do Instituto Anísio Teixeira / IAT – para o qual coordenou a confecção, por alunos da rede pública, de um mural utilizando a técnica de grafite (2000) – e coordenando oficina de arte com alunos da Instituição Social “Sementes do Amanhã”, durante a Atividade de Extensão promovida pela Escola de Belas Artes, intitulada “Semeando Design Ambiental” (2003).
Entre 2001 e 2002, a antiga professora voltou a ser aluna na Escola de Belas Artes, quando fez parte do Curso de Extensão em Pintura “Um Novo Olhar”, passando a pintar não mais à óleo, mas em tinta acrílica. Era a pintora voltando a se manifestar, dando voz, em cores, à artista que sempre esteve presente, só que a serviço da educação.
Dagmar Pessôa faleceu em Salvador, aos 70 anos de idade, em 10 de outubro de 2005.
2005 (novembro) – Salvador, BA. Individual, “painel Artista em Destaque” no foyer da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA/UFBA).
1956 – Salvador, BA. Coletiva. “VI Salão Baiano de Belas Artes”, Seção de Pintura.
1971 – Belo Horizonte, MG. Coletiva “Artebahia”.
– Salvador, BA. Coletiva dos Professores da Escola de Belas Artes em comemoração aos 25 anos da fundação UFBA (Galeria Cañizares, EBA/UFBA)
1977 – Salvador, BA. Coletiva Comemorativa ao Centenário da Fundação da Escola de Belas Artes da UFBA, no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA. Promoção UFBA e Fundação Cultural do Estado da Bahia.
2001 – Salvador, BA. Coletiva. “Um Novo Olhar”, no Atelier do Artista Plástico Luiz Mário, Salvador, Bahia.
2007 (setembro) – Salvador, BA. Exposição Coletiva “Mulheres em Movimento”, na Galeria Cañizares da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA/UFBA).
Menção Honrosa na Seção de Pintura no “VI Salão Baiano de Belas Artes”, ocorrido em Salvador entre 1 a 31 de dezembro de 1956.
PESSOA, Dagmar Souza. Arquivo documental da artista, sob responsabilidade da Prof. Yumara Souza Pessôa. Pastas, contendo documentos funcionais, fotografias, catálogos e reportagens publicadas em jornais de Salvador, Bahia.
Catálogo da Exposição “Mulheres em Movimento”. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBA. Setembro, 2007. (54 p. Il.)
Autores(as) do verbete:
Data de inclusão:
23/04/2014
D536
Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.
Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3
1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título
CDU 7.046.3(038)
Conheci e convivi por muitos anos com Dagmar, ela é mãe de uma pessoa muito especial, minha melhor amiga e irmã. ( Yumara ). Saudades!!!