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Mercedes Kauark Kruschewisky
Retrato Mercedes Kruschewisky

(Itabuna, Bahia, Brasil, 16 novembro de 1928) Retrato: Formação: 1954 – Teresópolis, RJ. Fez o Curso Internacional de Férias da “Pró-Arte”, dirigido pelo Prof. M. J. Koelbreutter. 1959 – Salvador, BA. Diplomou-se em Pintura – Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA – UFBA). 1962 – Aluna do Curso Livre de Escultura[...]

MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cabeça de Kiliana.
Escultura de gesso. h = 34 cm; l = 16 cm. Salvador, anos 1950. Coleção particular.(Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cristo (perfil 1).
Escultura de madeira. 62 X 14 X 10 cm. Berlim, Anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cristo (perfil 2).
Escultura de madeira. 62 X 14 X 10 cm. Berlim, Anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra. h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra. h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Homem.
Escultura de pedra sobre base de madeira. 61 X 23 X 9 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra.h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Família.
Escultura de pedra. 56 X 21 X 14,5 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de madeira. 69 X 26,5 X 21 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Mãe (detalhe).
Escultura de sodalita, metal e madeira. 57 X 16 X 14 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Mãe (detalhe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cabeça de Kiliana.
Escultura de gesso. h = 34 cm; l = 16 cm. Salvador, anos 1950. Coleção particular.(Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cristo (perfil 1).
Escultura de madeira. 62 X 14 X 10 cm. Berlim, Anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Cristo (perfil 2).
Escultura de madeira. 62 X 14 X 10 cm. Berlim, Anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra. h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra. h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Homem.
Escultura de pedra sobre base de madeira. 61 X 23 X 9 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de pedra.h = 56,5 cm. Exposta na Amerika Haus. Berlim, 1965. Fonte: Amerika Haus, 1965.
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Família.
Escultura de pedra. 56 X 21 X 14,5 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Composição.
Escultura de madeira. 69 X 26,5 X 21 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Mãe (detalhe).
Escultura de sodalita, metal e madeira. 57 X 16 X 14 cm. Berlim, anos 1960. Coleção da artista. (Foto: S. Pêpe)
MERCEDES KRUSCHEWISKY - Mãe (detalhe)
Referências
Bibliográficas:

PARAÍSO, Juarez. A escultura de Mercedes Kruchewisky. Publicado em: MERCEDES KRUSCHEWISKY. Esculturas. Instituto Cultural Brasil – Alemanha. Salvador 8 a 24 mar. 1967. Catálogo. Salvador, 1967.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA. Funceb. Relatório do Projeto de Mapeamento de Painéis e Murais Artísticos de Salvador. Segunda Etapa. Pesquisadora: Neila Maciel. [Salvador], 2010. Disponível em:  http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/noticia/2010/10_outubro/Projeto%20de%20Mapeamento%20de%20Pain%C3%A9is%20e%20Murais%20Art%C3%ADsticos%20de%20Salvador%20-%20Etapa%202%20- Acesso emm: 10 abr. 2014.

Arquivísticas:

Arquivo pessoal da artista, incluindo cartas, convites, catálogos e anotações.

Depoimentos:

KRUSCHEWISKY, Mercedes Kauark. Depoimento à Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 8 abr. 2014.

Bibliografia sobre Mercedes Kruchewisky:

Livros e catálogos:

AMERIKA HAUS. Wojciech Fangor - Ruth Francken - Gerard Koch - Mercedes Kruschewsky. 2 Maler und 2 Bildhauer als Gäste der Ford Foundation in Berlin 1965 Amerika Haus 26 . 6 – 26. 7. 1965. Catálogo. Berlim, 1965.

BILDEND KUNST IN SPANDAU. Arbeitem Spandauer end der brasilianschen. Spandu, 28 Februer bis 14 märz 1965. Alemanha, 1965.

LUDWIG, Selma. A Escola de Belas Artes cem anos depois. Salvador: Centro de Estudos Baianos, 1977 .

MERCEDES KRUSCHEWISKY. Esculturas. Instituto Cultural Brasil – Alemanha. Salvador 8 a 24 mar. 1967. Catálogo. Salvador, 1967.

(Itabuna, Bahia, Brasil, 16 novembro de 1928)

Retrato:
em inaug Expo EBA

Mercedes Kruschewisky.  Detalhe de fotografia da artista em exposição na galeria Cañizares (1970?) (Foto: Autor desconhecido)

Formação:

1954 – Teresópolis, RJ. Fez o Curso Internacional de Férias da “Pró-Arte”, dirigido pelo Prof. M. J. Koelbreutter.

1959 – Salvador, BA. Diplomou-se em Pintura – Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA – UFBA).

1962 – Aluna do Curso Livre de Escultura com o Prof. Mario Cravo Junior, na EBA – UFBA.

1963 – Aluna do Curso Livre de Restauração de Papéis e Documentos – Escola de Belas Artes – UFBA.

1963 – 1965 – Berlim (Alemanha Ocidental). Artista residente bolsista Ford Foundation / Senado de Berlim / Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão (DAAD), assistida pela Deutscher Akademischer Austauschdienst, correspondente a Curso de Aperfeiçoamento em Escultura.

1964 – Berlim (Alemanha Ocidental). Frequentou o ateliê do escultor Carl Hartung, na Escola de Belas Artes, e Recebeu orientação do escultor Heillegar.

Período de atividade:

Anos 1950 – Meados dos anos 1980.

Principais especialidades:

Escultura e Desenho.

Outra atividade:

Enfermeira diplomada pela UFBA.

Dados biográficos:

Mercedes Kauark Kruschewisky nasceu em Itabuna no sul da Bahia em 16 de novembro de 1928. Morou até aos doze anos na fazenda Cruzeiro do Sul, aprendendo as primeiras letras com seus pais. A família se transferiu para Itabuna e, mais tarde, para Salvador, permitindo que os filhos, que eram nove, dessem sequência a seus estudos. Moraram em uma casa na Rua da Independência, cujo porão se transformou em ateliê de Mercedes. (KRUCHEWISKY, 2014).

Nos anos 1950, começou a cursar Pintura da Escola de Belas Artes, na Rua 28 de Setembro, não longe de casa. Também prestou exame vestibular para Enfermagem. Como não podia fazer dois cursos simultaneamente na mesma instituição, foi obrigada a interromper o curso da EBA, que retomou. Assim estudava e trabalhava na área médica. Foram as artes plásticas, contudo, o caminho que trilhou e com êxito, como professora universitária e como escultora: “Desde estudante eu já trabalhava um pouco, concorria a salões nos anos 50. Concorria a exposições, depois passei a ser professora.” (KRUCHEWISKY, 2014).

Nos anos 1960, foi instrutora de ensino superior da Cadeira de Geometria Descritiva, na EBA – UFBA, disciplina que ensinou em substituição ao Prof. Aristides Gomes. Paralelamente fazia cursos livres na própria escola, a exemplo do curso de escultura com Mario Cravo Junior.

Além da formação que teve na EBA – UFBA, onde fez diferentes cursos, entre 1963 e 1965, foi artista residente em Berlim Ocidental, bolsista da Ford Foundation, ligado ao Senado de Berlim e ao DAAD. Tanto na Bahia, na EBA, quanto em Berlim teve a oportunidade de frequentar ateliês e cursos de escultura relevantes para a sua formação. (KRUSCHEWISKY, 2014).

Na época que estudou no exterior, o bloco ocidental, mais particularmente os EUA, trabalhavam para contribuir com a reconstrução da Alemanha e de sua imagem. Uma das estratégias usadas foram os programas que envolviam as artes, muito valorizadas na Alemanha. A artista referiu-se a esse fato: “Eram muitos artistas do mundo inteiro. Era um programa para enaltecer Berlim, porque a Alemanha era dividida em Ocidental e Oriental. Os EUA queriam prestigiar a situação da Alemanha.” (KRUCHEWISKY, 2014). Criaram condições para receber bolsistas, entre eles músicos, artistas plásticos, escritores, dando-lhes oportunidade para aprender e mostrar o seu trabalho, o que segundo a artista foi fundamental para a sua trajetória:

Eu não posso deixar de falar que foram os melhores anos da minha vida tanto como artista quanto como pessoa. Fui para lá com os colegas Mario Cravo e Antônio Rebouças, onde nós tínhamos todas as regalias para trabalhar. Trabalhei muito em escultura e expus demais. Depois que Antônio Rebouças e Mário Cravo voltaram, eu recebi o convite para ficar mais um ano lá e fiquei. (KRUCHEWISKY, 2014).

A artista Mercedes Kruschewisky dedicou-se ao desenho como base para seus trabalhos tridimensionais. Identifica-se muito com a maleabilidade da argila (KRUSCHEWISKY, 2014), material maleável, que depois de modelado pode ser reproduzido em outros materiais, como o bronze, o que requer o trabalho com moldes. Tirou proveito desta técnica, assim como trabalhou com fez esculturas de gesso, de madeira e de pedra, sendo essas as mais criativas.

Em 1967, Juarez Paraíso chamou a atenção para o caráter intimista da artista que não se deixou seduzir pelo sucesso fácil. Observou fases na obra da artista que fez exposição individual no Instituto Brasil Alemanha: realista; fase geométrica de rigor matemático, com planos triangulares; a fase “construtivista-abstrata” com blocos ortogonais.

Assim, seus primeiros trabalhos eram realistas, o que correspondente à década de 1950. Desde o início dos anos 1960, encaminhou-se à abstração, trabalhando de maneira profunda em uma linguagem contemporânea na Alemanha. Descobriu o equilíbrio dos planos triangulares que se harmonizam ao conjunto, como na escultura Cristo, a força dos blocos e vazados, o que mostrou em séries de trabalhos. Igualmente, tirou proveito da textura dos materiais, sobretudo das pedras, a exemplo da ardósia, com folheados lineares ou superfícies em lasca; e da sodalita, pedra translúcida, em geral azul real, que se distingue por traços brancos.

A passagem pela Alemanha influenciou no encaminhamento dado a sua vida acadêmica. Em 1966, tornou-se Professora Assistente e com a Reforma Universitária, houve também uma separação a separação do Curso de arquitetura, até então ministrado na EBA. Kruchewisky passou a lecionar Departamento de Escultura da EBA, a disciplina Modelagem, antes ministrada pelo Prof. August Buck.

Além de ter assumido alguns cargos ao longo da sua carreira universitária, foi diretora da EBA – UFBA entre 1970 e 1974, ano que passou a categoria Professor Adjunto. (Curriculum).

Entre 1975 e 1979, trabalhou na Secretaria do trabalho e Bem Estar Social, onde fazia parte do setor de coordenação do Artesanato no Estado da Bahia. Esse trabalho exigiu que viajasse por todo o interior do Estado, mantendo contato direto com rendeiras, ceramistas, escultores, enfim o foco desse trabalho era dar visibilidade aos artistas populares. Entre as atividades realizadas, uma série de exposições aconteceu no Foyer do Teatro Castro Alves, motivando artistas do interior.

É autora de efígie Mestre Bimba - Manoel dos Reis Machado (1899 – 1974), o criador da “capoeira regional” - realizada em 1982, em bronze fundido e concreto, fincada na Praça dos Jangadeiros, no bairro da Amaralina, em Salvador. Trata-se de monumento encomendado à artista, pela Prefeitura do Salvador. Tem  a configuração de um berimbau, com a altura de cerca de 3,70.

Mostra Individual:

1967 – Salvador, BA. Esculturas, no Instituto Cultural Brasil –Alemanha.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1952 – Salvador, BA. I Salão Universitário Baiano.

1954 – Salvador, BA. II Salão Universitário Baiano.

1959 – Salvador, BA. Salão de Arte Moderna da Bahia.

1959 – Salvador, BA. I Semana de Artes Plásticas.

1965 – Spandu (Alemanha). Bildend Kunst in Spandau

1965 – Berlim (Alemanha) Coletiva, na America Haus.

1966 – Salvador, BA. I Bienal Nacional de Artes Plásticas.

Premiação:

1954 – 2º Lugar. Prêmio Escultura, no II Congresso Nacional de Artes Plásticas. Organizado pelo Diretório Acadênmico da Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia.

Referências
Bibliográficas:

PARAÍSO, Juarez. A escultura de Mercedes Kruchewisky. Publicado em: MERCEDES KRUSCHEWISKY. Esculturas. Instituto Cultural Brasil – Alemanha. Salvador 8 a 24 mar. 1967. Catálogo. Salvador, 1967.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA. Funceb. Relatório do Projeto de Mapeamento de Painéis e Murais Artísticos de Salvador. Segunda Etapa. Pesquisadora: Neila Maciel. [Salvador], 2010. Disponível em:  http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/noticia/2010/10_outubro/Projeto%20de%20Mapeamento%20de%20Pain%C3%A9is%20e%20Murais%20Art%C3%ADsticos%20de%20Salvador%20-%20Etapa%202%20- Acesso emm: 10 abr. 2014.

Arquivísticas:

Arquivo pessoal da artista, incluindo cartas, convites, catálogos e anotações.

Depoimentos:

KRUSCHEWISKY, Mercedes Kauark. Depoimento à Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 8 abr. 2014.

Bibliografia sobre Mercedes Kruchewisky:

Livros e catálogos:

AMERIKA HAUS. Wojciech Fangor - Ruth Francken - Gerard Koch - Mercedes Kruschewsky. 2 Maler und 2 Bildhauer als Gäste der Ford Foundation in Berlin 1965 Amerika Haus 26 . 6 – 26. 7. 1965. Catálogo. Berlim, 1965.

BILDEND KUNST IN SPANDAU. Arbeitem Spandauer end der brasilianschen. Spandu, 28 Februer bis 14 märz 1965. Alemanha, 1965.

LUDWIG, Selma. A Escola de Belas Artes cem anos depois. Salvador: Centro de Estudos Baianos, 1977 .

MERCEDES KRUSCHEWISKY. Esculturas. Instituto Cultural Brasil – Alemanha. Salvador 8 a 24 mar. 1967. Catálogo. Salvador, 1967.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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2 Responses to “Mercedes Kauark Kruschewisky”

    • querino

      Prezada Prof.ª Selma,

      A artista Mercedes tem estado em contato conosco. E ficou muito feliz com as notícias que trouxe das lembranças de Dona Cadu, ceramista de Maragogipe, nos anos em “Dona Mercedes” esteve fazendo levantamento sobre artistas populares, que foram trazidos para expor em Salvador. Se tiver sugestões sobre mestres baianos para pesquisarmos, somos gratos. Congratulações,

      Suzane Pinho

      Responder

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